terça-feira, 30 de abril de 2013

lembrei-me

Aos 13 anos, eu tinha uma paixão assolapada por um rapazinho com quem me dava mal que eu sei lá - pensando bem, eu sempre tive uma queda para o masoquismo - e, ao contrário de agora que só a ideia de o rapazinho descobrir me dá vontade de emigrar para nárnia, eu era muito... como dizer? Afetuosa. Não, talvez não seja essa a palavra certa, mas eu fazia questão de lhe dizer, com todas as letras, que gostava dele.   Ou melhor, que o amava.

Mas isto não se fica por aqui. Num período de loucura, chateei-o tanto, que agora me pergunto o que raio tinha eu na cabeça. Garanto-vos, eu fui o pior pesadelo do rapaz. E ontem, lembrei-me do segredo mais vergonhoso alguma vez revelado no quem é que deu erva à cinderela. Uma vez, enviei-lhe a seguinte mensagem: se eu fosse um rio, queria ser o rio TUA! (ou, provavelmente, xe eu foxe 1 rio, keria xer o rio TUA, porque eu também tive essa fase).

Na altura, lembrei-me de lhe dizer aquilo e pareceu-me bonito, dizer-lhe que queria ser dele. E pronto, é por isto que eu nunca vou ter um namorado. Sou demasiado boa, senhores, demasiado para qualquer um.

agendado

pensa positivo, patrícia

Amanhã é feriado e tenho um bilião de coisas para fazer, mas não vai ser hoje. Depois das duas últimas noites, recuso-me. Vou agendar posts atrás de posts e passar a noite a ver filmes e a chorar baba e ranho. 

agendado

mantenham-se longe

Há um código; eu tenho uma roupa que só visto nos dias em que não me apetece vestir o que significa que acordei de mau humor e, consequentemente, uma bomba relógio. Ora, assim que me deu na cabeça de vestir essa roupa hoje, devia ter voltado imediatamente para a cama porque as coisas não costumam correr bem. Para contrariar a tendência, até fui buscar uma sweat ao fundo do armário, só para não levar a dita cuja sinalizadora de que estou perigosa.

E então, tive de ir fazer exames. Como qualquer velha, fui para a porta do centro de saúde quase uma hora antes de ele abrir, porque pronto, uma pessoa tem mais que fazer e é muito bom estar ao frio. Ok. Na hora de tirar a senha, atrofio-me toda, passam-me à frente. Passei de 5ª para 3788427209ª, não sei, pelo menos pareceu. Mas isso nem era o pior, eu até podia estar calminha, não fosse a puta da velha que não se calou um minuto, e que insistia que a minha senha era o 46 enquanto eu lhe mostrava que era o 49. E que eu tinha de aprender a desenrascar-me. E que me estavam a passar à frente. E FODA-SE, NINGUÉM LHE PERGUNTOU NADA! E depois a mulher esteve mais de 10 minutos para me inscrever, lenta que eu sei lá. E depois ia caindo no meio da estrada. E depois podia continuar, mas começo a estar farta de dizer e depois e depois, e de falar do meu dia maravilhoso, está a deixar-me irritada outra vez. As pessoas cansam-me, mas as pessoas que falam deixam-me desesperada. 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

shitty days

Para além de me terem adiado a puta da consulta de amanhã e, graças a isso, ter de estudar para biologia sim patrícia, vais estudar tanto!, ainda se deu o caso de que a minha bigodaça capaz de impor respeito a qualquer macho que me tornava apta para ser o meu próprio par no baile de finalistas, é coisa para me meter espécie porque isso dos pêlos enerva-me. Procuro o salão mais próximo, onde costumo ir. Estive mais de meia hora ao frio e à chuva à espera que, supostamente, elas voltassem do almoço, até ter deixado de ser casmurra e ter ido perguntar à loja do lado. Por obra do espírito santo, hoje não abriu. Fui ao outro. A mulher era a coisa mais chata que possam imaginar, e eu sou tão pouco dada a estas coisas da socialização que começo a ponderar procurar todo o tipo de estabelecimentos com empregados mudos. Então, ela faz-me esperar uma eternidade até a cera aquecer. Aviso-a de que tenho uma cicatriz, onde obviamente não crescem pêlos, e portanto seria suposto que ela a contornasse, só naquela de me doer menos. A resposta tranquilizadora da criatura foi que não me preocupasse, que a cera é anti alérgica. E ainda acrescentou que cheirava tão bem que dava vontade de a comer. Durante o minuto seguinte, amaldiçoei a mulher cinquenta vezes e praguejei interiormente por ter tido a ideia de ir ali. Ela era ainda mais bruta do que a outra que era esteticista/talhante. Foi tão fofinha, que julguei que me fosse arrancar um bife para o jantar. Entretanto, fui furar a orelha, porque há imenso tempo que queria fazer um segundo furo e cenas. Não doeu na altura, mas dói agora. Para melhorar, a chuva e o frio trouxeram-me uma dor de garganta e de ouvidos, e estou assim a modos que nada, nada, nada rabugenta. Que bom dia, senhores, que bom dia.

