domingo, 30 de junho de 2013

mas claro que tinha de dar merda

Já não é novidade que eu sou pouco dada a cenas de gaja com roupas e sapatos e cenas. Compro quando preciso, e de resto passo bem sem lojas de roupa por perto e despe-veste-despe-veste. E mais, prefiro gastar dinheiro em livros do que nessas coisas, portanto para mim, quanto mais poupar, melhor.

Este ano tinha decidido não comprar um bikini. Tinha um azul, giro que só ele, do ano passado, e mais uns quantos de outros anos, embora o azul fosse o meu grande amor. Não ia gastar dinheiro com coisas que já tinha, não é?

Então pronto.  Bikini vestido, jumpsuit, chinelos, toalha, protetor e livro, e está a lontra na praia estendida ao sol. Até que, a lontra que até há uma semana atrás tinha 3 cobertores na cama, decide que era o momento ideal para o primeiro mergulho do ano. Meia hora depois - sou um tanto ou quanto friorenta, mas também tenho a argumentar em meu favor que vivo no centro e a água não é propriamente quente - consegui mergulhar.

Aconteceu uma tragédia. Quando voltei à superfície, o estúpido do bikini tinha violado a intimidade do mamaçal residente. Ou, por outras palavras, estava a fazer topless involuntário. Vá, mas com o top lá. 
Vim a descobrir que o meu bikini giro estava todo estragado afinal, e que eu devia ter-me apercebido disso. 
Acabei por ir comprar outro ao supermercado mais próximo, só naquela de tentar não mostrar ainda mais do que já tinha mostrado - senhoras das limpezas do eleclerc: estão à vontade para me odiar. Fui eu que enchi a casa de banho de areia enquanto mudava de bikini.

hoje

Eu avisei logo que este fim de semana ninguém me tirava o cu da praia. Passei lá o dia, e soube-me pela vida. 

está tudo aqui

I'm a screwed-up person who no longer knows how to communicate with the people i love. But i meant everything i told you in my letter.
Matthew Quick,
silver linings playbook

cartas que não vou enviar

Se quiseres saber o que fiz durante o dia todo, consigo resumi-lo numa única palavra: li. Li muito. Isto não será talvez novidade para ti; o que te escapa é a razão porque leio tanto, escapa-te que esta foi a maneira que eu encontrei para não pensar em mim.

E é engraçado que resulta ao ponto de agora, neste preciso momento, enquanto te escrevo, só me conseguir lembrar do Pat e da Nikki. Ele ia escrevendo para ela como se ela fosse ler; escrevia-lhe o que fazia, o que pensava, o que sentia. Um bocadinho daquilo que tenho feito por aqui. E ela também nunca leu. Provavelmente, não mudaria nada se lesse, e isso deixa-me triste porque sei que o Pat podia ser eu. Ele só quer um final feliz e, coitado, ainda acredita que isso possa acontecer. E fico triste por ele como se fosse um grande amigo meu. Especialmente por saber que ele seria aquele amigo com quem eu me identificaria. A única diferença é que eu já não acredito em finais felizes.

Depois, acabei por sair porque me sentia a enlouquecer em casa. Andei por aí até que anoitecesse, como se a noite fosse o cair do pano depois da representação que foi o dia; tão sorridente que eu ando, e tão pouco sentidos que são os meus sorrisos. Não me sentia perdida, só não sabia onde ir. Então, fui andando convencendo-me de que estarias no sítio para onde me dirigia, mesmo sabendo que tal era impossível. Precisava de mentir a mim mesma para ainda poder sentir essa felicidade ilusória. Só queria poder ver-te.

Andei mais do que acreditarias, e depois sentei-me. Ao longe, via luzes e dei por mim a imaginar se não estarias perto de uma delas lá, tão longe, enquanto eu estou aqui a desejar ter-te perto. Por isso, se esta noite ainda vir uma estrela cadente, vou gritar-lhe o teu nome e pedir-lhe que te traga para perto de mim. Não que acredite realmente que se possa pedir um desejo às estrelas, mas porque até isso é mais provável do que eu conseguir voltar a ver-te. Desculpa, mas fazes-me falta.

podia dizer muito sobre isto

Looking into another person's eyes for an extended period of time proved to be a very powerful thing.


Matthew Quick,
silver linings playbook

Mas até já disse mais do que devia.

sábado, 29 de junho de 2013

não se escolhe, dizem

A minha avó veio perguntar-me como me tinha corrido o exame de matemática. Disse-lhe que tinha corrido mal, muito mesmo. E então ela começa a comparar-me com o meu primo, que tinha passado com boas notas no meio de tantos que chumbaram e tudo e tudo, e que ainda por cima é bom a matemática. Tudo bem. A diferença é que o meu primo está no 2º ano, e eu no 12º. São "só" dez anos de diferença.

E é engraçado pensar nisso. Nessa altura ainda eu era boa aluna, muito boa aluna, e as professoras diziam sempre à minha mãe que eu tinha excelentes capacidades de aprendizagem, que queria sempre aprender mais e que nem me contentava com o que me ensinavam no meu ano. Queria aprender o que aprendiam os que estavam no ano a seguir. Quem diria que, dez anos mais tarde, me iria sentir tão burra? Invejo a criança que fui. Eu era tão feliz antes de me ter apercebido de tudo o que estava errado comigo.

A minha avó irrita-me e é por isso que não tenho paciência para ela. Ela que venha comparar-me com o meu primo outra vez. Quero ver aquele puto mimado daqui a dez anos.

estou de greve

Tenho escrito aqui mais do que nunca, mas na verdade sinto que nunca escrevi tão pouco. Todas as palavras me parecem vazias, todas as frases me parecem falsas. Tanta coisa aqui dita nos últimos tempos e, afinal, está tudo por dizer. Se me perguntarem porquê, não vou responder. Aconteceu outra vez, e é só. Não estou feliz nem triste. Não sinto nada e é assustador. Só quero que isto páre, quero voltar a estar bem.

Hoje estou de greve até que me apeteça voltar a escrever. Até amanhã.

god why?


Mom? Dad?
I'm leaving to another planet.


(e sim, claro que o facto de os cortes ali nos nomes estarem todos ranhosos foi de propósito. não vos queria deitar abaixo com o meu super talento no paint)

tão bom

i knew her thoughs well enough to understand she was not simply deranged, but suffering because her world had been so cruel to her 

Matthew Quick,
silver linings playbook

unfortunately, she looks like me

She looks sad. She looks angry. She looks different from everyone else i know - she cannot put on that happy face others wear when they know they are being watched. 

Matthew Quick, 
silver linings playbook

era só isto

Got nothing but love for ya!

