terça-feira, 31 de dezembro de 2013

a complexidade das coisas mais simples

Ai, meu amor, o que eu já chorei por ti
Mas sempre, p'ra sempre, vou gostar de ti.

mensagens que não vou enviar

Antes das doze badaladas, por favor. Faz tudo isto valer a pena e devolve-me a tal felicidade que me voltou a fugir.

euxitah em 2013

Tive o meu baile de finalistas.


E descobri que afinal até gosto de sair à noite.


E de dançar, ainda que o meu ritmo e coordenação sejam equiparáveis ao de um recém nascido.


Fiz 18 anos.


E tirei a carta.


Devorei livros.


Apaixonei-me por uma das melhores pessoas que algum dia conheci.


E acabou mal, para variar, até esquecer de vez.


Mas, entretanto, dei-me conta de uma verdade inconveniente.


E, desde então, demonstro o meu afeto pela criatura com o meu olhar mais doce.


Com o meu ar mais sociável.


O que aumenta em muito a probabilidade de acabarmos melhor do que isto.


Também perdi pessoas que não interessam nem ao menino jesus.


E outras que achei que nunca ia perder.


E, depois de tudo, só a minha grossa camada de gordura ficou comigo.


E para o novo ano só desejo que sejam felizes. Mas não sejam gordos, parece mal.

não disse

Ao invés de andar aí a fazer listas de coisas que quero fazer em 2014, pareceu-me por bem passar o último dia do ano a estudar física outra vez, só naquela de ficar ainda com mais vontade de bater com a cabeça na parede porque ainda não percebi porque raio escolhi ciências. 

E isto porque eu tinha prometido a mim mesma que estas férias me ia fartar de estudar física e voltar à escola já expert naquilo, mas não funcionou. E porquê?, perguntam vocês. Porque a física é o menor dos meus problemas e eu fui aproveitando o tempo livre para estudar matemática do 12º - o que faço um bocado às cegas, porque nem posso assistir a aulas este ano. 

Ou seja, tenho menos de uma semana para chegar onde tinha planeado na matemática e para ver se começo a entender-me com a física - o que vai ser meio difícil porque, bem vistas as coisas, tenho pouco mais de 2 dias, tendo em conta que mal vou estar por casa. E pronto, mais posts agendados e mais dias de abandono, mas o que tem de ser começa a ter alguma força.

curtas

As únicas pessoas que parecem continuar orgulhosas de serem portuguesas são os emigrantes, que chegam ao ponto de se auto-intitularem de tugas em vez de usar o nome próprio nas redes sociais. Depois existo eu.

dona lontra aconselha

Às vezes tenho a sensação de que há pessoas que acreditam que pedir ajuda aos deuses supremos da internet e aos anjos da guarda do fb vai surtir um efeito notável nas suas vidas. Meus amores - não é por meterem estados e mais estados a pedir que tudo seja melhor no ano que aí vem não só é absurdo como é absolutamente inútil.

São vocês que têm de ser diferentes. O tempo não muda as coisas que deixámos para trás, por fazer - quanto muito, atenua a vontade e a curiosidade, mas não as resolve. Por isso, se querem de facto que alguma coisa aconteça, façam-na. Nunca é tarde para uma reviravolta, nunca é tarde para mudar - desde que não se sentem à espera de serem abalroados por uma mudança. E, sobretudo, não prometam. 

Se as promessas feitas à meia noite por toda a gente do mundo e que serão, inevitavelmente, quebradas, forem consideradas pecado, eu já não quero ir para o inferno porque vai estar sobrelotado. Sério. Acho absurdas essas resoluções de ano novo que nunca chegam a ser mais do que uma lista cheia de boas intenções; as soluções, as decisões, nunca podem ser tão premeditadas e tão bem pensadas, ou acabarão por desistir antes de as meter em prática.