não estou irritada nem nada

Uma pessoa quase arma um escândalo porque precisa que a stôra de biologia a deixe fazer um teste noutro dia, porque tem uma consulta no dia do dito cujo, impossível de adiar. Uma pessoa não estuda para biologia porque tinha teste de psicologia no dia antes, e porque supostamente teria o feriado para o fazer. Uma pessoa está na boa e nem pensa no assunto. Uma pessoa é informada que a consulta foi adiada. Uma pessoa tem as segundas demasiado ocupadas. Uma pessoa precisa de estudar até amanhã tudo o que não sabe, dado que não se dá ao trabalho de estar atenta nas aulas. Uma pessoa está fodida, beijinhos.

domingo, 28 de abril de 2013

i'm sorry young man, i cannot be your friend

O que mais me assusta no futuro, é essa ideia de poder vir a ser um zombie igual aos outros. Levantar-me todos os dias às sete, tomar banho, sair de casa às oito em ponto. Cruzar-me com dezenas de pessoas sem as ver, por estar demasiado distraída com os meus pensamentos, provavelmente sobre a conta da luz ou do gás. Preocupa-me isso, sabes? Preocupa-me a possibilidade de chegar ao fim dos meus dias mas não conseguir contar mais do que uma rotina, repetida anos e anos a fio, sem que nada disso tenha sido importante. Tenho andado sempre a tentar desviar-me da linha, da forma certa de fazer as coisas, para poder contar que errei. Mas depois reparo que não tenho a quem contar, que ninguém me quererá ouvir. E penso em ti. Penso na infinidade de coisas que poderiam ser diferentes, mas na hora de o entender, não consigo sequer decidir se eu teria de ser diferente ou se teria de agir de forma diferente. Se teria de ser a menina bonita e interessante por quem te poderias apaixonar, ou se me bastaria agir como se fosse. Dizem os outros que isso é suficiente, que autoconfiança é tudo, mas eu sorrio-lhes e vou-me embora; não acredito neles, eles estão loucos. De nada me vale uma capa de super mulher se continuar a ser quem sou, e o que sou não é bonito, diga-se. Não te culpo por não gostares de mim, e acredita que até te compreendo se não me suportares; na maior parte das vezes, eu também não acho a convivência comigo mesma minimamente suportável. É mais difícil ser-se eu do que aquilo que algum dia imaginarias. Mas eu não espero que me resolvas os problemas, ou que decidas correr até mim, que me abraces como se ficasses para sempre, mas tenho medo do dia em que te irás embora. Temo esse dia em que te terei de dizer adeus, sabendo de antemão que não voltas, que não volto, que acabou o que nem esteve para começar. Não é culpa tua, mas os meus sonhos mal sonhados cairão por terra, e lá vem o mundo cair-me em cima outra vez. Só sobro eu para apanhar os meus próprios cacos, e tentar restaurar o que sobra de mim, cada vez com mais cicatrizes, cada vez mais incompleta. Mas não te culpo, já te disse. Não é o amor um jogo? Dizem que sim. Perdi as duas últimas jogadas e tenho medo de lançar os dados outra vez. Recuso-me a fazê-lo, deixo para depois. E depois será sempre tarde, porque mesmo que comeces a fazer parte da minha rotina, mesmo que te tornes o dono do café onde começarei a ir todos os dias tomar o pequeno almoço, de nada adiantará; entrarei todos os dias às oito e meia com um livro debaixo do braço; peço-te um café e um pastel de nata e sento-me na mesa mais distante do balcão para poder continuar a observar todas as tuas expressões inconfundíveis. Se me olhares, encontrar-me-ás a sorrir, inexplicavelmente. E eu ficarei envergonhada e voltarei a pousar os olhos no livro. Em algum momento, hás de me reconhecer, mas provavelmente nem dirás nada. Tal como eu. Serei a antiga colega arrogante que deixou de te falar por seres dono de um café. Mal tu sabes... mal tu sabes, meu amor, que só não te falaria porque estaria a sonhar com esse futuro que não será o nosso.

mãe do ano

É mesmo a mãe dele.


agendado

ainda hei de gostar disto

... e agora queria recuperar o tempo perdido, palavras estas insensatas entre as que mais o forem, expressão absurda com a qual supomos enganar a dura realidade de que nenhum tempo perdido é recuperável, como se acreditássemos, ao contrário desta verdade, que o tempo que críamos para sempre perdido teria, afinal, resolvido ficar parado lá atrás, esperando,com a paciência de quem dispõe do tempo todo, que déssemos pela falta dele.

José Saramago, 
a caverna

agendado 

fiquei feliz quando vi que ainda sabia ler francês

Je n'ai alors rien su comprendre! J'aurais du la juger sur les actes et non sur les mots. Elle m'embaumait et m'éclarait. Je n'aurais jamais du m'enfuir! J'aurais du deviner sa tendresse derrière ses pauvres ruses. Les fleurs sont si contradictoires! Mais j'etais trop jeune pour savoir l'aimer.