Matthew Quick, 
silver linings playbook 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

nunca entendo porquê

A ideia inicial é só arrumar o meu quarto, mas quando dou por mim já arrumei metade da casa porque me sinto culpada por deixar o meu quarto todo bonitinho e não arrumar o resto. Acho que tenho alma de dona de casa, ou então é o meu lado de limpa sanitas a querer dar de si.

outro aos drogados, como eu

Os verdadeiros viciados também sabem o que é estarem atrasados mas continuarem a ler porque só faltam umas páginas para o fim do capítulo. E quando chegam ao fim do dito, querem saber o que acontece a seguir, e não páram de ler mas não dizem a ninguém.

aos drogados, como eu

Os verdadeiros viciados sabem o que é andar sempre com o livro atrás e aproveitar cada tempito livre para ler. Nem que sejam só dois minutos; se eu estou parada, então eu vou ler. 

só para que conste

O facto de eu chegar atrasada a qualquer lugar não é, de jeito algum, sinónimo de que gosto de esperar. E se me fizeres esperar, um minuto que seja, terás de me ouvir reclamar. 

hoje apetece-me uma ménage à trois

Só mesmo porque limpar isto tudo sozinha demora, e três pessoas a fazer limpeza despachavam isto num instante.

e agora?

Tudo faz sentido. Nada faz sentido. 
Queria parar de estar bem o dia todo e voltar a sentir-me mal à noite. Todas as noites. Preciso de acabar com isto mas não tenho como. Geez.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

mesmo a calhar

and now i'm crying because i'm such a fucking waste - such a fucking non-person.

Matthew Quick, 
silver linings playbook

odeio pessoas

Ainda na cabeleireira, entrou uma velha que eu nunca tinha visto antes, mas que pelos vistos só lá vai para ver quem está. Ao ver uma miúda pouco mais nova do que eu a fazer madeixas, diz para a mãe estragam-nas agora em novas, depois ninguém as quer por serem assim. Depois contou uma história interessante que só ela, para dar a entender que isso de pintar o cabelo já é putaria.

E foi assim que descobri que sou uma puta.

a sério

Eu já gostei de crianças mas agora não as suporto. 
Estive uma hora na cabeleireira a ouvir uma a falar ininterruptamente. Apeteceu-me fazê-la engolir uma escova.

transcende-me

Não compreendo aquelas pessoas que vão para a praia com a parte do bikini que devia estar presa no pescoço, atada nas costas. Podiam comprar um cai cai, mas não, é mais sexy ficar com aquelas marcas todas nas costas.

Ontem vi uma mulher que fez isso ao top. Então tá.

sou uma invejosa

Roubei isto à Amelia. Porque posso.

Tenho menos de 1.65m.
Tenho uma cicatriz. (várias até)
Gostava que o meu cabelo tivesse uma cor diferente.
Já pintei o cabelo.
Tenho uma tatuagem.
Eu nunca usei suspensórios.
Um estranho já me disse que era bonito/a.
Tenho mais de 2 piercings.
Já jurei algo aos meus pais.
Já fugi de casa.
(aos 5 anos, vá)
Quero ter filhos no futuro.
Tenho um emprego.
Já adormeci numa aula
Faço quase sempre os trabalhos de casa.
Já estive no quadro de honra da escola.
Já disse "LOL" durante uma conversa.
Ainda choro a ver filmes da Disney.
Já rasguei as calças em público.
Tenho uma doença de nascença
(não é bem uma doença, mas coise)
Já tive que levar pontos.
Já parti um osso.
Já fiz uma cirurgia (4)
Já andei de avião.
Já fui a Itália.
Já fui à América.
Já fui ao México.
Já fui ao Japão.
Já fui à Suíça.
Já fui a África.
Já me perdi na minha própria cidade.
Já fui à rua de pijama.
Dei um pontapé a um rapaz onde dói mesmo.

Estive num casino.
Gostava de jogar verdade ou consequência. 

Já tive um acidente de carro.
Já entrei numa peça de teatro.
Já me sentei num telhado à noite.
Costumo pregar partidas às pessoas.
Já andei de táxi.

Já comi sushi.
Já tive um encontro às cegas.
Sinto falta de alguém neste momento.
Já beijei uma pessoa com mais 8 anos do que eu.
Já me divorciei.
Já gostei de alguém que não sentia o mesmo por mim. (sempre, sempre)
Já disse a alguém que o/a amava, quando não era verdade.
Já disse a alguém que o/a odiava quando na verdade o/a amava.
Já tive uma paixão por alguém do mesmo sexo.
Já me apaixonei por um/a professor/a.
Já me beijaram à chuva.
Já beijei um estranho.
Fiz algo que prometi não fazer.
Já saí sem os meus pais saberem.
Já menti aos meus pais acerca do sítio onde estava.
Tenho um segredo que ninguém pode saber.
Já fiz batota.
Copiei num teste. 

Passei um semáforo vermelho.
Já fui suspenso na escola.
Já testemunhei um crime.
Estive preso/a.
Já consumi álcool.
Bebo regularmente.
Já desmaiei de tanto beber.
Estive bêbado/a pelo menos uma vez nos últimos 6 meses.
Já fumei ganza.
Já tomei drogas fortes.
Consigo engolir 5 comprimidos de uma vez sem problemas.
Já me diagnosticaram uma depressão.
Tenho problemas de ansiedade diagnosticados.
Grito com os outros quando estou enervado.
Sofro/sofri de anorexia ou bulimia.
Já me aleijei de propósito.
Já acordei a chorar.
Tenho medo de morrer.
Odeio funerais.

Já vi alguém morrer.
Alguém que me era querido suicidou-se.
Já pensei em suicidar-me.
Tenho pelo menos 5 CD’s.
Tenho um iPod ou um mp3.

Sou obcecada por animes.
Já comprei alguma coisa pela Net.
Já roubei um tabuleiro de um restaurante de fast-food.
Eu vejo o noticiário.
Não mato insectos.
Canto no duche. 
Já fingi estar doente para não ir à escola.
Acedo à net pelo meu telemóvel.
Ando no ginásio.
Sou fanático/a por desporto.
Cozinho bem.
Já fui de pijama para a escola.
Sou capaz de disparar uma arma.
Amo amar.
Eu ja exkrevi axim.
Eu rio-me das minhas próprias piadas. 
Todas as semanas como fast-food.
Acredito em espíritos.
Já fui para um teste sem estudar e tive boa nota.
Sou muito sensível.

Adoro chocolate branco.
Tenho o hábito de roer as unhas.
Associo músicas a pessoas/momentos.

pari!



roubado daqui

Apresento-vos os meus filhos. 
Não podia ser mais inesperado, vindo de uma pequenina com um ar tão queridinho. Oh deus. Se eu tiver uma filha, quando ela nascer não vai chorar. Vai logo cantar a set to fail dos lamb of god. Porque posso.

falem comigo!

Como se já não bastasse o atrofio de ontem à noite, os comentários voltaram a fugir-me para o spam. Anónimo deste deste post, se andares por aqui, desculpa. Só hoje encontrei o teu comentário. E, já agora, obrigada pela força.

É só o meu blog que anda com estes atrofios?

sério?