Dêem-se ao luxo de fazer o que querem, de decidir na hora, de não terem tempo para ter medo. Sei lá, deixem-se ir de vez em quando, a ver onde vai dar, no que vai dar. E, por favor, não deixem de ser felizes por medo de arriscar. Não sejam estúpidos a esse ponto. Às vezes o risco vale mesmo a pena.

no meio do caos

Tendo em conta que prevejo uma noite de deprimência profunda, vou presentear-me com a minha famosa mousse de oreos. Se vou ser gorda, ao menos que coma alguma coisa que me faça feliz.

perdida entre o choque e o orgulho

Hoje estudei física. Hoje, sem estar a menos de 12 horas de um teste, ou umas horas depois de ter recebido um teste e ter sentido que estava na hora de mudar de vida e tornar-me numa pessoa melhor, porque ainda posso ter um quanto de einstein escondido nos recônditos mais profundos de mim mesma.

Batam palmas.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

é

Amanhã à noite, eu também me vou tornar numa melhor pessoa, vou ficar de dieta, vou começar a cortar as unhas dos pés todas as semanas, vou passar a cortar o cabelo mais frequentemente para depois não ficar parecido com uma vassoura, vou ser sociável e simpática. Vou. Amanhã torno-me numa pessoa melhor como toda a gente.

eu queria ser normal, mas...

Há alturas em que eu acho que só posso ter sido encontrada no lixo porque não me pareço em nada com os restantes membros do clã. Outras vezes, tenho a certeza de que o meu atraso mental tem toda uma razão de ser e que no fundo somos todos mais ou menos iguais. Tipo aquele dia em que o meu pai se passou com a própria cabeleira e decidiu espetar-lhe com a primeira coisa que lhe apareceu no armário. E o que era?, perguntam vocês. Era a espuma da minha mãe. Espuma para caracóis.

Correu tudo bem ao início. Depois choveu e eu tornei-me descendente do marco paulo.

trust no human being

Já não posso ver estados sobre a passagem de ano. E sim, isto é mesmo o meu lado mais frustrado, amargo e invejoso a falar mais alto, tendo em conta que a minha vida social atingiu um ponto demasiado deprimente até para mim, e vou ficar em casa a deprimir porque cenas.

Depois eu digo que quero arranjar amigos, mas acho que não quero. Não gosto de pessoas.

à pressa

De tudo o que tinha em mente para estas férias, a única coisa que fiz realmente foi engordar.

domingo, 29 de dezembro de 2013

leis de murphy aplicadas ao desastre em pessoa

Passam a vida a chatear-me por causa do meu péssimismo, da minha tendência para achar que tudo o que pode correr mal, vai correr ainda pior do que o esperado. Agora, é verdade que isto às vezes me fode ainda mais o juízo porque eu passo a vida a imaginar desastres e cataclismos e depois acaba por correr tudo bem - mas isso é às vezes. E desculpem-me a cobardia, mas sabe-me mesmo bem estar à espera do pior e ser surpreendida.

Outras vezes, deixo-me levar na onda do porque não? Iludo-me e quase sou feliz às escondidas do meu lado mais racional. Acredito que vai correr bem, que pode correr bem. E eu andava mesmo mesmo contente. Claro que a isso se segue uma desilusão tremenda, que tem vindo a piorar a cada dia que passa e que deixa tudo ainda mais caótico do que antes. Mas tudo bem, tudo bem. Um dia ainda aprendo.

sobre mim

Às vezes é orgulho, outras vezes é mágoa. E o orgulho, ainda que difícil, eu consigo contrariar quando quero muito. A mágoa não. A mágoa nunca.

a minha vida a perder o sentido

Eu fico sempre a deprimir um bocado quando chego ao fim de um bom livro, mas estar a menos de 200 páginas do fim do último livro do harry potter está a dar-me aquela sensação de que a minha vida está prestes a perder toda a razão de ser. Sei lá. Acho que vou ter de me dedicar à pesca ou ao malabarismo, porque assim de repente não vejo um bom futuro para isto.

curtas

Falando a sério, aquele comentário típico entre pitas e swaggers - que vai dar ao mesmo, ainda que o atraso mental dos segundos seja, frequentemente, mais profundo - do princesa, levanta a cabeça senão a coroa cai!, não é mais do que uma forma simpática de dizer levanta-me esses cornos que estás a fazer buracos no chão, não é?

não é meu, mas podia. podia mesmo.



wellcome, anyway

É verdade que eu tenho passado aqui pouquíssimo tempo mas está a intrigar-me o facto de, em pouco mais de 24 horas eu ter ganho 5 seguidores e uns 6 ou 7 gostos na página do blog. Entendam, não estou, de todo, a queixar-me... só queria saber de onde vieram todos tendo em conta que isto está mais abandonado que eu sei lá. 