Antoine Saint-Exupéry,
le petit prince

Tortura é eu querer acabar o livro de uma vez, mas sentir-me culpada e então vou buscar a caverna do saramago. Começo a tomar-lhe gosto e lembro-me de que tenho de estudar psicologia. Ninguém merece.

ice queen

ele: o fado é profundo, toca o coração.
eu: não me emociono com estas coisas, o meu coração é de pedra.
ele: gelo. tens um iceberg no lugar do coração.

Eu estava a ser irónica. Pelos vistos, ele não. Sou tão boa a demonstrar o  que sinto!

agendado

ups, i did it again

Depois de passar o dia a desesperar na psicologia, tinha planeado dar um avanço n'a caverna do saramago, porque pronto, é preciso. Pequei. Outra vez. Voltei a enveredar por esse maravilhoso mundo que é o dos ebooks, e saquei le petit prince. Li-o há uns meses em português, mas francês é francês e já se sabe que eu tenho uma paixão assolapada por essas terras. E pronto, here we go again. Guarda-se o saramago para amanhã. Ou para depois.

sábado, 27 de abril de 2013

vá-se lá entender

Ele é tão rico que podia viver à grande e à francesa, sem trabalhar o resto da vida dele, mas decide não gastar um centavo da fortuna e continuar a viver como se fosse pobre. Ela, tem uma boa reforma que entrega de boa vontade à neta que nada faz por ela, empresta 500€ de uma vez a uma mulher que só quer dinheiro, e passa o resto do tempo a queixar-se que lhe falta dinheiro. Numa noite, sente-se mal. No dia seguinte, liga à irmã a contar que quase ligou ao sobrinho, o tal ricaço, a pedir que lhe pagasse o funeral para não gastar o dinheiro da filha. E a normalidade? Saiu às 4.

o desespero

Já podia e devia ter feito os resumos de psicologia, mas sou portuguesa, logo deixei para hoje. E amanhã tenho de os ter todos feitos, porque apesar de me bastar estudar uma ou duas horas, preciso de escrever para isso. Preciso de estudar pelos meus resumos, mesmo que estejam iguais ao guião. E a vontade, uhm? Oh, que dia longo. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

isto quase parece um post de gaja

Estava mais do que decidida a não ir ao baile de finalistas, porque pronto, eu sou tão mas tão bonita que acabaria por destoar no meio de tanta gente feia, e não as queria fazer sentir mal. Além disso, eu tenho um corpinho de sereia que fica perfeito em vestidos. Vou ser a rainha, linda e maravilhosa, a alforreca mais bonita do baile. O problema é que eu sabia que me ia arrepender por não ir, porque afinal só sou finalista uma  vez, não é? E assim, eu e sô dona bichita convencemo-nos uma à outra a ir.

Agora, o desafio é eu gostar de um vestido, porque eu até gosto de vestidos, mas não assim. Não sou assim tão menina para me imaginar num vestido de gala, qual boneca da loja dos chineses, e não me imagino a ir com outra cor que não fosse o preto. E, depois de uma eternidade à procura, só consegui gostar de um vestido.



Não se parece nada com o que se costuma usar nestas coisas, mas safoda. É tão bonitinho, tão adorável e vai ficar-me tão mal, que foi amor à primeira vista. E se é para ser estranha, que seja todos os dias. De qualquer forma, também não vou gostar dos vestidos das outras. 

agendado

nicely done

Como todas as gajas que se acham gordas, afoguei as minhas mágoas em chocolate, porque é esta a lógica feminina; se te sentes lontra, continuas a comer como uma lontra, até que te tornes mesmo uma lontra.

Okay. Foi assim que aspirei um kinder bueno que me soube a natal nos sofás da escola. E foi assim que, quando me levantei, reparei que havia uma mancha castanha nos mesmos, mas pensei que fosse uma nódoa. Era chocolate. Essa mesma mancha está também nas minhas calças, e é bastante suspeita por sinal. Parece que estou toda borrada, e passei horas assim na escola.

Parabéns a mim e a toda a gente a quem tudo acontece!

frio? não, nada.

Eu ainda durmo com 3 cobertores e lençóis polares.

até amanhã, lua

Costumo pensar todos os dias em todas as coisas que gostaria de te dizer, se soubesse como começar e se, de alguma forma, ainda tivesse esperança de que me quisesses ouvir. Contudo, diz-me o meu lado racional de que te fartarias de mim cinco minutos depois, se é que não estás já farto dos disparates que digo.

Desculpa. Desculpa-me pela forma como tropeço nas palavras, como falo sem parar quando estou contigo e se nada do que digo faz sentido. Desculpa. Não sei lidar tão bem com o que sinto como penso, deixas-me nervosa, demasiado nervosa, e, na maior parte do tempo, nem eu sei do que falo. E desculpa-me outra vez, se sei ser boa atriz no que toca a sentimentos, se sei fingir que detesto algo que adoro tanto quanto a ti. Desculpa. Já te disse que não sei lidar com o que sinto, e gostar tanto de alguém amedronta-me.

