quarta-feira, 31 de julho de 2013

momento histórico

Hoje tenho uma confissão escandalosa a fazer. 
Depois de 18 anos a debater-me contra todos aqueles que entregavam, de livre vontade, a alma ao diabo e se perdiam a ver séries, dei por mim, alfredo ernesto, patrícia para os amigos, a ver the big bang theory. Influências da outra puta, como é óbvio.

Pronto, lá vou eu para o inferno.

temo que me esteja a tornar numa bicha sensível

Claro que fez muito sentido ir mascarada de elefante cor de rosa ontem à noite, vulgo, com o dito jump suit curto, curtíssimo. E claro que, a meio, até isso me pareceu roupa a mais, que tive imenso calor e que saí do meio da multidão completamente encharcada como se tivesse acabado de correr dois metros (sim, dois. sou lontra e essas coisas custam), porque estava imparável e estive umas 2 horas aos saltos. Isso não importa. É óbvio que ganhei uma dor de garganta e outra de ouvidos, de bónus. E que, mais uma vez, estou com a vozinha rouca e sexy. Porque posso.

Pelo menos desta vez não me queimaram. Vá lá.

mas eu juro, juro que nunca me sinto embaraçada com estas coisas

Tipo o momento em que me lembrei de comentar, ligeiramente alto demais, que o gajo que estava à minha frente na fila se tinha peidado. Claro que ele não achou piada, mas tendo em conta que já tinha umas três gajas a odiarem-me por lhes puxar o cabelo sem querer, e que ia arrancando a orelha a outra, talvez este nem tenha sido o pior. E, de qualquer forma, ele tinha-se mesmo peidado, por isso, i regret nothing.

ou então sou só má língua

Acho que, por mais anos que viva, nunca vou conseguir compreender aquelas pessoas que saem de casa, para um concerto ou para outra merda qualquer, e continuam a preferir filmar em vez de, sei lá, aproveitarem enquanto lá estão. Sério. Imaginem que ontem, no aoki, enquanto estava toda a gente a dançar, e aos saltos e cenas, esteve uma alminha atrás de mim de bracinho no ar. A filmar. Imóvel. O tempo todo.

O que é que esta gente ganha com isto? É lá que a música faz sentido e dá mesmo vontade de dançar, não é em casa, num vídeo ranhoso. Para isso ia ao youtube, procurava vídeos do bicho ao vivo, e aproveitava a noite com fones nos ouvidos e mantinha nos joelhos. Seems cool.

não sei se já disse, mas adoro a minha nova turminha


roubado à o sexo e a idade

não sou de picar mas...

Buraka não é bem coisa de que eu goste, mas o aoki foi qualquer coisa. Muito melhor do que julguei que seria. Roam-se.

terça-feira, 30 de julho de 2013

xéquéráute!

E esta noite, wild bicha vai abanar a big bunda ao som de buraka som sistema e steve aoki. 

esta gente cansa-me

De cada vez que vejo um estado a dizer que hoje a noite vai ser awesome, que o steve aoki é o rei, que vão curtir milhões, que...


E gosto de os imaginar sentados no sofá a noite toda, porque a mamã não os deixou sair, de fones nos ouvidos. Sei lá. Serve-me de guilty pleasure.

(re)definições, (in)definições

Nós nunca nos realizamos.
Somos dois abismos - um poço fitando o céu.
Bernardo Soares,
livro do desassossego

assim só em jeito de curiosidade

Ontem foi a noite em que a ju me confessou que, antes de me conhecer, e apesar de gostar do meu blog, me detestava um bocadinho porque ela se fartava de comentar e eu nunca respondia. Well, eu sei que isto se passa com, pelo menos, mais uma blogger. Eu nem faço por mal, mas se um blog não me interessa, não leio. E depois, eu até leio bem mais do que comento, às vezes por preguiça, outras por não saber o que dizer.

Como é? Há muita gente a odiar-me por ser péssima seguidora? Corro o risco de ser esfaqueada por uma blogger ressabiada?

um bom lema

Sigam-me, queridos amigos, e encontraremos a meta ou morreremos com bravura a tentar alcançá-la!

J. K. Rowling
harry potter e o prisioneiro de azkaban

portuguesíssima

Daqui a menos de uma hora, saio de casa e só volto amanhã. Ora, já devia ter arrumado a mala com a roupa e tudo e tudo, certo? Pois. Mas é que ainda nem sei bem o que é que quero levar vestido e, de qualquer forma., ainda tenho de ir passar a ferro. Ugh. Vou tomar banho.

finalmente a resposta chegou

E destruiu tudo. Destruiu ainda mais do que já estava. Destruiu tudo o que ainda havia para destruir. 
Estou cansada disto, não aguento mais.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

não tem sido um bom dia

Eu acho que já nada pode ser pior, mas depois encontro no fb a foto de um homem, portanto, a acariciar a genitália. A avaliar pelos calçõezinhos cor de rosa, talvez estivesse só a conferir a presença do parzinho maravilha nas regiões baixas. Oremos.

atraio pessoas estranhas o tempo todo

... oh god, why?
É por eu ser má pessoa, não é?

fingers crossed

Estou a um passo de saber a verdade. Ou vá, o passo está dado, mas agora falta a resposta que, como sempre que é importante, tarda em chegar. Se me disserem que sim, o assunto está mais do que arrumado, porque sinceramente eu não estou minimamente preocupada com isso. Mas, se me disserem que não, o caso muda de figura. Muda tudo.

E pelo bem da minha sanidade mental, agora quero toda a gente de dedinhos cruzados. Só os voltam a descruzar quando eu mandar!

entenda-me quem conseguir

O meu sofá até pode ter oito lugares e estar todinho à minha disposição. Eu continuo a preferir meter o pc na chaise longue e sentar-me no chão. Porquê? Porque sou estúpida, basicamente.

medo é isto

A mommy cá de casa deixou-me um post-it em cima da mesa da cozinha. Consegui perceber que ela estava chateada, só pela maneira como escreveu.

Hoje vou ser uma fadinha do lar, antes que ela não me deixe sair amanhã.

cartas que não vou enviar

Não sei se algum dia te aconteceu, mas comigo tem sido cada vez mais frequente; num momento, está tudo bem, e no momento seguinte, o mundo desaba outra vez. 

É assim quase todas as noites, porque à noite tudo faz sentido. Baixo as luzes e só me sobram sombras, e mais sombras, e tudo faz sentido - não serás tu uma dessas sombras? Não estarás ali sentado, absorto, no teu mundo? Sustenho a respiração para ver se ouço a tua, mas tu não estás aqui. Nem estarás nunca.

Tinhas razão; é difícil. Mais difícil até do que aquilo que algum dia julguei que seria, porque já me achava muito consciente, muito conformada. Nunca devi muito à inteligência, mas quando se misturam sentimentos pelo meio, então o meu cérebro pára, ou isto nunca teria acabado assim, e estas seriam só palavras sem qualquer destinatário. Mesmo que agora, tendo-o, não lhe cheguem, já não faz mal. Esta é a única maneira de te sentir perto, ainda que longe.

Um dia, vais ser só uma recordação distante, mas agora ainda te tenho demasiado presente e é impossível não sentir a tua falta. Fiz de ti uma fasquia. Meti-te num pedestal inalcançável pelos outros, e isso acaba por doer-me sempre; porque eles são bonitos, são engraçados, são divertidos, mas não são tu. Nenhum deles és tu, nenhum deles me importa, porque eles não têm o teu sentido de humor. Não são de riso fácil. Não são simples como tu, e não têm o poder de me desconcertar. Tu fazia-lo sempre. Quando eu achava que nada mais me podia surpreender, descobria algo em ti de que eu conseguia gostar ainda mais. Parece-te absurdo? Meu caro, eu também não levo os sentimentos em grande conta, mas as verdades são para se dizer; contigo, o gosto de ti mais do que ontem mas bem menos do que amanhã, aplicava-se. Mesmo quando me armava em má e tinha a certeza de que nem reparavas. Mesmo quando me ignoravas. Já te disse - sempre fui essa presença anónima e silenciosa. Via-te como - acredito - mais ninguém te via. E quanto mais procurava razões para não gostar de ti, mais tu me mostravas o porquê de eu gostar.

Até mesmo quando - julgo - tu achaste que me tinhas magoado. Não me magoaste. Doeu, mas a culpa não foi tua. E, ao contrário do que pensaste, isso mostrou-me que tu eras mesmo a pessoa certa. Mostraste-me que afinal eu estava certa quando me apaixonei por ti, que não era à toa. E soube-me tão bem, por uma vez, não me sentir enganada, pelos sentimentos! Tu és a pessoa certa exatamente por me desconcertares, por me desarrumares, por me desorientares completamente. Destruíste tudo o que eu tinha como certo, sem te dares conta, mas ainda bem que assim foi. Mesmo que nem nunca venhas a saber porquê. Talvez tu já nem te lembres de mim, embora eu ainda sinta a tua falta. Mas não faz mal, estou a tentar não ficar demasiado triste com isso, porque soube que seria assim desde o início. E um dia, serás só uma boa recordação.

uma desgraça nunca vem só

A minha vida é uma pasmaceira na maior parte do tempo, mas se por acaso acontecer alguma coisa, então começa a acontecer um bocadinho de tudo ao mesmo tempo. E se às vezes isto me dá para rir, outras nem por isso.