oh hell

Dizem que quando olhamos para o relógio e as horas e os minutos são iguais, é porque está alguém a pensar em nós. Claro que isto não passa de uma superstição parva e infundada mas, e a ser verdade há alguém que não pára de pensar em mim tendo em conta que, nas últimas semanas, eu tenho tido a proeza de olhar para o relógio nessa altura em quase todas as horas que estou acordada. E depois eu fico a pensar que me devo ter esquecido de pagar alguma coisa ou assim, e que todos estes azares são fruto de uma macumba. 

mães.

Dona mommy cá de casa mandou-me fazer o almoço para cinco pessoas. Ora, quando acordei, a casa estava deserta e tinha como única companhia um frango todo nu a banhar-se no lava louça. Percebi a mensagem. Espetei com o dito no forno, a ver se se bronzeava, e preparava-me já para fazer esparguete. Já estava a babar-me quando a mãe chega e me tira os sonhos todos. Diz que o meu avô não gosta de massa e que não lhe vai servir esparguete hoje. Descasca-me batatas e enche um tabuleiro mais depressa do que eu descascaria um único tubérculo. 
E agora lá estão eles. Frango e batatas no forno, lado a lado por um bronze melhor.
E eu aqui, não nasci para fada do lar. E hoje, roubaram-me os sonhos. Já nem me lembro da última vez que comi massa.

sábado, 28 de dezembro de 2013

meus amores,

Começo a desconfiar que o típico estás enorme, patrícia, cresceste imenso!, dito por toda e qualquer pessoa da minha família mais afastada - entenda-se, tios-avôs, primos em 829721092º grau, and so on - de cada vez que me põem a vista em cima, não é mais do que uma forma de me chamarem gorda, tendo em conta que, ainda que não sendo propriamente pequena, eu tenho mesmo 1,68m desde os 13 anos.

Isto quer dizer, mais coisa menos coisa, que eu não cresço há cerca de 5 anos. Se calhar já é altura de pararem com o choque do ahhh, estás quase da altura da tua mãe! Agradecida.

é mais ou menos por isto que detesto esta altura do ano e que ando a deprimir para caralho

É um bocado estranho ser a minha própria mãe a mandar-me sair na passagem de ano, mas não me apetece explicar-lhe porque é que mudei de ideias. Isto porque eu quase que tinha planos, e por acaso até estava bastante entusiasmada com eles. E digo quase porque, apesar de não estar nada certo, era provável que viesse a acontecer. Era. Porque depois comecei a perceber que aquilo ia ser um desastre, e mais valia estar quieta uma vez que não me apetecia a) aturar bêbedos, b) segurar velas ou c) acabar sozinha. 

Por via das dúvidas, e ainda que esteja estupidamente chateada e desiludida, prefiro ficar em casa. E o meu primeiro voto para 2014 é arranjar amigos.

eu a treinar o suicídio

Comi leitão. Felizmente, apanhou pouca pimenta e, apesar de ainda ter comido alguma sem querer, os efeitos foram mínimos.
Fiquei tão contente com isso que bebi café. Oremos.

turn me on, turn me off

Outra peculiaridade sobre o rapazinho que é parecido com o bicho da casa - vulgo, o tal de quem eu tanto falo - é que ele é, de facto adorável. E é bonitinho, sim, e super querido. Estava mesmo tudo bem, até eu ter reparado nas unhas. 

Ele tem sempre as unhas estupidamente sujas, como se as espetasse na terra e não lavasse as mãos. Não criatura, isso não. Dentes e mãozinhas lavadas é o que se quer.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

dilemas

Não sei explicar porquê, creio que o próprio freud acharia que não se trataria de mais do que um fenómeno psicótico, mas esta noite sonhei que estava a matar um moço. A matar não - apesar dessa ser a intenção inicial, contentei-me em lhe fazer um corte no tornozelo e outro na barriga, ambos pouco profundos, e desisti de o matar. Ao invés, dei-lhe um abraço enquanto o pobre me enchia a varanda de sangue. Um cenário idilíco, portanto, enquanto o meu pai pintava as paredes do quarto de branco, ignorando a chacina que a filha realizava na mesma casa.