Quando estás perto, só consigo pensar no quão bom seria chegarem-me esses tão falados 20 segundos de coragem louca, e dizer-te tudo de uma vez. Pegar na tua mão, e dizer-to. E nem me perguntes porque quereria eu pegar-te na mão, também não sei. Acho que só queria poder sentir que estavas mesmo ali, que não era um sonho, como o sonho que tive há dias. Não te disse, mas senti o meu coração em alvoroço nesse momento. Mas de que estou eu a falar? São só sonhos. São só ilusões.

Pudesse eu mudar-me para o outro lado do mundo, para um país onde estivesse trocada, onde os meus dias fossem as tuas noites e as minhas noites os teus dias. Onde estivesse certo caminharmos na direção errada e, de qualquer maneira, acabássemos por ir ter ao mesmo lugar. E onde eu não desse por mim a observar o céu negro salpicado de luzinhas brilhantes, a questionar-me se não estarias tu a observar o mesmo céu. E, nos noites mais loucas, se não estarias, também tu, a desejar ter-me ao teu lado. Mas não posso. Não posso fugir, nem me posso esquecer do mais importante; são só sonhos. São só ilusões.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

é por isso que não sei gostar de pessoas

Alguém me disse por aqui, mais do que uma vez e creio que mais do que uma pessoa, que eu tinha uma mente aberta e cenas. Confesso que na altura achei que esse era um daqueles elogios que se fazem quando não se sabe o que dizer, do tipo ah e tal, és feia mas és muito boa pessoa! ou és burra mas o que importa é ter saúde, e desvalorizei o assunto porque achei que era o normal para a minha idade, que nem podia ser de outra forma.

Apesar de ainda achar que é o normal, apercebi-me de que tal não acontece com muitas pessoas da minha idade, minhas conhecidas. Muitas mesmo. Apercebi-me de que ainda há pessoas da minha idade mais retrógradas do que a minha própria avó. E não, não estou a exagerar. 

Perdoem-me o lado sonhador, mas eu ainda acho que se pode mudar o mundo. O problema é que para se mudar o mundo, é preciso começar pelas mentalidades das pessoas, e nisso tem de se inverter a tendência e sermos nós, os mais novos, a disciplinar os mais velhos, e ensinar-lhes novas formas de se olhar o mundo. Há que aceitar que as coisas mudam e que é assim mesmo que tem de ser. Mas, se as gerações mais novas continuam com a mesma mentalidade das gerações mais antigas, é certo que não iremos longe. 

Não é a minha voz que vai mudar mentalidades, mas se nos juntarmos todos pela mesma causa, sem medo de retaliações, sem nos conformarmos, sem questionar, com tudo o que nos disseram que está certo, então seremos uma multidão, e se for para acabar com este lado antiquado do mundo, eu até nem me importo de aderir a massas.

não ia dizer nada

No dia 25 de abril de 1974, o meu pai era um monstrinho de berço e a minha mãe ainda nem era um projeto de vida. Portanto, se estiverem na posse de todas as vossas faculdades mentais, compreenderão que eu ainda não existia e, consequentemente, o 25 de abril de qualquer ano não é para mim mais do que um feriado em que tudo quanto é político decide fazer discursos chatos que são sempre mais do mesmo.

Confesso que nunca gostei de história e que isso me limita um pouco a opinião sobre o assunto, mas não é preciso saber-se muito disto para perceber que não ganhámos tanto assim como fazem crer. Nessa passagem da ditadura para a democracia, a liberdade é quase uma ilusão se pensarmos bem.

Deram-nos voz, mas não nos dão ouvidos. Pode até já não existir a pide para prender os que arriscarem manifestar-se, mas nunca vi uma manifestação a dar outros frutos que não os desacatos entre os manifestantes e a polícia. Ainda assim, as pessoas acham que agora são livres para fazerem e dizerem o que quiserem. Porque é que ninguém repara que continuamos a não ter opção de escolha? Pffff.