Acho que ainda nem eu me mentalizei do quão difícil isto vai ser. E para variar, a maior vítima vai ser a minha auto estima. Oh happy day. Ou oh happy year. 

domingo, 28 de julho de 2013

e agora o diabo tem um contrato com a sic

O novo programa da sic é sem dúvida o melhor sítio para mim. Se me quiser matar de forma dolorosa, claro.
Não sei como é que aquela gente se aguenta a cantar o tempo todo, mas se me enfiassem num tanque de água e me atirassem com cobras para cima, desmaiava antes de abrir a boca. Ou mesmo naquele, aparentemente mais inofensivo, em que ela tinha de meter os pés em sei lá eu o quê. Se não me desse um ataque nas larvas, dava na iguana, porque répteis não é comigo. 

Já para nem falar do dos choques. Sério. É que o meu coração é assim a modes que para o parvo, e se aquela merda não me matasse, era por milagre. Mas se eu estivesse mesmo determinada a acabar com a minha vida, era só sentar-me a cantar é o bicho, é o bicho, enquanto me caiam baratas, larvas e centopeias na cabeça. Não sobreviveria para cantar o refrão pela segunda vez.

Ou então, para uma morte lenta e dolorosa, só tinha de meter a cabeça naquelas quatro caixas. Se os ratos ou as osgas não me causassem um ataque, e mesmo que eu até achasse a doninha fofinha, não sobreviveria a ter a cabeça enfiada numa caixa com não sei quantas cobras a olharem para mim. E se sobrevivesse, ia precisar de anos e anos de terapia. 

Vou-me inscrever.

podia ser sobre mim.

Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende.

Bernardo Soares,
livro do desassossego

despedidas não ditas

não poderia deixar tudo isso sem chorar, sem compreender que, por mau que me parecesse, era parte de mim que ficava com eles todos, que o separar-me deles era uma metade e semelhança da morte.

Bernardo Soares,
livro do desassossego

não tenho emenda

Tinha prometido a mim mesma que, de agora em diante, e até fazer o exame, o único livro em que iria pegar seria o de código. E estava a resultar, estava mesmo. Deixei o segundo harry potter de lado uns dias, nem pensei muito nisso. A sério que estava quase recuperada do vício. Mas ontem não aguentei mais. Acabei o segundo e comecei a ler o terceiro. E depois ainda fui buscar o livro do desassossego (e sim, vão chover excertos, isto é mesmo muito bom), porque sou estúpida, e já não me basta sentir-me culpada por andar a ler outro livro sem ter pegado sequer no de código (o que, diga-se, devia ser uma prioridade), ainda começo a ler outro. 

Ainda por cima, estou viciada nos dois e a sentir-me culpada. Vou entalar as orelhas no forno porque dobby precisa de ser castigado. 

tal e qual

Pertenço, porém, àquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem veem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado. Por isso nem abandonei deus tão amplamente como eles, nem aceitei nunca a humanidade. Considerei que deus, sendo improvável, poderia ser, podendo pois ser adorado; mas que a humanidade, sendo uma mera ideia biológica, e não significando mais que a espécie animal humana, não era mais digna de adoração do que qualquer outra espécie animal.

Bernardo Soares,
livro do desassossego 

e diz que eu sou demasiado independente para eles

Adoro aqueles namoros em que um se transforma o cãozinho do outro. A sério. E é quase sempre ele. Chamem-nos lá de sexo fraco, mas olhem que temos a capacidade de meter os colhões de qualquer gajo num frasco e enfiá-lo na mala. E melhor: se quisermos, ainda é corno que carrega a malinha. Não é perfeito?

Não. Sempre achei ridículos esses namoros em que um é o escravo do outro, esse estigma de que é o gajo que tem de pagar tudo, de que o gajo tem de lhe fazer as vontadinhas todas. 

Se eu fosse um gajo, as coisas eram bem diferentes:

1. Mor, tenho frio. Dá-me o teu casaco!
Não querias mais nada. Tu é que sais à noite armada em puta, e eu é que tenho de apanhar uma pneumonia para tu andares armada em lady. Ahhh, vai-te foder mas é!

2. Mor, os meus livros estão pesados, leva-me a mala!
Claro xuxúzinho, então não levo? Assim tu podes ir a abanar o cu e a empinar as mamas, e eu que me foda e que me transforme no quasimodo! Ahhh, vai-te foder mas é!

3. Mor, eu pago... não, deixa, a sério mor, eu pag... pronto, paga lá tu.
Não, não pago. Comeste que nem uma porca e ainda escolheste uma sobremesa, agora pagas tu o jantar porque eu não sou teu pai. E se não tiveres dinheiro, vai lavar pratos, vai vender o cu, vai onde quiseres, mas paga. Ahhh, vai-te foder mas é!

4. Mor, onde é que vais? Dá-me a mão!
Sim, coração. Eu vou mesmo andar sempre de mãozinha dada contigo. E a seguir é um boné laranja para cada um, como nas colónias de férias para velhos. Ahhh, vai-te foder mas é!

5. Mor...
CALA-TE PUTA!

expressões abomináveis

Apesar de achar parvo e de não me imaginar a chamar meu amor, ou amor, ou qualquer merda do género, a alguém, ainda tolero isso. Mas mor não. Mor é a pior merda. Ou morzito. Ou mais que tudo. Ou coração. Ou.. estão a ver, não é? 

Tenho novidades: não há ninguém que não tenha um nome próprio. Usem-no.
Obrigada.

sábado, 27 de julho de 2013

incoerência também é isto

Passa a vida a falar mal de toda a gente, mas é pior do que eles todos juntos e já fez mais merda do que aquilo que admite. Deixa de ser puta e está mas é caladinha, boa?

incoerência é isto

Passa a vida a queixar-se deste mundo e do outro, e lá pelo meio queixa-se das pessoas que nunca estão contentes com nada. Como se a criatura não fosse uma delas. 

agora a sério

Tenho-me divertido a imaginar como vai ser o próximo ano. Gosto tanto da maior parte das gentes da minha nova turminha, que tenho para mim que vou cuspir fogo de cada vez que eles ousarem falar comigo. Sério. É que como se já não bastasse o wild bicho peludo, ainda tenho mais umas quantas bichas detestáveis. Balhamenoussasenhoura. Vou chaciná-los antes do natal.

para cantar emotivamente



They have nothing that'll ever capture your heart
They're just thorns without the rose
Be careful of them in the dark
Oh if i was the one you chose to be your only one

esperança no mundo restabelecida


roubado ao shiuuuu.

Ou porque este é dos melhores segredos que algum dia li no shiuuu. Ou porque, mesmo assim, consegui ser parva e pensar e depois descobres que afinal o filho nem era teu. Mas, essencialmente, porque é gente assim que todos queremos ter por perto. E ao homem, os meus mais sinceros parabéns. A sério. Hoje acredito um bocadinho mais que talvez ainda existam pessoas boas, e homens que mereçam poder dizer que têm colhões.

os milagres como este são raros, muito raros mesmo

Dormi quase 12 horas. Eu. Dormi. Quase. 12. Horas.
A última vez que isto aconteceu foi por alturas daquele temporal horrível, e foi só porque não tinha luz e não podia fazer nada. Normalmente, preciso de uns 2 ou 3 dias para dormir 12 horas. Estou fascinada com este pequeno milagre.

mas estas são as perguntas que me vão torturar sempre

E se eu fosse bonita? E se eu fosse interessante? Ou - foda-se - se eu ao menos fosse normal?
Será que podia ser diferente?

nunca gostei de me despedir, nunca gostei de dizer adeus

Pensar que a probabilidade de o voltar a ver é bem pequena - e que, de qualquer maneira, se isso acontecer, de certeza que não vai correr bem - é das piores sensações de sempre. Precisava de mais cinco minutos. Ou só um. 

Ele é, de longe, a única pessoa que eu gostava mesmo de ter abraçado, e quanto mais escrevo sobre ele, quanto mais penso no facto de não o ir voltar a ver, mais vontade tenho de o fazer. Uma vez bastava, só para o sentir perto de mim.

Mas não vai acontecer. De jeito algum. E quanto mais cedo eu me conformar, melhor.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

não disse

Do richie campbell, eu sei a letra aí de umas 3 músicas, o que torna meio estúpida a ideia de me meter no meio das pessoas por causa de música à qual eu nem ligo. Mas é óbvio que eu não saí de casa para estar de trombas, e se fui, era para abanar a big bunda e aproveitar a noite.

É igualmente óbvio que eu não me continha calada. Se os outros cantavam, eu berrava o que me vinha à cabeça, gritava pelo tony nos intervalos das músicas, dançava como se tivesse ouvido aquilo a vida toda. Provavelmente, parecia louca, mas eu estava bem. Juro que estava. Mas à minha frente, estava um zombie. Uma mulher com ar de bruxa, que não só não se mexeu o concerto todo, como estava com uma cara que metia medo, e estava sempre a olhar para mim, com cara de quem pensa coitada, tão nova e já anda nas drogas. Claro que isso é meio caminho andado para eu fazer pior ainda, dançar de maneira ainda mais estúpida e descontrolada. Porque posso. E porque quero mais é que ela se foda. Se não gosta, que fique em casa a ver a novela das 9.

não adianta

Faça eu o que fizer, onde quer que eu vá, se eu não quiser ver alguém, e mesmo que as probabilidades de ver sejam poucas por estarmos no meio de uma multidão, essa pessoa vai aparecer miraculosamente à minha frente. Não digo que o universo conspira contra mim?

tenham pena

O problema de ter o meu quê de vampira, é que nem o facto de me ter deitado quase às 7 da manhã, impediu que eu passasse não-sei-quanto-tempo a pastar, até conseguir adormecer, enquanto a outra morreu meio minuto depois de se deitar. E, outra vez, o grande problema de ser vampira, é que eu já acordei quase há uma hora, tenho energia para dar e vender, e aquela alforreca mole ainda está a vegetar. 