O problema é que eu estava convencida de que o rapaz em questão me era desconhecido. Até à tarde. Assim que cheguei à explicação, descobri que tinha sonhado com um rapaz de lá e que, por coincidência, teve explicação comigo. Mas o pior é que ele de frente é muito parecido com o moço de quem eu falo com a baba a escorrer, mas de lado é uma fotocópia do bicho. Ainda que muito mais risonho, e adorável que só ele - mas não tão giro, vá.

Porque é que eu o quereria matar é ainda um mistério, mas talvez seja uma tentativa de acabar com tudo o que me lembre da criatura demoníaca que... oh hell. Chega.

só isto

No início deste ano, estava toda fodida da vida por ainda não poder entrar para a universidade, por ter de ficar a fazer disciplinas do 11º ano, ainda por cima. E, deixem-me que vos diga, é estupidamente frustrante voltarem atrás quando já estiveram no 12º.

Contudo, agora, e à medida que o tempo passa, acho que até estou contente por ter ficado. Não estou preparada para entrar na universidade. Não estou preparada para as exigências em termos de estudo. Juro. O meu problema é estar mal habituada; nunca criei hábitos de estudo. No básico, era das melhores da turma, sem ter de me esforçar nada. E depois, no secundário, apesar de bastante mais difícil, habituei-me a fazer o mínimo para passar. Fodi-me - como é que podia não me foder? Física e química e matemática não são para brincadeiras, e viu-se o resultado. 

Mas acho que, mesmo agora, continuo mal habituada. Ainda não me ambientei com a ideia de que tenho mesmo de estudar. Ainda não me assustei a sério, é o que é. E devia.

De qualquer forma, sempre é preferível ter ficado mais um ano do que ter feito como tantos outros; entraram num curso qualquer e logo se vê no que dá. Mas entrar só para poder dizer que entrei na universidade e fui praxada como os outros, e fui a montes de festas, não faz parte dos meus planos. Também tenciono ir às aulas e acabar o curso antes dos 40 anos. Sei lá. Pode dar jeito.

por estes dias

Desde que me lembro de mim que tenho este feitio explosivo. Fodido de aturar, até, porque reconheço que às vezes exagero. Mas o problema não está, de todo, nas pessoas que me fazem explodir. O problema está naquelas com quem eu não me consigo chatear a sério, ter um ataque de raiva e dizer tudo de uma vez; essas são as que eu tenho medo de magoar mais do que a mim mesma, e então prefiro nem dizer nada e afastar-me. E, incontornavelmente, são essas as que me magoam.

confesso-me

Antes do natal eu era gorda.
Agora sou um tanque de guerra.

juro

Não tenho feito nada desta vida e mesmo assim o tempo parece-me passar a correr. Sei lá. Daqui a bocado é natal outra vez e eu ainda nem sequer consegui acabar o exercício que comecei há quatro meses. Sou uma triste.

autopsicografia

Não estava feliz nem infeliz, só se sentia desamparada. Caminhou em direção à praça principal da pequena vila quase sem dar por isso; a árvore de natal improvisada no centro dava um ar ainda mais triste à praça quase vazia; ninguém parecia querer saber de nada. 
Sentou-se num pequeno banco de madeira, já carcomido pelo tempo, e tirou da mala um livro. Ficou a ler enquanto o vento lhe balançava o cabelo, já por si revolto, e se sentia a enregelar; a camisola de malha lã demasiado grande quase lhe cobria a totalidade dos dedos, deixando só as unhas, sempre pintadas de preto, de fora. Estava sozinha, como sempre estivera, somo sempre se sentira. Por qualquer motivo, começava a estar certa de que era a sua melhor companhia, ainda que tantas vezes se tentasse destruir a ela mesma. podia perfeitamente viver assim; a ler. A tentar conhecer tudo um pouco do mundo. Mas de que lhe adiantaria a cultura se ninguém quisesse saber dela? Se ninguém a quisesse ouvir?

Apercebeu-se pela primeira vez do quanto a sua vida era vazia. Voltou a pousar os olhos no livro, mas já não conseguia ler. Sentia-se inútil. Estupidamente inútil. De vez em quando, olhava à volta, como se estivesse à procura de alguém, quando na verdade só queria que alguém a encontrasse e lhe mostrasse que ainda valia a pena.