Tive um mini ataque cardíaco porque o meu blog decidiu apagar-se sozinho por "atividade irregular na conta". Não percebi, mas quando o recuperei, estava a seguir-me a mim mesma... ok então.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

momento own do dia


Mas é só porque ao início a miúda parece uma cópia da minha monstrinha francesa. E oh, que saudades da única miúda do mundo a quem eu chamo princesa. 

há sempre mais

Agora que penso nisso, as pessoas devem achar que eu tenho cara de parteira ou de conselheira pré natal ou qualquer merda do género. Já tive umas 4 ou 5 amigas que, nem sendo propriamente muito chegadas a mim, me vieram dizer que achavam que estavam grávidas como se eu tivesse estado já umas oito vezes prenha e percebesse alguma coisa do assunto. 

E eu, que grávida só se for do espírito santo, lá ficava a ouvi-las relatar toda a sintomatologia que tanto podia ser de uma gravidez quanto de prisão de ventre, a dizer-lhes que não se preocupassem, que se o pai da criança fugisse para o zimbabué e elas fossem mães solteiras, eu ficava a segurar-lhes a mãozinha durante o parto para poder ver o monstrinho com cara de joelho, ainda por cima ensanguentado, assim que ele saísse da toca. E depois ia ser a tia querida e aparecer aos domingos com um bolinho da dancake comprado numa bomba de gasolina.

Portanto, pessoas, se por acaso acharem que estão no estado oh-deus-comi-o-que-não-devia-e-vou-ter-a-barriga-cheia-por-nove-meses, não hesitem em deixar o vosso comentário porque a mambo-patrícia é perita no assunto, capaz de realizar macumbas impossíveis e fazer o puto nascer já apto para ir trabalhar para as obras. E então vós, queridas mamãs, não terão de trabalhar. 


Se não for stripper, vou ser isto.

lembrei-me

Eu já tive uma amiga que hesitou em contar-me que tinha perdido a virgindade, mas que, quando o fez, soltou logo a bomba acho que estou grávida. E pronto, durante toda essa semana ela começou a relatar-me todos os sinais de que estava grávida, como dores de cabeça, arrepios ao olhar para outras crianças, enjoos e por aí, e falava como se estivesse de facto à espera que o monstrinho saltasse cá para fora, que não ia abortar porque era filho dela e tudo e tudo. Só não comprou o enxoval para o puto porque deus não quis.

E o mais engraçado é que o período dela nem sequer estava atrasado.

ri-me mais do que me orgulho







unholy confessions 2.

Ando em modo girly outra vez - deve ser a patologia do verão - e hoje dei por mim a comprar um vestido e um jumpsuit cor de rosa. E é aqui que está a confissão: uso a palavra jumpsuit desde o tempo em que lia a cuore, só por achar feio chamar-lhe macacão porque para mim macacão é um macaco grande, e está bem que, até amanhã, poucas coisas me distinguem dos macacos, mas não exageremos que eu agora ando armada em menina. 

Mais uns tempos e ainda dou por mim a ler a maria na praia. 

unholy confessions 1.

Pareço perceber muito de maquilhagem quando digo que se devem destacar os olhos ou os lábios, nunca os dois em simultâneo ou acabamos por parecer palhaças, mas a verdade é que aprendi isto na altura em que lia a bravo e a super pop. Foi assim que aprendi todos os truques de maquilhagem que não uso, porque só me maquilho quando o rei faz anos e, no geral, não faço mais do que pintar os olhos de preto.

E também não há cá base nem meia base. Se é para ser feia de qualquer maneira, que seja ao natural, foda-se!

felicidade é

À conta dos exames, estive quase duas semanas sem ler. E, se noutros tempos, noutros anos, isto não me fazia assim tanta confusão, agora faz. Já não sei ser essa pessoa que afirma adorar ler mas que consegue estar meses sem pegar num livro.

Eeeee, taaaadaaaam... finalmente, livro do desassossego e silver linings playbook. Oh deus, oh deus. Claro que para a semana já tenho de começar a pensar em estudar para a segunda fase e lá se vai a minha festa, mas agora deixem-me ser feliz.

ele sabe que vai sentir a minha falta

Desde março que o médico me anda a dizer que não preciso de voltar às consultas dele, que me vai dar alta porque estou quase a fazer 18 anos e não faz sentido continuar a ir ao pediátrico. Todas as consultas diz que a seguinte é a última. Ok. Já lá vão umas 5 consultas assim, e eu quase que só lá vou para dizer que sim, que estou muito bem.

Ora, terça feira faço anos. Então na última consulta ele disse que só que queria ver mais uma vez, antes de eu fazer 18. Fui lá hoje e pensei que era mesmo a última. Então quando é que fazes anos, minha querida? Oh, mas ainda te quero ver depois de fazeres 18... volta cá mais para o fim do ano só para eu te ver.

Tenho para mim que a falta de vontade dele me dar alta é só mesmo porque sabe que já não pode viver sem mim a espalhar amor e magia no consultório.

não tenho emenda

Há aquele momento em que sais do exame de matemática a rogar pragas a tudo quanto mexa e recebes uma mensagem dele. Do explicador, cumeóbio, porque és uma forever alone e ele é a única pessoa preocupada contigo. Porque lhe pagas.

Ele quer saber como correu. Ok. Falas-lhe da desgraça e do quanto estás a pensar ingressar numa carreira de stripper num bar duvidoso naqueles países com nomes estranhos. E ele começa a ser querido. Ele, o explicador. Estranhas, mas não ligas. Até que chegas à 4ª ou à 5ª mensagem, e começas a rezar secretamente para que passe um camião por cima do pobre telemóvel, porque a demonstração de afeto se está a tornar ligeiramente constrangedora e já não sabes como responder mais.

E então começas a cortar a conversa até que ele se cale, e percebes que não tens emenda. Bah.

terça-feira, 25 de junho de 2013

juro

Apetece-me sair e só voltar amanhã. Ou não voltar. E beber. Beber até esquecer tudo.
Sim, é mesmo disso que eu preciso.

dos acessos de estupidez

Quem me viu na rua ao fim da tarde, deve ter-se perguntado porque raio andava eu descalça no meio da estrada. Eu também não sei. Apeteceu-me.

tortura é

Quero ir à praia amanhã, mas não posso porque com estas pernas de macho latino teria mais sucesso do que o zezé camarinha. E também  não posso usar vestidos, por isso amanhã vou ter de torrar dentro de umas calças.

Digam lá que a vossa vida é má.

pior do que está, não fica

Eu sabia que ainda havia de encontrar alguma vantagem na minha condição de gaja. Já que tenho de andar ali 5 dias a jorrar sangue, ao menos que tire partido disso. E qual é?, perguntam vocês.

Ando a comer que nem uma lontra. Ok, eu sou uma lontra, mas estou pior. Já tenho direito a barriguinha de grávida de gémeos, de 11 meses. Sim. 11 e não me chateiem. E dizer que estou inchada porque estamos naquela-altura-do-mês como as meninas de bem gostam de lhe chamar, é menos embaraçoso do que inventar uma desculpa que envolva prisão de ventre e afins. Portanto... eu não estou gorda. Estou só inchada.

então e o exame?

Acabei de comprar o meu bilhete para o cazaquistão.

is this the last time?