Das duas uma: ou eu começo a dormir mais, ou a cabra começa a dormir menos. É que eu estou cheia de fome, e ainda ninguém acordou. Vou comer a cadela.

talvez seja da hora, talvez eu devesse ter sono

Mas estou estupidamente curiosa com o anónimo. A sério. Porquê? Porquê dois comentários a atacar-me, e dois a ser simpático? E como é que sabias que eu gostava do mec e que aquele excerto me assentava na perfeição?

ai a minha bida!

Não só não virei stripper, como me queimaram com um cigarro. Outra vez. Mas claro que foi um gajo feio, porque isso de ter um bonitinho preocupado comigo é que não. Ora foda-se.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

wild bicha foi espalhar amor e magia por outras paragens

Para esta noite temos richie campbell e pete tha zouk. Eu podia dizer que adoro isto mais do que chocapic, mas é mentira. A verdade é que só vou porque não me apetece estar em casa, e apetece-me fazer outra coisa que não comer, dormir, ler ou escrever. Com sorte, ainda subo para cima do palco e inicio a minha tão anunciada carreira de stripper. Não sei. Acho que as pessoas não conseguiriam lidar com tanta séquessinésse, mas vamos tentar. Roam-se de inveja por não irem assistir à ascensão da estrela. 
Até amanhã.


foda-se, caralho, ca merda de emoçaum!

Ao menos agora todos os dias acontece qualquer coisa que me foda a cabeça. Esta semana tem sido de loucos, credo. E com isto, eu até já contava, mas ter a certeza é sempre fantástico Chamem-lhe destino, chamem-lhe azar, chamem-lhe o que quiserem, mas tenho a certeza de que o universo está a conspirar contra mim.

O que vale é que hoje só me dá para rir. Se eu por acaso acalmo, e começo a ver as coisas como elas são, é bom que se segurem porque vai dar para deprimir. E chacinar pessoas.

vai-se ouvindo por aqui de vez em quando

If I lose myself tonight
It’ll be by your side

estimo que se foda

É certo que eu odeio as minhas pernas e nem pintadas a ouro eu ia gostar de as ver num vestido, mas o facto de estar a perder a pele nas ditas não ajuda muito. Até parece que já fui muitas vezes à praia. Coisa boa.

Safoda, vai de vestido na mesma. Bah.

divagações das 3 da manhã.

Deixa-me reescrever a nossa história, a história que nunca foi a nossa, mas deixa-me inventar-lhe um final feliz desta vez. Somos dois estranhos. Não, não somos dois estranhos. Somos os dois estranhos. Acordamos a meio da tarde e comemos coxinhas de frango ao pequeno almoço. Depois vamos dançar para o meio da rua, uma melodia criada por nós e inaudível aos demais. Deitemo-nos no chão para sentirmos tudo ao máximo, e esperaremos que alguém nos diga que é perigoso; em vez de lhe pedirmos que se meta na sua vida, sugerimos-lhe que se deite connosco, que sejamos três loucos juntos. Mas três loucos felizes. De seguida, vamos para a praia. Deitamo-nos na areia e esperamos que o sol que já se pôs nos bronzeie. E podemos ir nadar depois. Nadaremos pela madrugada fora, até estarmos cansados. Por fim, voltamos para casa. Podemos dormir em cima da mesa da cozinha, ou mesmo na banheira, se preferires. Eu prometo não me queixar. Eu deixo que me desacertes o passo, que me desarrumes o mundo, que me desorientes ainda mais do que aquilo que já sou por natureza, desde que, lá para o fim, acabemos por nos acertar. Por sermos as pessoas certas.

devo preocupar-me?

Enviaram-me isto.


Isto são cenas à patrícia.
Talvez eu deva repensar a forma como as pessoas me vêem.

soou bem

Visito esse lugar.
Procuro-te nesse recanto habitual.
Sei que não estarás lá,
mas finjo ignorá-lo,
procuro pensar que saíste,
que saíste há pouco,
numa ausência breve,
como se tivesses saído
para logo regressares.
Quando chegasses, se tu chegasses,
dir-te-ia: Tu lembras-te?
E o verbo acordaria ecos,
nostalgias distantes,
velhos mitos privados.
Sei que não virás,
conjecturo até, por vezes,
teus distantes, inúteis
diálogos numa praça gris
que imagino em tarde de invernia.
Então disfarço, ponho-me
a inventar, por exemplo,
uma longilínea praia deserta,
uma fina, fria, nebulosa
praia
muito silenciosa e deserta.
Pensando nela fito de novo
este lugar e digo para mim
que apenas partiste
por um breve instante.
E sigo. E de novo protelo
este encontro impossível.

os meus anónimos são bipolares

nao quero enganar ninguém. so nao quero que me conhecam. Nem que pensem que me conhecem, porque nao tenho maneira de saber se é verdade. Se eu me conhecesse, nao me importava que pensassem que me conheciam, desde que nao tivessem acertado.
Nao me dou a conhecer, mas tambem nao procuro convencer ninguem que sou diferente do que sou. Sou um individuo razoavel. Se me fizerem uma pergunta a qual nao queira responder, nao minto. Digo nao sei (...)
(mec)

Mas tenho de agradecer ao que me deixou isto aqui hoje. Tinhas razão, gostei mesmo. E estás perdoado, já não te mando para o inferno.

agora é que está tudo fodido

No caso de a minha própria mãe me ter dito que eu sou a criatura mais estranha que ela conhece, devo procurar mesmo a carótida, ou tentar outra forma de suicídio mais doloroso?

portuguesinha tipo

Eu podia facilmente ter arrumado as malas ontem à noite, mas convenci-me de que era uma menina fácil e que tinha tempo para arrumar a roupa para hoje e para amanhã, assim que acordasse. Estúpida, para variar. Eu podia mesmo ter acordado mais de uma hora mais tarde - o que, é precise que se note, poderia ser de valor, dada a hora a que me deitei, para variar - mas nãaaaao. Claro que não. É muito melhor refastelar o cuzinho e deixar tudo para depois.

cartas que eu não vou enviar

Tenho feito os possíveis para escapar às garras do tempo. Tenho-me tentado esquecer de que ele me foge por entre os dedos, e que a cada dia que passa, te esqueces um bocadinho mais de mim. Se é que ainda te lembras.

Percebo agora que o que fiz foi puro egoísmo. À minha maneira infantil, quis tentar marcar-te. Como se isso fosse possível. Como se não fosse melhor permitir que a tua vida continuasse no seu curso natural, sem que nunca viesses a descobrir que eu tentei em vão que os nossos caminhos se cruzassem. Nunca valeu a pena. Andámos sempre por estradas paralelas. De vez em quando, dava por mim a tentar escapar por entre os becos que as ligavam, mas perdia-me sempre antes de chegar até ti; nunca deixei marcas. Não queria que me descobrisses. Ou não quis, até ao momento em que me apercebi de que nada deste mundo te faria lembrar de mim, e que a probabilidade de te voltar era tão pouca, que me sentia a sufocar. Talvez não o compreendas, talvez isto nem faça sentido, mas eu não sei desligar-me assim das pessoas. Não sei dizer adeus e limitar-me a aceitar que era definitivo. Perdoa-me o egoísmo. E a inocência, ao julgar que poderia, de alguma forma, ser bom saberes que havia alguém que te achava especial. Apercebi-me tarde de que era demasiado indiferente para que qualquer palavra fizesse a diferença. Não aprendo mesmo.

Mas tu não tens culpa de nada. E se em algum momento te perguntaste - se é que em algum momento pensaste nisso - se foste tu que fizeste alguma coisa, a resposta é não. Aconteceu sem que eu desse por isso. Um dia apercebi-me de que essa tua presença, tanto certa quanto silenciosa, na minha vida, era tudo o que eu queria. Como se se pudesse querer uma coisa destas, ou como se eu pudesse pedir-te o que quer que fosse. Vistos de longe, todos estes pensamentos me parecem irreais, como que tidos por outra patrícia, que não eu. Parece que passou tanto tempo, e que todo esse tempo foi inútil. 

Nunca te soube falar. Sempre me deixaste demasiado nervosa para que eu conseguisse falar-te como deve ser, e não imaginas as vezes que me detestei por isso. Habituei-me assim a ser uma presença anónima, a absorver-te aos bocadinhos, sem que desses conta, sem que desconfiasses. Era o plano perfeito, até ter percebido que conseguia gostar mais de ti do que aquilo que podia. E, sem dúvida alguma, não estava preparada para isso. Muito menos para te deixar sabê-lo.

Continuo a escrever-te quase todas as noites. Poucas são as vezes em que chego a publicar, mas escrevo-te sempre que a saudade aperta, mesmo sabendo que a probabilidade de ainda andares por aqui, é quase nula. E não te condeno por isso. Pelo menos, não te aperceberás nem de metade, e ficarás só com aquilo que decidi dizer-te um dia. Não sei se isso é bom, ou se deixei demasiadas pontas soltas e isso te fez julgar-me ainda pior do que aquilo que já sou. De qualquer forma, tenho a agradecer-te o tempo que perdeste comigo. E o facto de teres sabido não me magoar, apesar de não achar que fosses algum dia perceber o que quero dizer com isto. Não importa. A sério que não. Agora dói, mas um dia destes eu fico bem. E, acredites ou não, desejo-te o melhor. Tu mereces.

maus tempos

Esta é talvez a playlist mais deprimente que algum dia tive no blog, daquelas que dá mesmo vontade de ir até à cozinha procurar uma faca e depois treinar a pontaria à procura da carótida. Não sei. Não estou chateada e com vontade de aniquilar pessoas, nem estou feliz e apaixonada. Por agora estou só triste. E com vontade de escrever, mas incapaz de o fazer. Nem eu sei o que se passa comigo.