Nesse dia, a questão que lhe assomava a mente era sempre a mesma; se eu desaparecesse, alguém daria pela minha falta?
Teve medo de saber a resposta.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

3 boas razões para eu começar a dormir mais

Disseram-me que tinham sacado bons ebooks no site da bq. Eu li bp.
Um rapazinho pergunta-me se não quero os livros do millennium. Eu digo que sim, mas pergunto quais são. Na minha cabeça fazia todo o sentido que um site de bombas de combustível e o de um banco tivessem ebooks. Depois ele lá me explicou que não, que afinal millennium é a saga. 

Para acabar, meti gosto na foto de um puto qualquer que nunca vi mais gordo, a pensar que se tratava de um rapaz que foi da minha turma nos últimos 3 anos. Mas okay, eu estou bem. 

Só acho que o meu neurónio solitário faleceu.

cartas que não vou enviar

Não sei onde estás agora, nem o que é feito de ti, mas não tenho pressa de te encontrar. Mentiria se dissesse que não te sinto a falta nas horas mortas, que não dou por mim a procurar-te nos sítios mais improváveis onde, no fundo, sei que nunca te poderia encontrar - mas quem não o faz? É outro dos sintomas de se estar apaixonado e, por mais que eu fuja à pergunta, por mais que me faça desentendida, não posso negá-lo. Estou apaixonada. Estou apaixonada por ti. Mas, um dia destes, encontro-te por aí. Encontro-te quando calhar e vai saber-me às mil maravilhas.

Temos tempo. Não. Não temos tempo - mas andar em ânsias só fará com que ele passe cada vez mais lento e mais doloroso, e o medo de te ver ir embora se apodere de mim e me paralise; hoje é mais fácil acreditar que somos eternos e que temos todo o tempo do mundo para nos encontrarmos e desencontrarmos a vida toda até nos acertarmos de vez. É mais fácil acreditar nesse laço invisível ou num deus qualquer que nos devolva sempre ao caminho que nos leva de volta um ao outro. Ou a nós mesmos.

Ou talvez esse laço não exista, mas o azul do céu também é uma ilusão e a maior parte das pessoas passa a vida toda a contemplá-lo apaixonadamente sem fazer ideia de que o que olham nem sequer existe. E eu quero acreditar que nunca vou precisar de me despedir de ti, quero acreditar que serás sempre a presença segura na minha vida. Sobretudo, quero acreditar que voltarei sempre para ti e que, se fugires, fugiremos juntos.

Dizem-nos tantas vezes para sermos felizes, mas não nos explicam como. Sempre achei que é mais ou menos o mesmo que nos pedir que façamos um bolo sem nos darem a receita, mas finalmente percebi. O truque é sermos nós a inventar a receita. A nossa própria receita - com tudo o que mais gostamos. Acho que descobri do que quero fazer a minha felicidade de coisas erradas, e quero fazê-la contigo. Quero andar por aí a baralhar o mundo. Quero fazer tudo o que não for normal; tomar o pequeno almoço às três da manhã e jantar às duas da tarde. Passear um canguru com uma trela no meio de uma grande cidade. Quero ir para a praia em pleno inverno e passar o verão com  roupa polar. Quero fazer tudo o que não estiver certo para nos acertarmos de vez. Ou para, finalmente, os nossos erros parecerem as coisas mais certas do mundo.

Ou talvez nem precise de nada disto. Talvez só precise de ti. Onde estás?

reflexões de uma mente perturbada

Não confio nas pessoas e não consigo ligar-me a elas. Ou melhor, consigo, mas não quero; ou se o faço, não admito. Se alguém desaparece da minha vida, eu faço de conta que não me importo, mesmo que esteja a morrer por dentro. Sou incapaz de dar parte fraca, de correr atrás de quem quer que seja.

Ainda assim, há pessoas de quem eu gosto mesmo. Pessoas por quem eu seria capaz de fazer tudo e mais alguma coisa, a quem eu me entrego de boa vontade, com a esperança de que não me deixem mal. Mas, ainda assim, também essas me desiludem. Provavelmente graças ao meu desapego, à minha dificuldade em me ligar a quem quer que seja; o golpe é sempre mais difícil de suportar do que se fosse dessas pessoas que amam toda a gente para toda a vida, porque acabo indubitavelmente sozinha.