Sinto a tua falta.
E isto parece-me ridículo, porque no fundo compreendo que não me fazes falta nenhuma. Eu já era eu antes de te conhecer, já era eu antes de saber sequer que existias. Não faz sentido nenhum que agora sinta a tua falta como se de facto precisasse de ti para viver. Mas sei que não és um capricho quando me permito a perceber que nem tudo se pode racionalizar. 

Deixa-me que te diga que a esta hora, mais do que a outra hora qualquer, tudo faz sentido para mim. Talvez seja da escuridão, sim. Apetece-me  falar-te como se me fosses ouvir. Disseram-me uma vez que são as paixões que nos mantêm vivos. Eu concordo, mas acrescento que também nos tentam matar de vez em quando. Talvez esta não seja mais do que uma forma de nos equilibrar, desequilibrando-nos. Talvez isto que sinto agora seja o preço a pagar pelo tempo em que me apaixonei.

Também sinto a falta disso. Sinto a falta do tempo em que te estava a descobrir sem que desses por isso. Não me perguntes o que me chamou a atenção em ti - juro que não te saberia responder. Aconteceu. É sempre muito fácil repararmos nos outros quando os outros não reparam em nós. É doloroso, admito, mas quando nos estamos a apaixonar somos estúpidos e não pensamos na queda que se segue. Eu lá queria saber que tu nunca fosses olhar para mim? Achava-te fantástico, mesmo não sabendo explicar porquê, e isso bastava-me. 

Um dia, deixei de me apaixonar todos os dias. Creio que passei a gostar de ti a tempo inteiro, e era exatamente isso que eu temia. Gostar de alguém é talvez o vício mais difícil de se largar. E - desculpa-me outra vez - estou viciada em ti. Mesmo sabendo que em breve mal te recordarás do meu nome, mesmo sabendo que um dia, a voz que te ecoa na cabeça enquanto lês estas palavras, não será senão a tua, se é que ainda ouves a minha. 

Não posso fazer nada. Sempre soube que seria assim, mesmo quando calei a voz da consciência para me permitir a ser feliz aos bocadinhos, sem pensar muito. Não sei se me arrependo por me ter deixado gostar tanto de ti. Na realidade, de pouco me adianta arrepender, não podia ter feito menos para que isso acontecesse. Está tudo em ti. É de ti que eu gosto, exatamente por seres quem és, como és. Lamento por ti, mas não por mim. Não podia ter-me apaixonado por ninguém melhor. Obrigada por isso.

marabilhoso

Esta é mesmo a melhor noite para os meus dentes do siso doerem mais do que nunca. Puta de sorte.

E é que depois estou toda nervosa e a pensar no que não devo e só me apetece chorar. Apetece-me escrever outra vez, e não devia. Ahhhhhh, quero ter sono, quero ir dormir.

podia dar-me para pior

Acabei de decidir que no próximo ano vou fazer um exame de francês. Porquê? Para quê? Não faço ideia. Mas uma amiga minha faz amanhã, fui ver os dos outros anos e aquilo é tão, mas tão fácil, até para mim que não tenho francês desde o 9º ano que, sei lá, apeteceu-me. Para não parecer tão mal, tenho estado a tentar convencer-me de que ainda posso usá-lo como prova de ingresso. Apesar de não querer nada relacionado com isso, mas ok.

Com sorte, dá-me a oportunidade de trabalhar num bordel na suiça. O sonho de uma vida.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

é isso

Não vou conseguir dormir porque quero estudar. Não consigo estudar porque estou demasiado nervosa. Ora, por aqui nem se estuda nem se dorme.

No fim fodo-me na mesma, porque compreende-se, eu não sou o tipo de pessoa que vai a exame como autoproposta e passa com 10. 
Sabem quando digo que sou burra? Trust me, é a sério.

e que deus te ajude, dizem eles

Não, filhos, não é deus que me vai fazer o exame. Nem tão pouco é a sorte que me vai fazer ter positiva.
O que eu precisava mais era de ser inteligente, que é exatamente aquilo que eu sou menos. Enfim.

não querendo parecer pobre e mal agradecida



Porque é que, sabendo o link do meu blog, o haveriam de meter no google em vez de entrar diretamente?
Eu nem ia dizer nada mas... isto acontece quase todos os dias. Às vezes, mais do que uma vez por dia.

Pessoas... porquê? 
E quem, já agora.

sou uma visionária

Eu tive californianas before it gets too mainstream. 
Aliás, só descobri que se chamavam californianas meses depois de ter cortado o cabelo e as minhas terem ido à vida, quando virou moda ter metade do cabelo de outra cor.

And that's kinda funny, porque quando era só eu, as pessoas estranhavam e até emo me chamaram. Agora não. Agora é moda, logo é bonito e toda a gente quer.
Ahhh, vão-se foder.

ernesto, o meu nome é alfredo ernesto

De qualquer forma, mesmo que não fosse o exame, hoje não podia ir passear o fat ass para  a praia. E porquê?, perguntam vocês. Porque estas semanas frias em que eu estive enclausurada no escritório permitiram que eu me transformasse confortavelmente num urso, sem dar por isso.
E pronto, está tudo bem que eu já tenha fama de ser alfredo ernesto, o macho latino da zona centro, com direito a bigode farto e tudo... mas até um macho se quer depilado. Trato disso esta semana. 
No fim de semana não me tiram o cu da praia nem que o tempo se passe outra vez e eu acabe debaixo de um chapéu de chuva. 

tortura é

Uma pessoa anda a congelar durante este tempo todo mas hoje, logo hoje e só por ser véspera de exame, está um calor do caralho. Como se já não bastasse, ainda me convidam para ir à praia. Hoje, que eu não posso.

Isto não se faz!

medo, tanto medo

De qualquer forma, nem me adiantou de muito. Estamos a chegar àquele ponto em que eu estou  já demasiado nervosa para conseguir entender-me com isto. E nem venham com o tu devias descansar, patrícia. Sim, sim. Falem-me lá das vossas 8 horas de soninho diário. Eu alguma vez consigo dormir bem com um exame depois de amanhã?

E o pior é que eu sei que consigo fazer. Devagarinho e tal, mas eu já começo mesmo a entender-me com isto. O problema é que sei que vou entrar em pânico a meio do exame e não vou fazer nada de jeito. Conheço-me demasiado bem para saber que vou ficar a olhar para aquilo com cara de então e agora? em exercícios parecidos com os que eu estou farta de fazer.
E depois haja quem me ature.

algo errado

Quando tu és a filha adolescente, os teus pais saem à noite e tu ficas em casa. A estudar.

e eu...


E eu quero fugir para nárnia antes que as pitas comecem a governar o mundo.

domingo, 23 de junho de 2013

francamente

Quem agenda os exames de certeza que não tem coração. Então o homem não se apercebeu de que hoje a lua ia estar linda que só ela e uma pessoa tem vontade de passar a noite toda na rua em vez de estar a estudar?

Não. Claro que não. 
Insensíveis!

kinda funny

Ainda bem que hoje é noite de são joão. Estava mesmo a apetecer-me fazer uma direta.
Para estudar matemática, claro.


E sim, isto é tudo agendado. Só não avisei antes porque não me apeteceu, mas quase todos os posts de hoje foram escritos entre as 3 e as 4 da manhã, por isso não se chateiem com a demora a aceitar comentários.