Acho que devia tentar dormir, antes que comece mesmo a ponderar a cena da carótida.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ah uhhhhmmm, pensamentos positivos, ah uhhhhmmmm

Enquanto eu estou aqui a queixar-me da minha vida, há alguém a escrever uma daquelas frases sobre amor mega profundas, roubadas da net, para enviar à namorada. 
Numa foto.
No paint. 
A comic sans.

Yup, isto ainda acontece. 
*oremos irmãos*

nas voltas do mundo ou às voltas com o mundo

Um ano antes de o conhecer, fartei-me de gozar com um otário que ele detesta. Não fazia ideia de que um dia o ia voltar a encontrar por aí, nestas circunstâncias, mas nada poderia ser mais irónico do que isto. Credo. Acontece-me com cada coisa que ainda nem acredito no que descobri.

parece bom, mas chega a meter medo

Este blog é mais movimentado do que uma casa de putas. E até pensava que era de escrever muito, mas para isso, alguém que escreva tanto quanto eu, mas tem mais do dobro dos meus seguidores, devia ter muito mais visitas, certo?

Pois, mas não; na melhor das hipóteses, temos mais ou menos o mesmo. E, na maior parte das vezes, ainda tenho mais do que ela. Não é bem como se fosse mau mas... you scare the hell outta me. O que é que vocês querem de mim, uhm? É que se vêm aqui à procura de biscoitos e giveaways cheios de cremes da avon, podem dar meia volta, porque aqui não somos por isso.

tem mau hálito e o cabelo oleoso, e um dia abraçou-me.

Há um gajo que me está sempre a enviar convites para jogos no fb, e de cada vez que eu vejo a foto dele, lembro-me da nossa última conversa. A última vez que falei com a criatura, já deve ter passado um ano, recomendei-lhe que procurasse o caminho mais curto para o caralho. Gostava mesmo de o voltar a ver, de lhe voltar a falar.

Sei lá. Acho que há pessoas que vale a pena ter o prazer de mandar duas vezes para o caralho.

sou má mesmo

Quando tirei as fotos para a carta, estava doente e não dormia nada de jeito há uma semana. Como se já não bastasse, decidi ficar séria, sem o mais leve indício de sorriso. 

Pelo menos, se associarem esta foto ao meu registo criminal, a minha cara vai ser credível quando eu for a serial killer mais procurada à face da terra. Acho que a única coisa que se espera de alguém pálido, com olheiras até aos joelhos, e cara de quem comeu e não gostou, é que acabe por erradicar a humanidade. 

puta de vida

Acreditem quando vos digo que tenho alma de pobre. A sério, mais dia menos dia, ainda acabo a fugir com um cigano, porque assim tenho roupa à borla e não preciso de gastar dinheiro. Ora, sou sovina. Sou mesmo sovina, e não gosto de gastar muito dinheiro em roupa, muito menos em vestidos, porque sei sempre que em algum momento vou começar a detestar ver-me dentro deles, porque sou gorda e disforme e tudo e tudo.

Então, se precisava de um vestido, onde fui? À feira. Arrastei a madame até lá, e vai de comprar vestidos e sandálias e cenas. Vá, um vestido e umas sandálias. É claro que aquilo é tudo muito giro, mas não com uma baleia dentro. Não me parece que eu amanhã vá sair com aquilo. Mas vale sempre pelo esforço, e por poder salientar que vou acabar a ser feirante. Safoda.

hey hey hey, keep calm!

Pensava que era percetível de alguma forma que o anónimo a que me refiro é alguém que eu conheço pessoalmente. Ou vá, pensei que dava para perceber que sei mais ou menos quem é, e que só fazem isto porque me detestam. E mais ainda, que só escrevi aquilo, porque é recíproco.

Acalmem-se lá, que era suposto atingir uma única pessoa, e quanto aos outros são todos bem vindos!

yay, even haters love me

Não sei se algum dia vocês repararam no icon ali em baixo, mas eu sou stalker quanto baste e decidi espetar aqui o clicky para obter todo o tipo de informações a vosso respeito, para vos poder assassinar no caso de não concordarem comigo.

Claro que aquilo não funciona como esperado, que vocês vivem em marrocos e me aparecem lá a viver na antártida, e além da localização quase sempre errada, só consigo saber o vosso sistema operativo, browser, por onde entram, o que cá fazem - e podia saber o tempo que cá passam, mas nem isso funciona bem - e, o melhor, o vosso ip. Isto não me serve de grande coisa e eu raramente me lembro de lá ir, mas podia ser muito útil.

Génio que só eu, só hoje é que me ocorreu que podia ser giro tentar descobrir quem são os anónimos que têm andado por aqui. Não descobri muito; só que entram através de um android, 97297 vezes por dia, que (possivelmente) é de coimbra, e, informação valiosíssima, que é completamente retardado. E porquê?

Atentem neste post, o segundo anónimo.
Depois vejam neste post, o comentário querido do anónimo (não o da tal cris, o anónimo mesmo).
E por fim, vejam este.

Pois bem... segundo o clicky, os três comentários foram feitos pela mesma pessoa. Pessoa essa que é claramente obcecada por mim, tendo em conta as vezes que cá vem (isto só mostra os últimos dois dias, mas é sempre assim).


(e sim, hoje estou fofinha e apaguei o ip da criatura)

Depois disto, que ninguém ouse chamar-me de bipolar. Ou de anormal. Ou o que quer que seja. Esta é de longe a pessoa mais estúpida à face da terra.

but he'll walk away anyway.




Someday he'll come along, the man I love
And he'll be big and strong, the man I love
And when he comes my way
I'll do my best to make him stay

terça-feira, 23 de julho de 2013

mas eu vou para o inferno e vou


Mais um monstrinho de berço. Só que este é um monstrinho de berço de ouro, e então ele é toda a gente a babar, coisinha mais linda, esponjinha mais perfeita, joelho mais fofo. Reparem como mal dá para ver a cara da criatura. Coincidência? Eu acho que não. A própria kate reparou que tinha acabado de parir uma alforreca mole. Francamente, não sejam falsos. Tudo bem que é o nascimento de uma criança, e ai que riqueza, e tudo e tudo, mas é um bebé, e os bebés são todos feios. Este não é exceção, e do que dá para ver, parece tanto um alien quanto todos os outros.

Contudo, e para não pensarem que eu sou má pessoa, gabo a coragem à kate para já estar ali de pé, e ainda por cima, a olhar para o bichito. Imagino que a passagem de um alien de quase 4 kg a tenha deixado desfeita lá no reino encantado de baixo. É por isso que eu prefiro gatos. 

nunca percebi porque é que insistem

É frequente as pessoas julgarem-me estúpida por insistir em insultar as pessoas de quem gosto. Estão certas; eu sou mesmo estúpida, mas não acho que seja por isso.

A verdade é que eu não tenho paciência para ser querida e fofinha, espetar-lhes um amo-te no mural, cheio de coraçõezinhos e um testamento a falar de como a nossa amizade mudou a minha vida. Sendo ou não verdade, só a nós diz respeito. E essas pessoas que têm a mania de gritar aos quatro ventos o quanto amam os miguitos, são quase sempre as primeiras a espetar-lhes a faca nas costas. E eu conheço mesmo gente que só faz essas coisas, para parecer muito social, muito olhem-para-mim-tenho-tantos-amigos. Isso dá-me pena.

Claro que depois me julgam bruta, por ser uma cabra com mau feitio e não saber ser toda foficoisa para as pessoas de quem gosto. Mais depressa mando alguém foder, do que lhe digo que gosto dela, mas não é por isso que gosto menos. Com um bocado de sorte, até gosto mais. Olhem o exemplo da cabra da patrícia. A patrícia é uma aspirante a melhor amiga. E só não o é, porque essa mania dos rótulos também é coisa de exibicionistas e possessivos; és a minha melhor amiga, és só minha. A patrícia não é uma puta exclusiva; é a puta do povo, e eu deixo-a andar porque é assim que ela rende. Não é melhor assim?

Depois eu passo a vida a difamá-la, a tratá-la mal. Amuo, faço birras, sou estúpida quanto baste. Mas acham que não gosto dela, só porque não lhe mando corações? Enganam-se. Por acaso, até que gosto muito dela, mas é como vos digo, sempre adorei animais, e acho as cabras mesmo fofas. E, diga-se, é a única cabra que eu conheço a quem posso ligar às 5 da manhã, quase a chorar, porque fiz merda da grande. E, diga-se outra vez, tenho muito gosto em tê-la comigo, e em poder dizer que ela já faz parte da mobília  (dá um bengaleiro mesmo bonito, a sério).

Por isso sim, temos uma amizade estranha e tratamo-nos mal mutuamente na maior parte do tempo, apesar de estarmos sempre juntas. Mas se me perguntarem se eu preferia que fôssemos as duas foficoisas, todas amo-te muito melhor amiga, és vida <33333, eu mando-vos foder em menos de nada, e ainda acrescento que essa gente me mete nojo, muito mais ainda quando eu sei que é tudo mentira e que falam mal umas das outras nas costas. Pelo menos eu tenho uma cabra de estimação, mas é uma cabra sincera. E, confesso, até que gosto muito dela.

conselhos para uma vida mais feliz, parte 3

Se tiveres amigos com algum tipo de atraso mental, nunca, por nunca ser, te ausentes deixando na sua posse algum pertence teu, ou correrás o risco de regressar e encontrar algo como isto:


E então também poderás ter de explicar à tua mãe o que raio é aquilo que está escrito no envelope das fotos, e provavelmente ela não se irá sentir orgulhosa ao ver que alguém considera o seu rebento uma puta de luxo. De nada adiantará tentares explicar que aquilo foi escrito por uma puta reles e invejosa do teu sucesso, porque uma puta é uma puta, e pior do que seres filha da puta, deve ser seres mãe da puta. É triste, estás a ver?