valeu a pena ler

ANNA’S STORY
Anna was just so tired of this. Tired of being put down, and tired of having people talk behind her back and having rumors spread about her. No one cared about her, no one. She had pretended to be sick so her parents would let her stay home. It was the perfect plan. She went to her father’s medicine cabinet after she was sure that she was alone, and reached for the sleeping pills. Setting the bottle on the kitchen counter, she began to write her farewell notes; one for her parents, on for her sister, one for her boyfriend, and one for her best friend. She signed them and placed them in a single stack on her bed. When she went back into the kitchen she grabbed the bottle of pills, emptied it in her mouth and swallowed every single one of them. She waited 10 minutes, 30 minutes, an hour. Until she got too impatient and grabbed a knife from the kitchen and went to her bathroom. Staring at her reflection and being disgusted with what she saw, she took the blade to her wrist and cut deep, enough to hit a vein. She collapse to the floor and the blood poured out of her. She curled up on the bathroom floor in excruciating pain and clutched her right hand against her left wrist and let out a blood curdling scream. A scream of pure pain. Her world began to go dark as she whispered, “I’m sorry…”
The weeks leading up to this day were torturous; filled with rude comments from the people who only have one goal in life - to make her life a living hell. Every day she would wake up and put the fakest of smiles on her face just to please everyone, and try to survive the day. Day in and day out, people really did genuinely believe that she was okay, and she liked it that way. There were a lot of people who relied on her, and she didn’t want to let any of them down. She loved each and every one of them so much. The heartless people who have bullied her for years don’t care about her. They would never think that she’s the way that she is - depressed and helpless.
“Oh god no! No no no!” She faintly heard someone scream. It was the voice of her boyfriend, Ryan. She felt him grab her by her shoulders and shake her, “wake up Anna, don’t die on me! Please baby… I love you!” She heard him command. He shook her more and more violently, trying to get her to wake up. He wrapped her wound on her arm with his jacket. “ANNA!” he kept screaming louder and louder. She wished she was able to respond. She didn’t mean for him to find her like this. Tears are streaming down his face and he buries his face in her neck; sobbing.
When Ryan had noticed that Anna wasn’t at school or answering her phone, he decided that during his free period he would go over to her house with a bowl of his mother’s homemade chicken soup, and Anna’s favorite magazine. When he got there, what he saw wasn’t what he was expecting at all. Later that night, he was sitting at the hospital with her parents, sister, and best friend. They were all awaiting to hear the news that he knew wasn’t going to be good, but that all still were hoping for the best. The doctor came out and apologizes before he told them the awful news; that she hadn’t made it. Ryan couldn’t breathe, let alone comprehend that his love wasn’t on the earth anymore. Her parents sank into each other arms and cried inconsolably. Her sister and best friend screamed and went into denial; they didn’t believe what they had just heard. All of the other people in the waiting room stared at them, their hearts broke at the sight of a family who had just lost one of the most important person in each of their lives.
About a week later, a funeral was held for Anna. The whole school attended; even the teachers and other faculty were in attendance. Everyone at the ceremony was crying, even the people who had bullied her all those years, and even people who had never talked to her. When it was all said and done, she was buried. Her mother was now severely depressed, her father hadn’t said a word since the funeral. Her sister had dropped out of college and moved back home to focus on her mental issues caused by this whole thing. Her best friend failed all of her classes that year and blew any chances of getting into an ivy league school, which she always dreamed of. Ryan never married, he never fell in love again, and he visited her grave every week. No one ever forgot about Anna because although she thought that no one cared, and she was doing everyone a favor by killing herself, she wasn’t. People did care.

Não é meu, mas deixou-me a chorar.  

é assim que se desperta de mau humor

Ontem tinha planeado adiantar umas coisitas à noite. Pois sim. À meia noite já mal conseguia abrir os olhos. Aterrei, acordei tardíssimo outra vez. O lado bom é que consegui dormir, ainda que não sem sonhar que tinha uma madrasta (?). O lado mau é que tenho imeeeensas coisas para fazer, e poucas horas para tal porque à noite tenho de sair. Foda-se.

muito em pouco

Hoje, senti a tua falta em quase todos os momentos. A tua ausência faz-me sentir incompleta como se me faltasse um bocado de mim. E isto assusta-me. Assusta-me gostar tanto assim de alguém.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

até em sonhos sou esquisita

Estava na biblioteca quando a campainha tocou à mesma hora de sempre. Contudo, aquele não era um toque normal; tocou várias vezes, como nos habituaram em caso de incêndio e ameaça de bomba. Como sempre, eu e todos os que estavam na biblioteca, pensámos que era um simulacro, até que entrou uma das coordenadoras da biblioteca a gritar depressa, depressa! Isto é a sério, uma colega vossa foi baleada!

Ao sair, vi que uma rapariga da minha turma, estava deitada no chão. Mandaram-nos ir para o campo de jogos. Passado uns minutos, ela estava ao meu lado, em forma. Perguntei-lhe mas não tinhas sido baleada? E ela mostra-me, toda sorridente, o casaco com uns arranhões ahh, foi só de raspão!, e continuamos a ir para o campo.

Entretanto, chega o bichinho. Por qualquer razão, ele tinha um frasco de sal no bolso, e queria metê-lo nos olhos para me mostrar qualquer coisa de que supostamente me tinha falado antes. Meteu sal no meio da testa, mas aquilo era uma mistura pastosa de água e sal, que lhe começou a escorrer para os olhos. Sem conseguir ver nada à frente, ele fecha os olhos e dá-me a mão. Eu armo-me em parva e começo a fazer-lhe festinhas com o polegar, assim como quem não quer a coisa, e nunca mais lhe largo a mão, até ele se irritar para eu parar de lhe fazer festinhas. Largo-lhe a mão e trago sem querer uma aliança. Encho-me de ciúmes e amuo, mas não lhe digo nada. Perguntam-lhe porque raio anda ele com aquilo, ninguém sabia que ele tinha namorada. Ele diz ahhh, mas isto não é uma aliança de namoro! Significa que tenho um compromisso comigo próprio.

eu, sempre normal

Se há coisa que me deixa com inveja são aquelas gentes que se conseguem bronzear com facilidade e ficam com uma cor bonita e cenas, porque eu só posso ser descendente da branca de neve. Além de branca, não consigo torrar de jeito algum. Então, hoje vi uma mocinha e digo, toda chocada: fogo, já viste o bronze daquela nesta altura? Só eu é que não consigo, pá!