Pode não parecer, mas eu estudo, sim?

oh deus

Mordo o lábio, cravo as unhas na palma da mão. O sangue escorre, vejo-o a cair no chão.

Tento contrabalançar todos os momentos bons que passei a teu lado com aqueles em que me magoaste, mas não consigo. A desilusão berra-me aos ouvidos, diz-me que é hora de fechar a porta e seguir em frente. Ao invés, o estúpido do meu coração gritante, pede por ti, mais uma vez.
Queria fazê-lo abrandar, explicar-lhe que às vezes temos de desistir de tudo o que é realmente importante para nós. Queria dizer-lhe que o amor não faz com que a desilusão se esvaia e desta vez foste longe demais.
Cerro os dentes. Apetece-me bater-te por tudo o que me disseste, por tudo o que calaste. Apetece-me bater a mim própria por continuar a desejar-te, ainda assim. Como é que é possível?
Engano-me a mim mesma. Repito em frente ao espelho que não quero saber de ti, mas quero. Desengano-me quando me permito a pensar. E penso.
Penso que te amo e tenho que te esquecer. É imperativo que se esqueça quem se esqueceu de nos amar.
E eu vou conseguir.
Continuo a descobrir pérolas, datadas de 2011, que duas amigas minhas iam publicando no fb. Senhores. Eu não era esta pessoa. Eu estava possuída. Não sei, mas se daqui a 2 anos eu ler aquilo que escrevo agora com tanto desdém, estamos mal. Muito mal mesmo.

já não me reconheço

Não vais poder negar que te aceleram esse coraçãozinho que há tanto tempo tentas silenciar quando grita por mim. Mas eu ouvi-o, e ouço-o sempre, tal como tu ouves o meu, mesmo quando finges não ouvir. Quando tentas não ouvir.
Mas os teus olhos, oh, os teus olhos.. os teus olhos revelam mais de ti do que aquilo que algum dia dirias em voz alta.

Encontrei isto no fb de uma amiga minha. 
Só quando li os comentários é que me apercebi de que fui eu que o escrevi. Em 2011. No meu primeiro blog.* 

Agora parece pertencer a uma outra vida. Não sei, é estranho. 

*(E sim, havia mesmo uma razão para eu estar a ler as publicações antigas do perfil dela)

não é meu, mas podia


e nem é o pior

Again: eu já vejo fotos de pessoas bronzeadas, e eu continuo a dormir com 3 cobertores na cama.
4, nas noites mais frias.

sério?

Eu já vejo fotos de gente bronzeada e eu ainda só apanhei sol duas vezes.
No terraço. 
De pijama. 

parece-me legítimo

Vender o cu para poder comer um hambúrguer.
Normalíssimo mesmo.

sábado, 22 de junho de 2013

geek mode

Não me consigo lembrar se aconteceu mesmo ou se li num livro. Acho que preciso de dormir mais.

desculpem lá a inocência

Eu por acaso até acredito que uma depressão se cure mais depressa com abraços e palavras bonitas do que a correr de psicólogo em psicólogo, e psiquiatras e medicamentos e quês. Acho mesmo que às vezes tudo o que as pessoas precisam é que, mais do que dizerem, lhe mostrem que tudo vai ficar bem. Por isso, não me venham falar mal daquele texto que se tornou viral nos últimos dias. Se é do brad pitt ou não, não sei e pouco me importa. O que eu acho é que quem pensa que os medicamentos curam tudo, deve ter uma vida muito infeliz.

tão perfeita

Dizia eu há uns meses que a lana del rey me irritava. Depois... oh, depois ouvi esta música.



I am alone at midnight
Been trying hard not to get into trouble, but I
I’ve got a war in my mind.


Nem eu sei o que se passa comigo.
Vá, ainda não estou suficientemente demente para não me irritar com o facto de o videoclip ser longo que eu sei lá e eu ter tempo de dormir duas sestas até que ela comece a cantar. Mas meter aqui um vídeo ranhoso cheio de montagens era pior. Bah.

ninguém merece

Afinal sempre é verdade que tudo o que puder correr mal, corre. Pelo menos comigo foi sempre assim. E se eu contasse o que me aconteceu desta vez, se vos falasse da puta da ironia, acabariam por se rir. E ainda se iam sentir felizes com a vossa sorte.

O que me vale é que eu já nem me dou ao trabalho de me chatear por isto.  Safoda.

oh deus

Tenho de me manter longe na cozinha antes que acabe com o frigorífico e com a despensa. Estudar dá-me vontade de comer. E não estudar também.

Ahhhhhh, quero gauffres com nuttela. Não vou fazer gauffres porque demora e não vou comer nuttela. Não, não, não. 

nunca disse, mas adoro chá

Sei que algo está mal quando o ponto alto do meu dia, o meu momento mais feliz, é quando eu descubro que afinal ainda tenho chá de maçã e canela cá em casa. 

está um dia lindo, vou à praia

Não, não vais, patrícia. Vais estudar matemática para compensar a noite de ontem. Quanto muito, moves os presuntos até ao terraço e ficas por lá a torrar dentro do teu pijama cheio de cãezinhos esquisitos. Com sorte, logo à noite podes ver um filme. Ou então vais estar tão frustrada com a puta da trigonometria que nem isso te vai apetecer. E então, continuas a estudar.

Oh, que boa vida, que boa vida. 
E sim, desta vez é a sério. Dona lontra vai mesmo estudar.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

não é boa altura

Eu juro que estava cheia de boas intenções e que ia mesmo estudar matemática a noite toda... mas depois lembrei-me do bomberman, e oh deus, ao tempo que eu não jogo isso.

plus

No fundo, acho que as duas stôras que me vigiaram o exame ponderaram a hipótese de eu poder ser uma bombista suicida com o intuito de me  revolucionar contra os exames. Começaram por me fazer tirar o rótulo da garrafa. Mas isto foi só porque elas entenderam que eu era um ser especial, capaz de camuflar matéria na composição química da água. Entenderam que eu era uma profissional, portanto. Talvez por isso, decidiram tratar-me como se eu fosse criminosa; fizeram questão de estar sempre de olho em mim (e não, estas nem sequer eram estrábicas). 

Ou por isso, ou porque, também elas, se aperceberam do meu atraso mental profundo, e então quiseram garantir que eu conseguia sair da sala sem que ninguém se apercebesse da minha profunda frustração por não perceber nada daquilo. Não sei. Mas a sério, pessoas: se forem professores, tentem não parecer colados às costas de nenhum aluno. Muito menos ainda se a criaturinha em questão estiver a tentar fazer um exame de russo e perceber tanto daquilo quanto de física e química. 

E se o encontrarem a desenhar, também não vão comentar com o outro professor vigilante, ou acabarão caricaturados da pior maneira possível. Just saying.

juro

Quem corrige os exames não sabe nada sobre nós? Enganam-se.
Quem corrigir o meu exame de física e química vai aperceber-se imediatamente de que aquilo pertence a alguém com um atraso mental profundo.