Por isso, se tiveres um amigo assim, leva-o a passear. Oferece-lhe um pacotinho de leite com chocolate e vão ver o pôr do sol à praia. Melhor: leva-o até uma falésia. E depois dá-lhe um empurrãozinho para ver se o gajo sabe voar.

(se o blog da patrícia deixar de ser atualizado, já sabem o que lhe aconteceu)

conselhos para uma vida mais feliz, parte 2

Convém que percebas que todas as perguntas que a tua mãe te fizer começadas com queres ir?, podes fazer?, importaste de?, só admitem, como única resposta possível, um sim. Ela só te pergunta com jeitinho para te dar uma falsa ideia de liberalismo, para teres a ideia de que fazes o que queres e tudo e tudo, mas se lhe disseres que não, acredita que - no caso de viveres com uma fera como a minha - te vai cair o carmo e a trindade em cima, e de nada adianta se te gabas aos outros de que nem à tua mãe obedeces porque és alta badass. Todos saberão que é mentira.

Por isso, poupa-te ao esforço de ouvires mais um sermão e pára lá de te armar em puto rebelde; se a mamã quer, então tu fazes, tenhas 8 ou tenhas 18 anos. Entendidos?

conselhos para uma vida mais feliz, parte 1

Executa toda e qualquer tarefa que te seja pedida pela tua progenitora, nos cinco minutos que precedem a sua chegada a casa. Ficarás surpreendida contigo mesma com a quantidade de roupa que passas a ferro enquanto ouves o carro a subir a ladeira que dá acesso à vossa casa, e ainda te perguntarás como foi que conseguiste aspirar três quartos e a sala só enquanto ela abria o portão da garagem.

Quando ela entrar em casa, estarás sentada no sofá, a ler, com cara de quem não fez o mínimo esforço para deixar a casa a brilhar, coisa que podia ter feito durante as horas em que esteve sozinha, em cinco minutos. Ou melhor; abre o computador e vai fazer testes de código. Se ela te perguntar, responde-lhe oh, sobrou-me tempo depois de fazer tudo o que me pediste, e vim fazer testes de código. já é o 10º que faço hoje, mãe! acho que estou no bom caminho, com o teu melhor sorriso.

E se, porventura, ela reparar que, apesar de teres feito rigorosamente tudo o que ela te pediu, não viste que era necessário ir despejar o lixo e começar aos gritos, a dizer que não fazes nada em casa, que só queres sair, and so on, não lhe ligues e orgulha-te muito daquilo que fizeste. Em cinco minutos, ela não faria melhor.

(teoria mais do que testada e comprovada)

há sempre alguém pior

Enquanto eu estou aqui num estado de deprimência profunda e a amaldiçoar a minha sorte, como se ela ainda precisasse de ser amaldiçoada, há uma gaja, da minha idade, em frente ao computador à espera que lhe metam like no álbum que ela acabou de publicar, com autopics tiradas com o batonzinho vermelho nos lábios e olhar sexy de meter medo a um ceguinho.

Na falta de melhor, já me posso orgulhar de ter a consciência de que a minha sensualidade está ao nível da do alberto joão jardim de calcinhas brancas a abanar o cu no carnaval, certo?

e quando dei por mim, estava a chorar.


Oh my love, my darling
I've hungered,
Hungered for your touch
A long lonely time
And time goes by so slowly
And time can do so much

só se diz quando é tarde e já não faz mal dizer coisas estranhas

Passo a vida a dizer que odeio pessoas, mas acho que a única pessoa que eu odeio realmente, é a mim mesma. Só queria conseguir explicar o porquê a alguém. Aliás, eu consigo explicá-lo, só não consigo que me ouçam, porque a quem eu posso falar disto, vai sempre responder-me que não há nada de errado comigo, que isto são coisas da minha cabeça. Preciso que me ouçam, e que ao menos finjam que me entendem. Por uma vez que seja.

Nada disto são coisas da minha cabeça. Percebe-lo-iam se estivessem na minha pele por um dia que fosse, e depois ainda queria ver se conseguiam continuar a dizer que sou eu quem faz uma tempestade num copo de água. Queria que alguém imaginasse como me fazem sentir quando olham para mim como se eu fosse de outro planeta e se riem, ou que parassem para pensar que talvez fosse melhor ignorarem-me do que tratarem-me como se eu tivesse mesmo algum atraso mental. Não tenho. Sou só horrível, obrigada por me lembrarem.

Na maior parte do tempo, preferia que não me vissem. Se me perguntarem, é óbvio que fico triste por nunca importar para ninguém, mas fico pior ainda quando vejo alguém a olhar muito para mim. Sei porque o faz, e isso magoa-me sempre, como se fosse a primeira vez que acontece; ou ninguém repara em mim, ou reparam todos e acabam a comentar e a gozar. Quero que párem, quero que tudo isto páre, quero acordar um dia e ser normal. Bastava-me um dia, só para saber como é. 

Não há nada que eu goste em mim. Absolutamente nada. E não houve um único dia em que eu não me tivesse perguntado porque é que tinha de ser eu. E vejo-o quase como uma condenação, porque passe o tempo que passar, faça quantas cirurgias plásticas fizer, vou ser sempre a miúda estranha que nasceu com lábio leporino e ficou com um nariz deficiente e assimétrico e se odeia por isso. Nunca vou ser melhor do que a merda que sou hoje. E talvez eu não devesse falar assim de mim mesma, mas falo sempre mal de quem não gosto, e não sou mais do que isso. Quem me dera não ser. Quem me dera ser outra pessoa qualquer - qualquer outra dessas, a quem eu invejo a vida, porque nenhuma delas é como eu, e acabam sempre por importar para alguém. Mas eu não. Eu nunca. É melhor aprender a viver com isso.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

princesa que te pariu

E o puto nasceu tão gordo que com um bocado de sorte nem vem muito encarquilhado. Safoda. Aposto que tem cara de joelho na mesma.

um dia ainda me vou arrepender por não dormir

A maior parte das perguntas dos testes de código, dão-me a sensação de déjà-vu. E, mesmo assim, consigo falhar. Talvez fosse mesmo boa ideia ler o livro de código. E estar mais atenta ao que leio, também podia ser uma ajuda valiosa. 

alienada outra vez

Não faço ideia de quem é o anselmo ralph nem porque é que toda a gente fala dele.

patrícia ainda em busca de uma profissão

Quando era pequena, queria ser veterinária. Aliás, acho que foi por isso que me meti em ciências, porque eu na altura, coitadinha, ainda não sabia que era assim tão burra e que quando chegasse ao fim do secundário nem para trolha teria média. 

Desisti quando me apercebi de que, apesar de gostar muito de animais, a probabilidade de eu desmaiar se alguém tivesse a infeliz ideia de me pedir que tratasse de um rato, ser enorme. E depois porque vi uma imagem de um veterinário com o braço totalmente, portanto, introduzido na cavidade retal de uma vaca.

Eu até posso ser muito open minded e tentar ao máximo não ser muito esquisitinha com essas coisas, mas isso é demais para mim. Os meus pais não me fizeram para me enfiar no cu dos outros, lamento.

patrícia em busca de uma profissão

Se não conseguir ser limpa sanitas na disneyland, nem descascadora de batatas num lar, ou se a carreira de stripper também me passar ao lado, juro que já era feliz a trabalhar numa biblioteca (ou na fnac, ou na bertrand, ou em qualquer sítio com livros, idc). Ou então numa loja de animais, assim cheia de gatos e cães e coelhos e pássaros. Também podia ter peixinhos, apesar de os achar um bocado estúpidos. 

Claro que depois tinha de inventar uma desculpa para a morte de todos os hamsters e cobras, e era capaz de parecer um bocado mal admitir que morreram de fome porque eu não tinha coragem para me chegar perto e lhes dar comida. Mesmo assim, é um caso a pensar com carinho.

ao menos vou ser creepy quanto baste

Desde o dia em que me ligaram cá para casa e me perguntaram pelo papá e pela mamã que eu fiquei assim meio que paranóica com a minha voz. E depois cometi o erro de perguntar à patrícia se era mesmo como eu a ouvia nos vídeos. Nunca o devia ter feito, foi o maior desgosto da minha vida. 

É fininha e irritante. Estúpida que dói, e um bocado rouca de vez em quando. E se estão a imaginar uma voz rouca e sexy, esqueçam lá isso porque não tem nada a ver. Mas depois, lembraram-me de que vai ficar assim para sempre e eu fiquei contente com isso. Não que acredite que vá aprender a gostar dela com o tempo, mas de repente dei por mim a imaginar-me velha que eu sei lá, de andarilho, de pele toda encarquilhada e só com dois dentes, ainda mais bonita do que aquilo que já sou, com a mesma voz. Talvez me convidem para fazer um filme de terror.

ninguém merece

Agora que me tinha convencido de que estou de férias e de que posso finalmente ler tudo o que quero, lembrei-me de porque é que tenho de passar o verão todo em portugal. Diz que está na hora é de me preocupar com o livro de código, e é se quero despachar isto o quanto antes.

Enquanto isso, ando com o potter na mala, a aproveitar todos os minutos livres, quando aceitava de bom grado passar horas de cu refastelado a ler, até chegar ao fim da saga. Sou uma triste.

remar contra a corrente é isto

Quando gosto mesmo de alguém, não fico a babar e a achar que tudo o que eles fazem é querido e fofinho. Antes pelo contrário, torno-me na crítica número um. E se me envolver então, penso o pior possível da pessoa, por mais que eu saiba que ela nem seria capaz disso. 