Depois olhei melhor. Ela era preta. 

do convento de mafra

Foi a primeira vez que estive genuinamente interessada e atenta numa visita guiada. Foram precisos 12 anos na escola para eu me interessar pela história de um monumento. *palmas*

don't go.

Tenho uma necessidade paradoxal de fugir de ti e de te manter por perto, exatamente pela mesma razão; eu gosto de ti. E como é que o poderia dizer algum dia? Não podia. Como me disseram hoje, não posso deixar que os meus sentimentos caiam de pára quedas na tua vida, vindos do nada. E, para te ser franca, não quero perturbar o teu mundo.

Acho que o que me dói mais é saber que te arrumei no caixote dos sonhos impossíveis no primeiro dia, mas continuei a ir lá e abri-lo de vez em quando, só para poder ver mais um bocadinho de ti, para ter a certeza de que não estava louca quando me apaixonei por ti. E tu, inocentemente, foste-me dando mais razões para gostar. E mais ainda para selar a caixa. 

Queria conseguir explicar-te porque raio estou a chorar, mas não consigo. Não consigo e nem sei se quero. Pensar na realidade nestes moldes, na forma como a estou a sentir, é ainda pior do que isso. Eu sei o que se passa, mas não quero sabe-lo. Quero esquecer-me. Não quero chorar já por esse adeus marcado para depois, mas para um depois que nunca chega porque nenhum de nós se há de querer despedir. Ainda que por motivos diferentes.

Temo esse dia. Não consigo imaginar o sufoco de um até nunca mais, quando nada do que havia por dizer, foi dito. Refiro-me à minha parte, é óbvio. Não duvido que para ti esteja tudo claro, mas não imaginas o quanto a minha água é turba se lhe tocares. O meu problema, é achar que não tenho o direito de omitir a alguém que é nessa pessoa que penso antes de dormir, e que, inevitavelmente, é das primeiras pessoas em quem eu penso quando acordo. Por outro lado, não sou o suficiente para ti a qualquer nível, e isso torna o meu sentimento insignificante. Para que raio quererias tu saber? Para nada.

terça-feira, 23 de abril de 2013

isto não se faz

Chega-se uma das minhas monstrinhas ao pé de mim, como sempre, a pedir beijinhos de dois em dois minutos. Ora, eu dou-lhe um. Dou-lhe dois. Depois fico farta, porque esta coisa dos abraços e dos beijinhos não é para qualquer um a qualquer hora.

Armo-me em má e digo-lhe que não dou, com o máximo de autoridade que a minha vozinha irritante permite. Acrescento que não a conheço, só para não parecer que não quero de facto dar-lhe um beijinho.

E então, dona monstrinha, no pico dos seus 4 anos, mete os óculos de sol e apresenta-se. Olá, eu sou a andreia. Enchi-a de beijinhos.

a coerência desta gente

A gaja no fb é toda frases sobre felicidade, e ai jesus que esta gente me faz tão feliz. Cruzo-me com ela todos os dias, muitas das vezes, com o namorado. Não me lembro de ter visto a criatura a sorrir em qualquer um desses momentos.

para depois decidir

O meu desejo é fugir. Fugir ao que conheço, fugir ao que é meu, fugir ao que amo. Desejo partir — não para as índias impossíveis, ou para as grandes ilhas ao Sul de tudo, mas para o lugar qualquer — aldeia ou ermo — que tenha em si o não ser este lugar. Quero não ver mais estes rostos, estes hábitos e estes dias.

Bernardo Soares, 
livro do desassossego 

Ando a tentar conter-me há meses, para não ler este livro antes do verão. E hoje, ao precisar de um sitio para guardar um papel importante, abri-o de novo e percebi, mais uma vez, toda a minha ânsia de o ler. Mas não vai ser já. Não pode ser já. Agora, está encarregue de guardar-me um segredo.

já disse que gosto de poesia?

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver, 
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca, 
livro de mágoas

E o bem que a poesia vai com esta música, uhm? É. Tenho gostos normalíssimos.

trabalho em equipa é

Ela vai comigo tirar sangue, mas fica na sala de espera porque se entrasse desmaiava. E isto são patrícisses ao quadrado, senhores. Não há quem se aguente.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

patrícia conclui

Nada destrói mais do que o pensamento. Eu não podia estar bem? Não podia não estar a pensar nisto outra vez? Não podia muito bem ter-me esquecido do que descobri? Não podia deixar de me lembrar das palavras dele como se as tivesse acabado de ouvir? Claro que podia, mas isso não me ia deitar abaixo, não me ia deixar mal outra vez. Mais uma vez. E eu já nem sei não estar mal, para quê melhorar? 

isn't it ironic?