(breathe in, breathe out, lembra-te que foste tu quem escolheu aplicar-se na matemática em primeiro lugar e não te passes)

agendado, 
isto é tudo agendado.

normalidade vs patrícia


Pessoa normal: awn, tão fofinho!

Patrícia, divide isto em dois pensamentos:
pensamento 1: o quê, 5 putos? parece-me que alguém anda muito brincalhão...
pensamento 2: de qualquer forma, eu estaria internada no sobral cid em menos de um mês se vivesse com aquela cachopada toda. credo.

a revolta

Como se já não bastasse a moda do sou bissexual e adoro, porque pronto, somos todos muito open minded e o caraças, ainda temos aquela mania do és uma princesa, sou uma princesa, tratem-me como a princesa que sou, só pareço uma puta para confundir

For god's sake. Depois venho eu, o trambolho a tender para a labreguice, dizer que até vivo muito bem com a minha condição de gata borralheira mal criada, porque pronto, não há cá paciência para fazer de boneca. Deixem-me que vos diga que sou uma desgraça. Ligo tanto a roupas e a modas quanto ligo ao que o claúdio ramos diz, e se me disserem que agora está na moda andar por aí com barbatanas, eu até sou capaz de acreditar. Já para não falar nas unhacas, pintadas com - espantem-se - um verniz que a minha avó me deu, já lascadas porque também não mora cá paciência para andar sempre de unhas perfeitas. E se pensam que eu me importo minimamente com isso, desenganem-se. Se eu fosse uma lady, não podia mandar toda a gente para o caralho porque parecia mal. 

Assim olhem, aguentem-se comigo, labrega, mal educada e com os palavrões sempre a querer saltarem-me da boca. Lamento.

estou entediada, apetece-me partilhar

Apercebi-me ontem do quanto me irrita o facto de os meus avós serem tão conhecidos aqui. Ninguém sabe quem são os meus pais, ou mesmo os meus outros avós, mas se se apercebem de quem eu sou, deixo imediatamente de ser a patrícia para ser a neta da maria ou a neta do antónio. 

mas há mais

Até para mim é embaraçoso admitir uma coisa destas, mas há pior do que aquilo do omegle. Era eu uma criança do 7º ano, com uma mente nada perturbada, quando convenci uma gaja da minha turma (croma que dói, entenda-se!), de que as chouriças eram o produto final de... portanto... cagalhões dentro de preservativos.

Ela também acreditou.

o irmão da patrícia


Viu-me a jogar gta. 

Estás a pensar tirar a carta de condução?


Parece-me que alguém ficou com medo que esse dia chegue.

a minha avó diz que o mundo está perdido

Eu já disse no omegle que era uma freira grávida do padre. E também já disse que tinha 16 anos, estava grávida e não sabia se o monstrinho era do meu namorado, do melhor amigo dele ou do meu. Há mesmo quem acredite.

na cabeça

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

E sim, os coldplay continuam a ser o meu ódiozinho de estimação, mas isto está qualquer coisa.

i shouldn't

Um dia quase que te disse que te deixasses de coisas, que eu não te achava nada esquisito. Ou vá, que achava e não era pouco, mas que era exatamente dessa esquisitice que eu gostava.

Calei-me a tempo nesse dia. 
Pena que nem sempre me tenha sabido calar. 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

é isto

Amanhã é dia de exame, outra vez. E o giro é que eu vou passar o tempo a coçar o cu, porque não estudei. Já que não havia tempo para me dedicar como deve de ser aos dois, tenho andado a estudar para matemática. E, depois de matemática, vou enclausurar-me mais duas semanas para estudar física e química. Ainda que a probabilidade de eu ter positiva seja tanta quanta a de eu ainda vir a ser a presidente do paquistão. Fingers crossed.

ironias

Um dia ele perguntou-me quem é que me tinha feito assim tanto mal para eu pensar tão mal da maior parte dos gajos. Pouco tempo depois, provou-me que eu estava certa.
E pensar eu que cheguei a ter pena dele por saber que ela o vai deixar na merda. Foda-se. Estão perfeitos um para o outro.

quantas vezes?

Mesmo não suportando a maior parte das pessoas, sou completamente apaixonada por elas. E sim, estou perfeitamente consciente do contra senso que esta afirmação encerra, mas eu só me entendo quando me faço desentender. Aguentem-se.
Tenho uma tendência incrível para me apaixonar. E não, não me refiro ao tipo de paixão que deixa uma pessoa a fantasiar com um apartamento com vista para o mar e três filhos que sejam a cara chapadinha do pai. A maior parte das minhas paixões são fugazes. Quase sempre por pessoas que eu sei que não voltarei a ver.
Apaixono-me frequentemente por sorrisos ou por olhares. Eu sei que soa a clichê, mas eu juro que é verdade. Tenho o hábito – ainda nem decidi se é um mau hábito ou não – de olhar para as pessoas. Reparar. Gosto de lhes prever as palavras, de as tentar decifrar através das expressões. Acredito que esteja muitas vezes enganada, que afinal ande a ver demasiada gente com bom coração e que ficaria dececionada se tivesse a oportunidade de as conhecer melhor – paciência. Eu também não faço barulho nesses casos, fico só a assistir. Que se foda. Passadas umas horas, essa paixão de rua esvaiu-se e já nada importa outra vez.
Depois, há os outros. Há os que me conseguem marcar durante bem mais do que uma hora ou um dia. Os que me dão vontade de vir aqui escrever sobre eles, para ter a certeza de que consigo fazer caber em palavras aquilo que me fazem sentir. E esses sim, dão-me gozo por me instalarem a confusão (já disse que gosto de estar confusa, não é?), dão-me o prazer de me baralhar.
Há algo que me intriga quando alguém marca assim a minha vida; torna-se inevitável para mim pensar em como tudo era antes. É estranho. É como se tudo perdesse o sentido, como se fosse impensável haver vida antes daquela pessoa, como se não desse para compreender como que raio poderia eu alguma vez ter sido feliz ignorando a existência de alguém tão especial. Ou, pelo menos, como posso ter pensado ser plenamente feliz, quando venho a descobrir agora que me faltava aquela peça, que aquela pessoa era o bocadinho de mim que eu não encontrava. Não acredito em almas gémeas, mas já vou acreditando que há pessoas que nos completam. Ou que vão completando. Várias pessoas que, de mansinho, nos vão dando sentido à vida. Pessoas sem as quais nós não seriamos nem uma sombra do que somos.
E dou por mim a imaginar-me antes de as conhecer.  Confesso - neste momento tenho um único nome em mente, mas acontece também com os outros. Com todos os outros. As vezes que nos podemos ter cruzado sem nos vermos, ou até as vezes que nos podemos ter desencontrado por uma questão de segundos – o tempo suficiente para que, se já nos conhecêssemos, pudéssemos ainda reconhecer o perfume do outro no ar. E depois, em conversas, vamos descobrindo que, afinal, estivémos no mesmo sítio à mesma hora, e nunca nos vimos. Aí, surge a pergunta impossível que lá nos há de martelar na cabeça durante muito tempo; porque é que eu não olhei para ele? Porque é que eu não o conheci naquele dia? Quanto mais cedo o conhecesse, mais depressa teria aprendido a ser feliz.

não entendo


Não há nada que eu goste mais do que de pessoas simples. Ter ar de totó é meio caminho andado para que eu simpatize com a pessoa. 