Sei que estou a culpar a pessoa errada, mas não consigo evitar. 

domingo, 21 de julho de 2013

as respostas estão publicadas, o vosso tempo de antena acabou

Mas como não tinha avisado antes, ainda respondo ao anónimo. Diz lá que sou má.

Anónimo:
Dirias que és falsa? 
Consideras-te uma pessoa frontal? Eu diria que não és. Acho que nao passas de uma miúda a tentar passar por alguem que não és. Bem estas a vontade para responderes.

Falsa? Nem por isso. Conservo comigo as pessoas que realmente me interessam, e por essas eu estou disposta a fazer qualquer coisa. Os outros são os restos, e só os restos. Não tenho paciência para grande parte das pessoas, e não, não sei ser simpática para as pessoas de quem não gosto todos os dias. Mas se me dou ao trabalho de responder, então é porque ainda há esperança, e mesmo com pouca paciência, ainda gosto delas, mas isso não faz dessas gentes alguém por quem eu daria a vida ou beijaria o cu. Longe disso! Tal como digo, são bem poucas as pessoas de quem eu gosto mesmo, e a quem eu não aponto o dedo. E sim, falo mal das pessoas, da mesma maneira que as pessoas falam mal de mim. Sinceramente, isso não me faz confusão; não queria ser eu a dar-te uma notícia tão triste, mas da mesma maneira que julgas, também és julgado, é mesmo assim. Temos tendência para criticar nos outros aquilo que não compreendemos, ou que achamos ridículo. E ainda bem que assim é! Pelo menos, só se formos estúpidos é que vamos ter os mesmos comportamentos que repugnamos nos outros.

Por exemplo, achei ridículo acusares-me de não ser frontal, quando foste tu quem comentou em anónimo, logo não vou fazer o mesmo. Ao contrário de ti, eu assumo o que escrevo, e dou a cara pelo blog, já que, sinceramente, eu nem faço ideia de quantas pessoas minhas conhecidas (se é que não és uma delas, não é verdade?) o lêem. Lamento que tenhas uma capacidade de compreensão tão limitada ao ponto de não perceberes isso.

kill'em with kindness

Às vezes fico com um humor tão fodido e digo coisas tão más que tento falar com a voz mais conas possível. Pode ser que assim não se apercebam que estou a falar a sério. Julguem-me por isto.

as benditas respostas. 2

Tens alguma mania estranha? 
Tenho algumas. Sou incapaz de comer só com o garfo, mesmo que nem precise realmente da faca, faz-me confusão ver portas ou gavetas mal fechadas e não páro quieta enquanto não estiver tudo certinho. E depois sou assim meio que para o obcecada com a ordem, ao ponto de ter organizado todos os meus livros do maior para o mais pequenino, organizar a estante dos filmes de acordo com o género e a preferência, e por aí. Tenho algumas de que nem me apercebo.

Acabaste o 12º ano, ou deixaste algumas disciplinas para trás?
Tenho física e química e matemática por fazer.

Se passaste, que área pensas seguir?
Ainda não tenho a certeza, depende de muita coisa. Talvez enfermagem.

Aquela cena que "nós" sabemos, que, de certo modo, constitui um trauma na tua vida, está definitivamente arrumada, ou ainda vais fazer algum tipo de cirurgia?
Em princípio, vou, mas sinceramente nem quero pensar muito nisso neste momento. É um assunto que está longe de estar arrumado, mas custa-me demasiado pensar nele.

Se pudesses ir para outro país ias?
Sem dúvida. Desde pequena que sou apaixonada por frança, e não me imagino a viver em portugal daqui a 10 anos.

Qual o teu maior medo?
Bah, tenho medo de ratos e de cobras. Depois, tenho os medos normais, aqueles que todos temos; de nunca me realizar, de nunca me sentir plenamente feliz, de magoar as pessoas de quem gosto, de nunca ser o motivo de orgulho para alguém, and so on. Acho que tenho medo de morrer sem nunca ter vivido a sério.

Escritor favorito?
Agora que penso nisso, sou incapaz de escolher um. Não diria que é a minha favorita, mas gosto muito da jodi picoult.

O que é que estás a pensar seguir, agora que concluíste o 12º ano? 
Acho que já respondi a isto.

Destino de sonho?
Não tenho um destino de sonho. Preciso é de dinheiro e coragem para me enfiar num avião que onde ir é coisa que não me falta.  Mas quero passar especialmente por paris, a sério desta vez, londres, amesterdão, tókio, nova iorque, roma e berlim.

Quem é a pessoa que mais admiras e mais te inspira?
Mommy.
Ela era muito nova quando eu nasci, e sem dúvida que não estava à espera dos problemas que eu lhe trouxe. Tornei-lhe a vida ainda mais difícil do que já era, mas ela não desistiu de mim. Embora nunca lho tenha dito, é impossível não a ver como a minha heroína.

Comida que mais detestas?
Detesto lasanha, favas, puré e carne de vaca.

Qual é o teu tipo de livro preferido?Não consigo escolher só um.
Talvez o tudo o que poderíamos ter sido tu e eu se não fôssemos tu e eu e o the perks of being a wallflower.

Apesar de passares esse ar de "bitch" acho que és um coração mole, molezinho, e que usas isso apenas como uma proteção.
É esta a ideia que eu tenho de ti. Estou certa ou errada?
Depende. Eu sei mesmo ser essa cabra que digo ser, mas na maior parte das vezes, é involuntário. Viro cabra sempre que sinto que me estão a atacar, e às vezes nem tinha motivos para tal. E são poucas as pessoas que me amolecem o coração, mas as que o conseguem, sim, deixam-no bem mole, molezinho.

as benditas respostas. 1

Claro que a partir de agora voltamos ao estado vai-fazer-perguntas-a-outro-que-não-és-minha-mãe, mas já que me dispus a aceitar as vossas perguntas, agora tenho de responder. Assim naquela de não ficar muito entediante, vou publicar isto aos bocados, e por isso ainda aceito perguntas, se as houver, pelo menos até ter respondido a todas. Feel free to ask, porque depois disto é melhor meterem-se na vossa vida.

Qual a tua sobremesa favorita ?
Uhhhmmm, mousse de oreo, talvez. Mas isso é só porque me sinto a ficar diabética só de pensar nela. Safoda. Sou uma lontra feliz.

Quanto medes ?
1,68m.

Que área pretendes seguir ?
Talvez enfermagem.

Como te descreveste psicologicamente?
Maioritariamente estúpida, desinteressante e instável. Faço-me passar por forte e determinada, mas é tudo uma farsa, porque sou a criatura mais insegura que podes conhecer. E também não sou tão independente quanto acredito que sou, embora tenha a mania de fazer o que quero e não ligar ao que dizem. Preciso mais dos outros do que aquilo que ouso admitir. 
Não me aconselho nem me recomendo a ninguém.

És de onde? Norte.. centro.. sul..?
Centro. Sou de coimbra.

Já tiveste outros blogs antes?
Oui. Este é o meu quarto blog. Tive o never forget, never regret, o recortes de mim e outro mas não me lembro do nome, até que os apaguei e vim parar aqui, já vai para um ano.

O que achas de conhecer os bloggers pessoalmente?
Acho que pode ser interessante, mas não tenciono fazê-lo. Prefiro manter no blog o que é do blog.

O que é que achas que faz as pessoas seguirem o teu blog?
Faço essa pergunta a mim mesma imensas vezes. Não faço ideia, acho que não o leria duas vezes.

Tenho a impressão que exageras bastante quanto a tua aparência de "lontra" não deve ser assim tão mau como pintas não? 
Eu sou mesmo gorda e sou mesmo feia, não estou a gozar. Mas vá, confesso que exagero um bocado e, ao que parece, quem depois me conhece acaba por dizer que me imaginava muito mais gorda do que sou na realidade.

Vais este ano para a faculdade? Se sim, para que curso?
Não, ainda não é desta. Demasiado inteligente para tal.

O rapaz sobre quem escreves, sabe que escreves sobre ele e vem ler?
Sabe sim, mas duvido muito que perca tempo a ler isto.

Es burra?
Sou. Mas mesmo assim, ainda não sou burra o suficiente para não saber que "és" é com acento. Espero que um dia também consigas atingir esse patamar. Vá, não desistas!

Qual é a tua comida favorita? 
Bacalhau com natas, ou qualquer prato que inclua massa. Nem que seja só massa, idfc.

está tudo fodido

E pronto, de repente toda a gente descobriu a existência da deep web e andam todos aluados. Ao menos sempre me posso orgulhar de ter descoberto antes de virar moda. *aplausos*

ninguém merece

Acho que nunca disse isto, mas eu sofro de um atraso mental profundo. Ou isso ou da síndrome do eu-faço-o-que-me-apetecer-e-pouco-me-importa-o-que-vão-pensar. Com a agravante de que eu preocupo-me mesmo com o que vão pensar, mas é depois da merda feita.

E o problema é que eu tive uma infância muito feliz e também vi o coyote bar 92809872 vezes na sic, aos domingos à tarde, por isso é óbvio que eu sei a letra da can't fight the moonlight de trás para a frente. Logo, é igualmente óbvio que ela não pode passar na rádio a qualquer hora, porque pode sempre dar-se o caso de eu dar por mim a cantá-la no meio do intermarché. E, digamos que é ligeiramente humilhante. O que vale é que as pessoas olham para mim e pensam ohh, coitadinha, é deficiente.

mas vocês nunca vão perceber a minha dor

Ligou-me na hurricane, e agora estou a ouvir a the kill. Oh deus, que estou eu a fazer no sofá?


ou então vou chorar baba e ranho agarrada ao telemóvel

Ligo-te na the kill, ok?
Ok... 

whaaaat if i fell to the floor, couldn't take all this anymore? what would you do?



looook aaaaat my eeeeeyeeeeees, you're killing me, killing me, aaaaall i wanted waaaaas yooooou.