Depois de muito tempo na incerteza, percebi que teria de tomar uma decisão em relação a algo. Agir, vá. E escolhi o caminho mais difícil por julgar que seria o melhor a fazer, embora me custasse. Wrong choice. Foi uma estupidez enorme pensar isso. Agora, é voltar atrás e rezar para não me enganar no caminho.

agendado

um cavalo que sorri

Uma gaja tem uma foto com um cavalo no fb. Meteu como descrição o teu sorriso torna o meu dia mais bonito.

Estou a torcer, pela sanidade da rapariguinha, para que a frase não seja dedicada ao cavalo. 

contra factos, não há argumentos



Venham lá queixar-se de que as músicas no blog são irritantes, venham! Eu não tiro. Nunca mais. Agora vão levar com a minha playlist até ao fim dos dias do blog, porque há mais quem goste além de mim. *palmas, muitas palmas*

domingo, 21 de abril de 2013

ri-me com isto


agendado

E ainda ganhei um convite para ir com ele. 

a puta da tradução

Eu já vi uma mulher à borda da estrada com um cartaz a dizer pau. Não, não era uma prostituta. Pau (entenda-se, lê-se pô) é uma cidade francesa, para onde ela queria boleia. 

repugnante igual aos outros

Confesso que não suporto aquela gente que só sabe falar de roupas e cenas, uma pessoa dá três voltas ao quarteirão, vai cagar, dá mais duas voltas, vai à loja comprar alfaces para o almoço, volta para casa, faz almoço para vinte pessoas, e quando volta para ao pé das gajas, elas ainda estão a falar dos saldos e da roupa liiiiinda que compraram. Depois vestem-se como gangsters, porque é bédaxiro, metem o cap (porque dizer boné é feio), tiram uma foto ao lado de um graffiti e saem-se com a descrição YOLO!, só porque sim.

Depois existo eu, no pólo oposto a tudo o que aparentemente é normal e idolatrável, sem qualquer sentido estético e com pouca paciência para dedicar às cores e aos padrões da próxima estação. É uma pena, portanto. Se eu não fosse assim, podia ter subscritores no fb, e montes e montes de likes e um ask para me fazer de ofendida, mas para não apagar. Enfim. Estou a perder todo um universo de coisas úteis só por não ligar a modas. E por não ser bonita. E por não ser rica. Fica para a minha próxima vida. (sim, porque no foto com cap, no yolo. I'm a cat)

depois do post sobre vernizes, ainda hei de dar por mim a falar de sapatos

Andei imenso tempo sem pintar as unhas, mas a semana passada quis quebrar a rotina. Sai um azul. Ok, isto ao fim de dois ou três dias está tudo fodido, porque eu não sou menina de manter as unhas intactas e cenas. Então, tiro o verniz e pinto-as de preto, all by myself. Estão lindas e brilhantes, é um facto. O único problema é que, a avaliar pelo estado dos meus dedos, parece que as pintei com uma trincha. Ora foda-se. Não nasci para ser gaja.

não é meu, mas podia ser


the art of getting by

I need to tell you something. You were right, in a way, I should’ve been able to say what I wanted to. I’m in love with you. I always have been. I thought you were the unfair one, but it was unfair of me not to say it. So I’ve said it. I was nothing. I felt like nothing. Less than. You changed it.

Por qualquer razão, revi este filme ontem à noite. Pela terceira vez. E nem é assim tão bom, mas o george lembra-me demasiado de mim mesma. Eu também temo a vida mais do que a morte. 

thumbsucker

We all wanna be problemless. To fix ourselves. We look for some magic solution to make us all better, but none of us really know what we're doing. And why is that so bad? That's all we humans can do. Guess. Try. Hope. But, Justin, just pray you don't fool yourself into thinking you've got the answer. Because that's bullshit. The trick is living without an answer. I think.

sábado, 20 de abril de 2013

[mesmo difícil, eu ainda gosto de viver, sim?]

Estava determinada a fazê-lo, mas não sabia por onde começar. Pensando bem, parecia-me até um tanto ao quanto irónica essa ideia de iniciar o fim, mas não havia maneira de saltar essa parte. Era necessário começar. 

Fui para o meu quarto, tranquei a porta e baixei os estores quase por completo. Sentia-me confortável na penumbra, sem ter de ver o meu reflexo, sem ter de me ver como os outros vêem. Era o dia dos meus anos; tinha vestido o meu vestido bonito, aquele que comprei para uma ocasião especial mas que me faltou coragem para vestir. Estava a estreá-lo ali, sozinha no meu quarto, com uma garrafa de champanhe numa mão e um copo na outra. Estava sozinha, tal como estive a minha vida toda.

Se me perguntassem pelos motivos que originaram o que se seguiu, nem eu saberia responder. Estava farta da minha vida, estava farta de mim. Estava farta de ver destruir em segundos tudo aquilo que me demorava anos a construir. Tanta dor, tanto sofrimento tão mal compensado pelos cinco minutos de felicidade que só surgiam de vez em quando, não faziam a minha vida valer a pena. Estava farta de ser invisível. Estava tão cansada de ser a que nunca importava para ninguém, que julgo que já nem para mim mesma importava. Odiava-me demasiado para ainda querer saber.