Estranhamente, tenho a mania de complicar. Sou apaixonada pela complexidade das coisas. Penso tanto, confundo-me tanto, que nem eu me sei explicar como deve ser. E, por mais incompreensível que isto seja, eu gosto disso. Gosto mesmo.

a sério

Das duas uma: ou lavam os dentes, ou fazem os possíveis para manter a boca fechada.
Se querem que eu me esforce por ser simpática, tentem não ter hálito de quem acabou de comer um rato morto, for god's sake.

badum tssssssssssss

Ser importante é tudo o que eu queria, me sentir somente uma vez essencial. Fazer falta nunca foi o meu forte. Minha ausência é facilmente substituída. Sei que não sou lá essas coisas de simpatia e que faço parte do clube dos não-mantenha-contato-visual. Mas será que ninguém vê? Ou a felicidade das outras pessoas é tão imensa a ponto de cegá-los e não deixar que ninguém veja que também quero ser feliz. Ninguém diz que assistiu um filme e lembrou de mim, que ouviu uma música e não via a hora de pedir pra que eu também ouvisse, que assistiu um filme e que o personagem desajeitado e solitário se parecia comigo. Ninguém. E é por isso que me tranco no meu quarto. Por isso me afogo nos meus livros e nas minhas músicas. As pessoas ao meu redor estão tão felizes que nem notam minha presença, por que notariam minha ausência?

E sim, eu podia mesmo meter isto bonitinho e em português, mas não me apetece. É tão eu, podia tanto ter sido escrito por mim, que dói. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

patrícia explica

Como tornar o ambiente entre ti e duas pessoas, que parecem não te suportar, bastante confortável em dois passos:

Primeiro: estares com as duas aves raras, na presença de outras duas aves raras com quem tu simpatizas.
Segundo: terem a seguinte conversa:

ela: então e conheces o irmão do outro? sempre me pareceu um bocado gay...
eu: parece gay, sim... e tem as mamas maiores do que as minhas.

É remédio santo. 
Foi a maneira mais fácil de quase os ver desaparecer nas cadeiras.

a sério

Quando eu digo que tenho medo de ratos, estou a falar a sério. E não, não me venham mostrar imagens de hamsters e dizer que são fofos e o carago. Ratos são ratos, e a probabilidade de isso acabar comigo a mandar-vos foder é muito elevada.
E os olhos dos hamsters assustam-me p'ra caralho.

golpes de sorte

Por uma unha negra que não enviei uma mensagem ao meu explicador, por engano.

Dizia sonhei contigo!

olha outro que me assentava tão bem


Whoever you are, i feel your pain.


convocação geral: preciso que me expliquem

O que é que se está a passar?
Vão mesmo anular o exame de português? 

EU VOU MESMO FAZER UM EXAME NO DIA DOS MEUS ANOS?
É na boa, eu nem tinha planos melhores nem nada. A sério.

é tudo muito giro

Parece que agora é moda as grávidas fazerem daquelas sessões fotográficas todas fofinhas para mostrar o desenvolvimento do pipo, com direito a umbiguinho saliente e tudo. 

Por isso - e só por causa disso - dei por mim a imaginar-me em modo engoli um monstrinho de berço e agora tenho de esperar 9 meses para ele sair. E repito, só mesmo por isso, porque ter um ser semelhante a mim é de uma atrocidade tal que eu julgo que prefiro mesmo os meus 20 gatos. 

The thing is: eu nunca faria uma sessão daquelas, todas fofuscas e ai jesus que o que eu mais quero é relembrar os meses em que parecia um cilindro de pézinhos inchados e enjoos e o caraças. É que eu, tão linda, tão magra, tão perfeita, no meu estado natural, grávida devo ficar ainda mais perfeita e maravilhosa. Não queria que o puto entrasse nas urgências com uma crise de identidade quando descobrisse que tinha sido originado dentro de um rinoceronte obeso e disforme.

terça-feira, 18 de junho de 2013

patrícia, porque é que tu e a cabra da outra patrícia se dão tão bem?

É muito simples:

eu: então, viste o mostrinho de berço da tua explicadora?
ela: vi! tem cara de joelho. a joana disse "olha ali, tão giro", e eu olhei para trás. só vi um homem com um boneco ao colo, aquilo parecia uma esponja cor de rosa!

Só ela veria assim um bebé. Ela e eu, claro. 
Só nós teríamos uma mente suficientemente estranha para imaginar a criaturinha como uma esponja. E o que eu me estou a rir, deus.

orgulho é

Estás a chorar baba e ranho sozinha. Pegas no telemóvel para ligar à única pessoa com quem te podia apetecer falar nesse momento. Entretanto, lembraste que estás amuada com a bicha por qualquer coisa que perde a importância quando estás a agonizar ali, e a fazer filmes com finais trágicos e o caralho. Ainda assim, dás prioridade ao orgulho, não ligas a ninguém.

Desfaz-te em lágrimas mas nunca, nunca, nunca, dês o braço a torcer!, said no one ever.

não compreendo

Parece-me que agora dizer sou bissexual é o mesmo que dizer heeeey, sou super open minded, olhem só, eu cheia de swag.
Sério. É que a avaliar pela quantidade de pitas que agora diz que é bissexual e com muito orgulho!, só pode estar na moda. Podem até fazer cara de nojo quando vêem gays a sério, mas pelo menos publicam fotos de gajas no fb e dizer que as comiam porque é fixe, uhuh. 

E eu a pensar que essa coisa dos rótulos não podia piorar. Afinal pode. 

e eu ter estudado biologia, uhm?

É que, foda-se, comparando com o exame do ano passado, este era para meninos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

a sério que não.

Preciso de desaparecer daqui por uns tempos. Ou por muito tempo.
Não aguento mais isto. 

memorável

O ar inteligente com que a outra me presenteou durante o exame. Podia fazer sentir-me mal, mas não dá. Por mais baixa que a minha auto estima seja, não chega para me inferiorizar ao lado de uma criatura cuja cultura geral pouco mais atinge do que o facto de o hitler ser um compositor famoso. Uhmuhm.
Apeteceu-me perguntar-lhe se estava a ver se aprendia alguma coisa comigo, ou se ainda me odiava por lhe ter ficado com a patrícia. Depois, compreendi que não precisava. Afinal, ela também se juntou à outra fofa que se chateou comigo porque tinha ciúmes por eu falar mais  com a patrícia do que com ela. Não sei. Estavam perfeitas uma para a outra. Acho que as pessoas ficam desorientadas sem mim. Estou certa de que é isso. 