Então, eu prefiro ir embora. Mesmo que me custe, mesmo que eu saiba que parte de mim ficou ali - prefiro fugir. Talvez seja puro egoísmo, mas eu não sei ser a que fica a mendigar atenção, à espera que, por algum motivo, alguém se lembre de que também estou aqui para as horas boas e não só para lamber feridas. Posso até ficar com saudades, mas não fico onde não faço falta. Nem volto.

são vidas

Estou mais ou menos grata ao pobre neurónio solitário por nunca ter feito de mim o tipo de pita que escreve um testamento em cada descrição de foto para dizer às amigas o quanto as ama para toda a vida.

O pior é que eu ainda vejo gente da minha idade a fazer isso.

e é branco, todo fofinho

Já não me lembrava do que era ter um telemóvel que não passasse mais tempo com o carregador do que comigo. Okay, afinal só passaram 48 horas desde que o liguei e o bicho já só tem 6% de bateria, mas de qualquer forma é mais do que o meu ex, antes do suicídio, algum dia aguentou. 

se eu não reclamasse é que era mau

Não gosto daquelas mensagens feitas que se passam de telemóvel em telemóvel no natal, ano novo, páscoa, dia da mulher, dia do atum enlatado, and so on. É mais ou menos como aquelas mensagens correntes do se não enviares isto a 30 pessoas em meia hora, na próxima sexta feira 13 toda a tua família será chacinada durante o sono, com a diferença de que a praga é só mesmo a de, provavelmente, receber a mesma mensagem vida de oito pessoas diferentes, duas delas a viver na china e outra em marte.

Se querem dizer alguma coisa a alguém, digam mas com as vossas palavras. Escrevam o que querem dizer. E, se não vos apetece desejar bom natal a alguém, for god's sake, não desejem. Não digam nada. Só isso.

és tão deprimente, moça

À falta de milagres maiores, acho que consegui fazer o da multiplicação das cuecas. Pelo menos, é a única razão que eu encontro para, da última vez que dormi em casa da patrícia, ter regressado ao meu habitat natural com um par de cuecas a mais que, por coincidência, são iguais às da mãe da bicha. 

Passado uns tempos, devolvi o dito. Também não eram da mãe dela.
Ninguém sabe de quem são as cuecas.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

im still alive but im barely breathing

Quando o meu gato era pequeno comia tanto que eu chegava a ter medo que o bicho explodisse da próxima vez que inspirasse.
Estou a experimentar exatamente a mesma sensação.

ainda não sei se gosto disto

Por estes dias fala-se do regresso do harry potter. A mim só me parece que há alguém que gosta muito de brincar com o fogo. Depois daqueles sete livros, as expectativas não poderiam ser mais altas, e ou bem que os livros saem absolutamente geniais - como os outros -, ou mandamos a j. k. rowling para a forca por ter estragado tudo. Já para nem falar do ataque de nervos da mommy quando a triologia sair porque, vá, entenda-se, boa ou má, sei que não lhe vou resistir.

São vidas.

sorrir e acenar

Se o natal já me deprime, a passagem de ano deixa-me com um esgotamento nervoso. Se me apanho em janeiro ainda penso que é mentira.

a nostalgia dos dias felizes

Enerva-me um bocado aquela cena de haver coisas de natal espalhadas por todo o lado desde outubro, mas confesso que até gosto de andar pelos centros comerciais em dezembro, com músicas de natal e enfeites e cenas. 

Em contrapartida, não gosto do natal. Já não me lembro da altura em que adorava, mas agora gosto cada vez menos. Não gosto de não poder estar com toda a minha família, não gosto de ter de estar só com as poucas pessoas mais próximas que não vivem em frança. Não gosto da distância. Não gosto do silêncio dos natais longe da maior parte das pessoas de quem mais gosto. Não devia, mas estou a deprimir pra caralho. Tenho saudades.

na melhor altura

Ali estava outra vez: escolher aquilo em que acreditar. Queria a verdade. Porque é que toda a gente se mostrava tão decidida a impedi-lo de chegar até ela?