Na maior parte do tempo, já nem sabia o que fazia. Falava à toa porque sabia que ninguém me ia ouvir; não tinha amigos, não tinha ninguém a quem gritar basta!, não tinha a quem pedir um abraço. Estava no fundo do poço.

Tirei da gaveta uma caixa de comprimidos. Eram fortes, o médico tinha-me alertado de que não deveria tomar mais do que metade de um por dia. Tomei cinco de uma vez. Seria o suficiente para morrer, mas não para me castigar. Ainda me sentia culpada por todas as minhas tentativas para entrar na vida de alguém, por todas as vezes em que sonhei com um amanhã diferente. Queria punir-me pelos meus próprios sonhos, tão pouco admissíveis para alguém como eu. 

Parti o copo, parti a garrafa. Caminhei sobre os vidros, acendi a luz e fui até ao espelho. Não ia fracassar, não ia chorar; limpei as lágrimas com raiva, mas surgiram mais lágrimas, e mais, e mais. Não conseguia parar de chorar, e começava a sentir-me realmente tonta, provavelmente, à custa dos comprimidos. Olhei-me nos olhos mais uma vez. Senti-me feia, mais uma vez. Peguei num pedaço de vidro e comecei a cortar-me. Se sentia a alma despedaçada, porque não poderia também eu estar feita em pedaços?

Sabia que não seria capaz de fazer cortes muito profundos, mas o as dores e o sangue a escorrer para o chão, confortavam-me. Lembrei-me dele mais uma vez. Pensei no sorriso dele. Pensei em mim, em tudo o que sou, em tudo o que não poderia ser. Cerrei os punhos com um vidro na mão e não consegui conter um grito de dor. Era assim então. Era assim que eu me ia tornar numa heroína aos olhos de todos aqueles que sempre me desprezaram. Ia deixar de ser invisível para ser a pobre miúda que se suicidou. E era agora que me iam dar valor? Que vidas tristes. Pudesse eu ter sido outra pessoa. Cravei outro pedaço de vidro; tinha o corpo coberto de sangue, o vestido bonito estava manchado, a minha vida tinha acabado ali.

Uma última lágrima. Uma última gota de sangue. Caí em cima dos vidros, mas já não senti dor. Olhei para o lado, e só vi a imensa poça de sangue em que me havia tornado. Era o fim, ou o início? Não sei. De repente,  eu era nada. Ou então, de repente, eu já era tudo. Foi assim no dia em que me matei.

na gaveta

Encontrei por acaso um relatório do segundo período, de quando andava no 3º ano. Descobri que aos 8 anos já andava agarrada aos livros, provavelmente, na altura em que devorei tudo quanto fosse uma aventura. No fim, shô dona professora deixou a seguinte nota:

A patrícia continua a ser uma boa aluna, com grandes capacidades de aprendizagem. Precisa de executar as suas tarefas com maior rapidez e não se distrair tanto.

E eu, que sou uma pessoa que se enerva com os nervos, não gostei. Só tenho a dizer que fazia as coisas ao meu ritmo e que era muito feliz com isso. E que não estava distraída, estava à procura de inspiração e paciência para continuar a fazer continhas de somar, quando eu era claramente um génio capaz de construir uma bomba atómica ainda antes dos 9 anos. Acho triste ser-se assim um génio incompreendido.

tired, so tired

Não acredito que algum dia vá ser realmente importante para alguém, e é isso que dói mais. Pudesse eu explicar. Pudesse eu fazer-me entender. Mas não posso, não consigo. Sinto-me a sufocar e não sei como pedir ajuda para sair daqui. Não sei explicar-me.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

se calhar devia repensar a maneira de escrever aqui

À custa da minha mania de misturar nos posts palavras em inglês, hoje foi o dia que terminei uma enumeração com um and so on. Não teria mal, se não tivesse sido num teste. De português.

agendado

conseguisse eu dizer,

Descobri algo que me destroçou de tal maneira que como se me tivessem puxado um tapete de baixo dos pés e me pedissem que me equilibrasse. Não deu. Dei por mim a chorar descontroladamente em público e ainda não consegui contar a ninguém o que realmente se passa. Era tão bom se conseguisse.

come baaack, let me love you!

Uma pessoa privatiza isto durante umas horas, faz questão de avisar que é temporário e perde logo 2 seguidores que ainda não consegui identificar. O blog ainda se zanga e fica todo atrofiadito, ao ponto de eu nem saber se é possível receber comentários. Ninguém merece!

não é um fim

Alforrecas, não se assustem que este não é o tão anunciado fim do melhor blog do mundo. Isto porque, ao fim de meses a dizer que ia assassinar o blog, caiu a última gota que fez transbordar o copo e, de facto, ele esteve por um fio, mas ainda não é desta.

Para evitar um fim, decidi recomeçar do zero. E lamento, mas o recomeço não inclui tirar a música. Inclui tentar organizar isto com etiquetas. E não ficar com 92872 posts nos rascunhos. Por enquanto é só.