sexta-feira, 4 de maio de 2018

balada do desempregado

Ainda há dias vi uma notícia onde falavam da poluição e do facto de a maior parte das pessoas preferir continuar a andar no seu próprio carro, ao invés de se preocupar com o planeta e utilizar transportes públicos. Achei fofo.

Falo por mim: podendo, prefiro mil vezes usar transportes públicos porque, além de ficar estupidamente mais barato, não tenho de passar pelo massacre diário de conduzir - é que a pessoa, além de ter traumas, cruza-se com demasiados atrasados mentais a quem, infelizmente, alguém se lembrou de meter uma carta de condução nas mãos. 

A questão é que a maioria dos anúncios de emprego tem, como requisito, carta de condução e viatura própria - se eu até percebo isto em determinados contextos, ainda não consegui entender porque fui rejeitada quando, inocentemente, disse que o transporte nem sequer seria um problema, dado a loja ser mesmo ao lado da estação de comboios. Aparentemente, uma rececionista também precisa de sair da loja; pergunto-me se farão receções ao domicílio ou coisa que o valha.

Claro que aprendi a lição: se me perguntam se tenho carta e carro, digo sempre que sim, porque é essa a verdade, omitindo que tenciono fazer os possíveis para não ter de o usar. Agora, alguém que me explique: desde que eu chegue a horas, que raio de diferença poderia fazer se eu vou de carro ou montada num unicórnio cor de rosa?

É que depois isto ainda traz outro problema no bolso, que é o seguinte: ora começam a torcer o nariz dada a distância a que vivo do local em questão, porque fica longe para ir de carro, e me rejeitam... ora explico que não há problema algum porque eu até prefiro ir de comboio, e rejeitam a hipótese porque, aparentemente, não se pode. Eeeee... continuamos na mesma merda.