É só a melhor música deles. Só. Mas eu estou bem, eu estou bem. A sério. Não faz mal nem nada.

vou cortar os pulsos, o mundo é um sítio demasiado cruel

Uma pessoa está aqui num estado de deprimência inigualável, a vegetar em frente ao pc, quando recebe uma chamada. É uma amiga. Está no concerto dos 30 seconds to mars e pergunta-me estás a ouvir? estás a gostar?


(o jared é o jared, porra!)

sábado, 20 de julho de 2013

thank god

Ao que parece, o meu bicho foi avistado pelo meu progenitor com vida. Ainda bem. Já me estava a imaginar sentada à porta de casa à espera que o wild gato decidisse surgir do nevoeiro, com d. sebastião atrás. 

Que é como quem diz filho-da-puta-pregaste-me-um-susto-do-caralho.

lord is testing me

No fim de tudo, só me faltava mesmo o gato desaparecer. Já disse que adoro gatos?

A sério que isto tinha de acontecer agora? Ahhhhhhh.

eu consigo ser reles a este ponto

Mas falem agora ou calem-se para sempre. Também vos quero perceber, quero entender porque é que anda por aqui tanta gente se depois não falam comigo. Façam-no aqui ou no outro post, em anónimo ou não, idfc, respondo a tudo em post ao final do dia, ou amanhã, ou segunda.

Pareço uma pita carente, mas não estou. (lágrimas) Só quero perceber o que é que vocês pensam, e porque é que são uns ranhosos e stalkers e lêem o meu blog e nunca dizem nada, e... estão a ver, não é? É a vossa oportunidade de bisbilhotarem a minha vida.

Eu de vez em quando sou simpática. A sério.

it's always darkest before the dawn,

Mas é sempre a esta hora que eu me lembro de tudo. E é sempre a esta hora que não consigo não chorar.

Está tudo tão errado, está tudo tão mau, e eu não posso fazer nada a não ser esperar que um dia perca este hábito absurdo de me afeiçoar às pessoas. É só.

breakfast at tiffany's

You know what's wrong with you, miss whoever-you-are? You're chicken, you've got no guts. You're afraid to stick out your chin and say, "okay, life's a fact, people do fall in love, people do belong to each other, because that's the only chance anybody's got for real happiness." You call yourself a free spirit, a wild thing, and you're terrified somebody's going to stick you in a cage. Well, baby, you're already in that cage. You built it yourself. And it's not bounded in the west by tulip, texas, or in the east by somaliland. It's wherever you go. Because no matter where you run, you just end up running into yourself.
Tão, mas tão bom.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

quando pensam que isto não pode baixar de nível, transformo-o num ask.

Já tentei isto antes e nunca acaba bem, mas vou tentar outra vez, and hope for the best.
Quero que me perguntem coisas. E isto porque sempre que conheço alguém do blog, percebo que têm quase sempre uma ideia errada de mim, ou que criaram uma imagem que nada tinha a ver comigo. Quero que me façam perguntas. Qualquer coisa que vos apeteça perguntar, pouco importa. 

Claro que, no caso de serem perguntas demasiado pessoais, posso não responder a tudo. Mas tentem, for da lóbe ó god, façam-se ouvir, não se limitem a ser stalkers.

constatações

Pouco importa se pesas 40 ou 200 kg. Também é irrelevante se és toda bonitinha e cenas, ou se te pareces comigo e és um trambolho. Se entrares num daqueles restaurantes manhosos, cheio de homens (e quando digo cheio, é bem cheio mesmo!), e fores das poucas gajas presentes, então podes ter a certeza de que todas as cabeças se voltarão para ti. Eles vão olhar-te todos que nem hienas famintas. Nojo.

(mas está descansada, porque se no meio desses macacos por acaso surgir algum rapazinho bonito e tu fores o trambolho da questão, ele não te vai ligar nenhuma e o mundo volta ao eixo certo)

dos cenários idílicos

Não estando propriamente um bom dia para ir à praia, estive já hoje em três praias diferentes, enquanto os meus avós tratavam de uns assuntos. A ideia de ir com eles era só mesmo não ficar a deprimir. Claro que não resultou, mas podia.

Então, andava dona lontra à beira mar, de vestido branco, fones nos ouvidos, num estado de deprimência absoluta, com músicas ainda mais deprimentes do que tudo o resto, com os pezunhos a aproveitar o vai e vem da água. De repente, dona lontra viu-se rodeada de gaivotas a voar, e a água estava quentinha, o mar estava calmo, estava tudo bem. Os problemas ficaram fora da praia, longe do mar, aquilo era uma espécie de paraíso.

Mas depois dona lontra acorda. E isto porque, não importa quão calmo esteja o mar, nem tão pouco o facto de, supostamente, eu só querer molhar os pés; vai sempre haver uma puta de uma onda a deixar-me com o cu de molho. Não há paciência!

não compreendo

Não é bem como se eu entendesse facilmente o que vai na cabeça das pessoas, mas uma das espécies que mais me intrigam são aquelas gajas que andam de vestidinho mas que não usam cuecas porque, dizem, é mais higiénico.

Tretas. Se disserem que é mais rápido, ainda vá, mas não me venham com a história da higiene quando andam ali com a patareca ao deus dará. Deus, como quem diz.
Só se for mesmo para andarem com ela sempre arejada, não vá apanhar mofo.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

acabei por perceber que não o ia voltar a ver.

Gostava de estar entusiasmada com a ideia de estar oficialmente de férias, mas não estou. Nem um bocadinho.

Na realidade, isso dá-me vontade de chorar, e não devia. Mas é que este final de ano, tem um sabor diferente; é mais real, mais definitivo. E se por um lado eu vou ter de voltar àquela escola em setembro, por outro também sei que não vai ser a mesma coisa. Vai ser ainda pior. 
Quero que o tempo páre agora. Ou que recue. Não quero isto, não quero. Dêem-me só mais cinco minutos para me convencer de que acabou.

depois do exame de matemática

As melhores histórias da minha família, começam com um dia fui a um funeral. Quanto mais não seja, por ser das poucas ocasiões em que estamos todos juntos. De uma maneira ou de outra, dá sempre merda e acaba em festa.

Isto pode parecer macabro, mas bem vistas as coisas, até que é bastante útil para o meu cv. Já vi que para descascadora de batatas não tenho jeito, e limpar sanitas só mesmo na disneyland, nunca menos do que paris. Mas se ficar por cá, posso sempre abrir um negócio de animação de funerais. Com sorte, dá para conjugar com o meu sonho antigo de ser uma stripper de renome, e ó pra mim a fazer uma lap dance ao morto.

E sim, estou com humor de bradar aos céus. Brace yourselves que isto hoje ainda pega fogo.

note to self

(não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar)

cartas que não vou enviar

Por mais vezes que me despeça de ti, e que prometa a mim mesma que é a última vez que te escrevo, acabo sempre por falhar. E é sempre à noite, quando o silêncio se apodera de tudo à minha volta, que se torna impossível ignorar essa vontade de escrever tudo aquilo que não ousaria dizer-te. 
Quero sempre pedir-te desculpa por tudo e mais alguma coisa, mas sei que no fundo ninguém tem culpa por eu me ter apaixonado. Talvez o acaso, sim. Se algum dia eu te dissesse como é que me apaixonei, julgar-me-ias louca. De qualquer forma, nada disso importa agora. Nem nunca.

Só te posso garantir que foi muito fácil apaixonar-me por ti. Demasiado fácil, talvez. Em parte, por eu ter a mania de ser observadora e reparar nos pormenores, mas grande parte foi feita por ti. Dia após dia, a tua simplicidade desarmava-me mais um bocadinho, e em menos de nada, já te tinha decorado meia dúzia de façanhas. Cria-me cega, imagina, cria-me tão iludida, que passei imenso tempo em busca de defeitos que viessem destruir a imagem que tinha de ti. Que desperdício de tempo! De cada vez que tentava afastar-me, só me apegava ainda mais. Provavas sempre ser a pessoa que eu, no fundo, sabia que eras. Mas jamais o saberias, achava eu. Jamais te deixaria saber que sentia por ti uma admiração quase infantil. 

Perdoa-me se não soube parar a tempo. Ainda agora, não sei como parar. Às vezes vêm-me à ideia conversas sem sentido, mas sinto-me mal por saber que não soube responder. Lembro-me de me teres dito uma vez que eras estranho. Não faço ideia do que te disse, mas estou certa de ter pensado que era exatamente por seres estranho que eu gostava de ti. E é. Precisava de conhecer alguém como tu para me lembrar de que ainda existem pessoas que valem a pena. E mesmo que não compreendas porquê, estou-te grata por teres sabido não me magoar. Lamento o facto de nunca te ter sabido falar. Não que fosse mudar grande coisa, mas devia ter dado a mim mesma a oportunidade de te tentar conhecer melhor. 

Agora, nada disto faz sentido. Ou faz, mas de uma maneira dolorosa porque a ideia de não te voltar a ver, se torna cada vez mais real, e sei que, mais tarde ou mais cedo, a tua imagem já não vai ser nítida na minha cabeça, e o timbre da tua voz, misturar-se-à com outras vozes mais recentes. Não queria isso. De uma forma absurda, queria que te mantivésses intacto na minha memória. Mas, não te preocupes, jamais te procuraria. Entrego-me ao acaso e à sorte, e logo se vê.