Sem mim ninguém sabe o que são citrinos. Ou se calhar é só mesmo ela, mas não gozemos com gente burra.

o que de mais certo o incerto tem

Enerva-me essa gente que tenta controlar tudo. Que marca encontros a horas exatas e que não se atrasa nem um segundo, não vá isso ser um mau presságio; essas são as mesmas pessoas que não conseguem ver uma madeixa de cabelo fora do sítio e que entram em pânico quando têm o verniz lascado. Ainda se dão ao luxo de apagar e voltar escrever várias vezes a mesma palavra, só porque a letra não ficou bonita. Como se isso fosse o mais importante. Como se o mundo parasse de girar por tudo não estar perfeito. Como não fosse melhor chegar atrasado do que não chegar nunca. Sei lá. Mesmo os que fazem tudo errado, em algum momento, acabam por acertar. E mesmo esses que não chegam a lado nenhum à hora marcada, acabam por chegar a algum lugar. É uma questão de tempo até que aprendam a acertar o relógio e o passo só pelo prazer de se desacertarem outra vez. Ouça-nos. Eles sabem. Eles sabem que mesmo esses que andam desencontrados, um dia também se encontram.

Só não têm pressa.

tired again.

Deixar que me acelerem o coração, mas não deixar que o façam parar de bater. Nunca.

é disso mesmo

Sou incapaz de compreender  essa história do destino. Como se tudo o que de bom e de mau nos acontece fosse obra do divino espírito santo, como se não fôssemos mais do que os fantoches de um qualquer ser sádico que gosta de nos moer o juízo. 

Se calhar, é verdade. Quem o sabe? Talvez tudo faça mais sentido se podermos usar a desculpa do destino para o justificar. Não o nego. Agora, não me lixem - não venham com a ideia de que, quando algo corre mal e as circunstâncias não permitem que se realize algo, é um sinal do destino e vale mais é estar quieto. Sim. Não lhe fala porque naquele dia ele foi de amarelo e ela de cor de rosa. As camisolas não combinam, oh deus, oh deus, é o destino a dizer-me que não lhe fale

A maior parte dos sinais que encontramos, não existem. São criações do nosso medo, a forma simpática que arranjamos de desistir de algo sem nos sentirmos culpados - porque para isso mesmo serve o filho da puta do destino. Só uma maneira confortável de justificarmos a nossa própria covardia.

Apedrejem-me.

3€ mal gastos, parece-me

Sempre tinha detestado pessoas, talvez por ter de se lhes dizer tudo, por serem incapazes de perceber agonias, sofrimentos, pedidos ou sentimentos através de um olhar característico - eu era exigente!

Ana Macedo,
sem pecados na culpa


Talvez seja daqueles livros de onde eu consigo tirar frases que me assentam como se tivessem sido escritas sobre mim mas, ainda assim, não me parece que me vá surpreender. Não é um bom livro.
Plus, descobri que o excesso de exclamações me irrita. Muito mesmo.

disseram-me

Tu tens um kit de unhas e colhões de aço.

Ri-me.
Tem dias, tem dias. Às vezes, nem unhas nem colhões.

quase que é bom

Eu até podia vir para aqui reclamar com o facto de achar uma injustiça que alguns tenham feito exames hoje e outros não. Podia mesmo, porque isso também me revolta - e sim, e já sou uma revoltada por natureza. Mas não o vou fazer, porque o exame de hoje está arrumado e amanhã há mais.

O nandinho estava muito bom, obrigada. E obrigada também aos que me desejaram boa sorte. Por agora, não quero pensar mais nisto. Depois logo se vê se ainda volto a desarrumar os livros para a segunda fase ou não. 

pessoas que ainda estão a dormir, you suck!

Era suposto acordar às 8h. 
Imaginem que cheguei mesmo a pensar se não seria boa ideia deitar-me cedo, assim só naquela de parecer boa menina na noite antes do exame. Poooois. Como se o meu coraçãozito me fosse deixar dormir. Às 4 ainda estava acordada. Às 7 saltei da cama.

Claro que isto poderia ter dado imenso jeito se eu fosse um macho, sempre podia ir fazer a barba e a real cagada. Assim ando aqui perdida por casa, a pensar se não seria melhor, sei lá, pensar em rever a mensagem, já que ainda acho que estou fodida. Mas acho que não. Acho que vou mesmo chafurdar numa taça de leite com cereais, que daqui a pouco mais de uma hora e meia há um exame para fazer. 

Hasta.

domingo, 16 de junho de 2013

matthieu

Quase oito anos depois, ainda me lembro do dia da morte do meu primo como se tivesse acontecido ontem. E falo disto hoje porque ontem foi mais uma das muitas noites em que adormeço com essas imagens na cabeça, e preciso de falar disto. Lembro-me de tudo. O telefonema. As pessoas que, sem que eu saiba bem como, foram descobrindo que algo estava errado, e se começaram a juntar em casa da minha avó. As palavras dela que ainda me martelam na memória. E depois, o choro. Os gritos. O murro que vi a minha mãe dar na mesa. O desespero. Já não havia nada a fazer pelo meu menino.

Eu era pequena, tinha 10 anos. Pouco ou nada sabia sobre a morte. Ainda não sabia que essa filha da puta nos roubava as pessoas que amamos assim, tão injustamente. E tinham-me ensinado que as pessoas iam para o céu e viravam anjos, e que agora tinha um anjinho só para mim que me ia proteger em todos os momentos e que podia falar com ele quando quisesse.

Nunca disse a ninguém que vou sentindo aos poucos o vazio que nesse dia me pareceu indiferente. Na altura, eu não sabia bem o que estava a acontecer. Demorei até me aperceber de que, mesmo que vivendo longe, ele ocupava um espaço importante na minha vida que nunca mais seria ocupado por ninguém. Pertencia-lhe, e ainda lhe pertence.

Anos mais tarde, revoltei-me contra esse suposto deus. Custava-me acreditar que pudesse existir um ser supremo assim tão bom, que se tivesse distraído ao ponto de me ter roubado o meu primo, tão pequeno, tão inocente num mundo de gente que não vale a pena. Não podia acreditar nisso. Se ele existisse, teria ouvido todas as súplicas, todas as vezes que ouvi gente prometer-lhe este mundo e o outro em troca da vida do meu primo, e o meu menino teria hoje quase nove anos. Não ouviu. 

Hoje, já quase que perdoei esse deus. Não totalmente, mas já me permito a acreditar um bocadinho nele. Ainda assim, e não vá o diabo tecê-las, nas horas de maior aflição, - julguem-me por isto - é no meu primo que penso, é com ele que falo. Ainda acredito que ele me ouve.

quase um drama de gaja

Ainda bem que estamos quase no verão, que ontem esteve calor - e hoje não sei, porque nem meti os pés na rua - e que agora está a chover p'ra caralho. A sério.

Amanhã vou de gabardina e galochas para o exame. E se estiver calor, dispo-me. Shame on you, são pedro!
(que imagem do mal, geez) 

shit happens

A criaturinha chata tem um amigo super simpático. O único dos dois com quem em consigo falar sem ter vontade de o estrangular. E, por acaso, até que é bonitinho.
Mas depois descubro que ele é namorado de  uma gaja que eu detesto. E sim, eu detesto muita gente, mas aquela faz parte dos meus ódios de estimação. Pffff, ninguém merece.