Vai haver um dia em que isto me parecerão palavras soltas, completamente absurdas, mas ainda não é agora. Até lá, invades-me a memória frequentemente, e deixas-me a amaldiçoar-me a mim mesma por ser quem sou. E também te vou continuar a comparar a todos aqueles que me atraiam a atenção, porque, por mais bonitos, por mais inteligentes que sejam, nenhum deles és tu, e vai demorar até que alguém me toque da mesma maneira que tu me tocaste. Enquanto assim for, não me resta senão esperar até que não sejas mais do que uma recordação distante. Uma boa recordação.

desnecessário, mas apetece-me partilhar

Torna-se bastante óbvio para mim o facto de eu ser completamente anormal quando dou por mim a ouvir a requiem for a dream pela 29890 vez, com o rainy mood como fundo, e a chorar baba e ranho. Sério. É que o pior é que, além de adorar a combinação, eu gosto mesmo do estado em que me deixa. 

Acho que é a única forma de me permitir a chorar. E há muito tempo que precisava disto.

(e se não conheciam o rainy mood, bem que podem experimentar abrir a página e meterem-se a ouvir músicas deprimentes. agradeçam-me depois)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

e amanhã temos exame

A questão fulcral é: o que é que eu vou fazer durante as 2h30 obrigatórias?
Nada, já se sabe. Estava melhor a dormir, é o que é.

depois dizem que não aprendem nada comigo

Never look back, if Cinderella went back to pick up her shoe, she wouldn't have become a princess.  
(roubada à mel)

teorias de rua

Ouvi ontem um homem a dizer que os cães sentem as nossas pulsações. Fiquei contente com isso. Se eles também conseguirem medir a tensão, sempre é uma boa maneira de se poupar nas pilhas.

O quanto eu adoro gente que não faz a menor ideia do que está a dizer.

outra vez?

Como se já não fosse suficientemente mau mudar o apelido no fb para o de um cantor (porque é giro chamares-te ernesto manson ou albertino campbell), ainda há aquelas gajas que mudam o apelido para o do morxituh da vida delas. Ok, isto pode ter algum sentido em namoros longos, ainda vá. Mas eu conheço uma gaja que faz isto desde o tempo do hi5, e já perdi a conta ao número de vezes que a criatura mudou de apelido. De uma semana para a outra, pufff, já não encontrava o fb dela outra vez.
A sério. Com isto tudo, nem chego a saber qual é o apelido verdadeiro dela. Aquilo deve ser um rodízio lá em casa que balhamenoussasenhora.

e criados mudos em todo o lado, uhm?

O mundo seria tão melhor se as pessoas não achassem que podem fazer-me interrogatórios como se tivessem alguma coisa a ver com a minha vida. Se eu quiser contar, conto, mas não me encham de perguntas, ok?
E isto vale especialmente para aqueles a quem era suposto estarem a trabalhar, e que me estão a fazer perder tempo porque querem saber se a avózinha fez geleia. Vão-se foder.

a maior e a menor semelhança entre mim e os machos

Eu também tenho uma obsessão pelo tamanho. Mas, ao contrário deles, fico realmente feliz quando alguém me diz que tem 5 cm a mais do que eu. 

Nunca gostei de ser tão alta.

terça-feira, 16 de julho de 2013

constatações

Para sempre parece muito tempo, mas nunca mais parece mais tempo ainda. E agora? 

the ugly truth

É mesmo difícil lidar comigo, e não, eu não estou sempre bem disposta e com vontade de falar, sejas lá tu quem fores. Tens razão quando dizes que tenho um mundo paralelo onde só entra quem eu quero. Lamento, mas a convivência contigo nem sempre é suportável ao ponto de eu te deixar entrar nele. E sim, eu sou mesmo esquisita e sim, gosto mesmo de estar sozinha. Aprende a aceitar isso de uma vez por todas, e deixa-me em paz.

Quanto mais me tentarem mudar, mais me chateiam. É assim que me perdes aos bocadinhos.

afinal era mesmo fácil

O exame era tão fácil que eu acertei a gramática quase toda. Sério, é um feito histórico.

quanto ao exame

Era mais fácil do que o outro, mas verdade seja dita que não estudei, ao contrário do que pensava. Paciência. Se depois disto tudo, tiver melhor nota, posso acender uma velinha ao santo das causas perdidas. Se tiver pior nota, estimo bem que se foda. Ia adormecendo a meio e não é bem como se eu fosse precisar dessa nota. Ou acho que não.

re-post, porque faz mais sentido do que nunca.

Enerva-me essa gente que tenta controlar tudo. Que marca encontros a horas exatas e que não se atrasa nem um segundo, não vá isso ser um mau presságio; essas são as mesmas pessoas que não conseguem ver uma madeixa de cabelo fora do sítio e que entram em pânico quando têm o verniz lascado. Ainda se dão ao luxo de apagar e voltar escrever várias vezes a mesma palavra, só porque a letra não ficou bonita. Como se isso fosse o mais importante. Como se o mundo parasse de girar por tudo não estar perfeito. Como não fosse melhor chegar atrasado do que não chegar nunca. Sei lá. Mesmo os que fazem tudo errado, em algum momento, acabam por acertar. E mesmo esses que não chegam a lado nenhum à hora marcada, acabam por chegar a algum lugar. É uma questão de tempo até que aprendam a acertar o relógio e o passo só pelo prazer de se desacertarem outra vez. Ouça-nos. Eles sabem. Eles sabem que mesmo esses que andam desencontrados, um dia também se encontram.  
Só não têm pressa. 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

má altura, má altura

Eu adorava ter estudado para o exame de amanhã, mas tenho a cabeça em todos os lados menos no português. Isto está mau ao ponto de - imagine-se - eu ter deixado o potter de lado durante uns dias. E olhem que eu andava viciada até mais não. 

oh, that evil side

Tu não foste, mas querias muito ter ido. Eu fui e - ainda por cima - nem sequer gosto de ti, logo, é mais do que óbvio que te vou contar tudo, com todos os pormenores, e realçar o quão awesome foi, só mesmo para te deixar ainda mais amuado.

Não lhe chamemos vingança, porque parece mal, mas olha que depois do que me fizeste, é um guilty pleasure daqueles.

o rapaz da música brasileira

É a segunda vez que alguém da minha família o confunde com uma rapariga. Da primeira vez, foi a minha mãe. Hoje foi a vez do meu avô me perguntar porque é que a minha amiga se veste à rapaz.

E depois o pobre do gajo queixa-se que eu sou má para ele. É inevitável gozar com a lady.

mistérios da vida

Acho que nunca vou descobrir porque é que um desconhecido me chamou shakira. Talvez fosse pelo cabelo desgrenhado, ou pelo cu xxl. Sério gente, mais depressa eu me pareço com o alberto joão jardim do que com a shakira. Pelo sim e pelo não, vou só acreditar que ele estava bêbedo.

queriam

Não sou de intrigas, mas acho que o facto de eu ter explicação às 9 da manhã se deve, essencialmente, ao meu estado quando acordo. Sempre linda e de bom humor, e com uma vozinha rouca e sexy que eu sei lá. Ainda por cima hoje, que ainda estou rouca por causa de sábado, isto está lindo. E tenho olheiras até aos joelhos.
É coisa que o mundo gosta de ver. Ou isso ou porque é a única forma de eu estar calada. 

cartas que não vou enviar

Às vezes encontramos as pessoas erradas na altura certa. Outras vezes, encontramos a pessoa certa na altura errada. Mas, quase sempre, encontramos a pessoa certa, mas somos a pessoa errada.

Já me habituei a essa incompatibilidade. Para te ser franca, nem nunca conheci outra realidade, tanto que já não magoa. Minto – magoa sim. Mas é sempre por mim, e nunca pelos outros, pela outra pessoa. Por ti. É sempre comigo mesma que me desiludo por ainda me permitir a apaixonar-me, mesmo sabendo que nunca seria suficiente para alguém. Paciência. Um dia aprendo.

Não há nada a fazer. Nunca quis entrar de rompante na tua vida. Pelo contrário, sempre te quis manter o mais longe possível, principalmente, para que não me descobrisses. Até que destruí tudo, para variar. Sei lá. Um dia acordei e percebi que estávamos em margens diferentes do mesmo rio, e que elas pareciam afastar-se um bocadinho mais a cada dia. Estúpida, sempre estúpida, quis construir uma ponte. Não que fosse atravessar – só queria uma ponte, qual capricho de miúda mimada que não sabe o que quer.

Nunca me senti tão estranha. De repente, tinha exposto o que tinha demorado tanto a esconder. E o pior é que nem sei porque o fiz, e dizer que me apeteceu é ridículo. Enfim. Lá no fundo, bem no fundo, quero acreditar que tinha razões fortes para não aguentar mais, como o facto de ter feito questão de enterrar tudo quanto sentia, como se de um crime se tratasse, quase todas as vezes que tive a infelicidade de me apaixonar. 

Nunca tive intenção de te tentar arrastar para a minha vida, e talvez por isso mesmo me sinta tão culpada por ter invadido o teu espaço. Quis que soubesses que havia um lugar para ti, mas não quis realmente que o ocupasses – não que não te quisesse perto, mas porque sabia que merecias bem mais do que aquilo que te podia oferecer. Ou que querias. De que importa isso agora?


De agora em diante, já nada faz diferença. O que está feito, está feito, não há nada a fazer. E, se por acaso algum dia leres isto, peço-te desculpa em adiantado por continuares a ser o protagonista dos meus textos em noites de insónia até que resolva esquecer-me disto tudo. Lamento, mas escrever é das poucas coisas que ainda faço com o coração. Não espero por ti, mas também não te fecho a porta; está entreaberta, e a luz da entrada está acesa. Mas, se por qualquer razão essa porta se fechar – as chaves estão debaixo do tapete.