J. K. Rowling,
harry potter e os talismãs da morte

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

nunca vou entender

Depois da praga do sozinho em casa e dos 101 dálmatas a passar mais do que uma vez durante dezembro, temos agora entrelaçados todos os anos. Todos. Os. Anos.

Até quando?

all i want for christmas,

Quero parar de jogar contra ti. É uma boa altura para começarmos a jogar lado a lado.
Não nos percamos outra vez. Por favor.

oh, thank god

Depois de quase dois meses com um dinossauro a fazer de telemóvel, a minha tortura acaba aqui. Consegui resistir-lhe desde domingo e só me vou apoderar dele logo à noite, mas para todos os efeitos tenho, finalmente, um bicho que me permite fazer mais do que demorar meio ano e mais três dias para escrever uma mensagem que diz pouco mais do que bom dia.

normalidade vs patrícia

Eu podia perfeitamente ser normal e ter medo da trovoada como quase toda a gente, mas não. Eu adoro trovoada e morro de medo do vento. 

confesso-me

Tinha planeado fazer imensas coisas nestas férias, mas agora que penso nisso acho que fiz pouco mais do que engordar. E as festas ainda nem começaram.

sou adorável

Outra das possíveis respostas à pergunta «mas porque é que não tens amigos, patrícia?», pode começar exatamente por aquele momento em que uma mocinha publicou num grupo secreto de conspirações qualquer coisa sobre estar muito chateada porque a stôra de matemática lhe deu uma nota mais baixa do que aquela que ela merecia, e tudo o que eu me lembrei de fazer, foi espetar uma imagem na caixa dos comentários:

Eu ri-me mas ninguém respondeu mais. Acho que é por isto que não tenho amigos.

ironia é

O filme da cinderela começar com uma música que lá para o meio diz qualquer coisa como cinderela, como é doce o teu olhar.

Porque eu tenho tudo de doce.
Especialmente o olhar.

meus ranhosos,

Feliz natal!

oh happy day

Teria sido simpático hoje não estar um tempo de merda tendo em conta que tenho um trilião de coisas para fazer na rua. E com "na rua", leiam, fora, longe. Conduzir com chuva e vento. Adoro.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

curtas

Há uma girafa que parte o pescoço de cada vez que alguém faz a típica piadinha "então até para o ano, colega!". E a pena é mais pesada quando decidem dizer "só nos voltamos a ver daqui a um ano!".
Não, meus filhos, não. Digam até amanhã e basta.

the final countdown

Não sendo a mais supersticiosa das pessoas deste mundo, sempre tive um problema qualquer com o número 13. Ao que parece, tudo o que me acontece de bom e de mau na vida tem alguma relação com este número. 

Foi por isso que sempre disse que 2013 ia ser o ano em que tudo me ia acontecer. Ainda não percebi se estava errada ou não, mas é verdade que alguma coisa aconteceu  nos últimos tempos, e eu quero um desfecho para isso - e tenho pouco mais de uma semana. De alguma forma, acredito que ainda pode acontecer. Que este é O ano. Idek. 

a vida é madrasta

Aquele momento fantástico em que uma amiga começa a postar fotos tuas no teu mural. Fotos essas onde apareces estrábica e com a cara coberta de gelado de baunilha, tornando confuso se estarás sob o efeito de substâncias psicotrópicas ou se viraste atriz porno. 

*fungadela sentida* 
Fotos essas que poderão vir a ser vistas por pessoas que nunca neste mundo deveriam tomar conhecimento deste meu lado lady-divina. Pessoas, oh pessoas.

tocou-me o fígado

''Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você.Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio.Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe.Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.''

how to melt my frozen heart


Quero um amor assim.

oh, a ironia.

Say something, i'm giving up on you
I'm sorry that i couldn't get to you
Anywhere i would have followed you
Say something, i'm giving up on you

lontrísses

Não sei se isto também faz de mim uma vergonha para a classe das gordas, mas deve fazer, tendo em conta a cara de quem está a olhar para um allien de um amigo meu quando eu lhe confessei que todos os meus pratos preferidos são peixe. 

Na realidade, eu mesma fiquei espantada quando tomei consciência disso. Vou afogar-me em chocolates para compensar.

então tá.

Eu bem que já andava a estranhar o facto de ultimamente andar a dormir quase tanto quanto as pessoas normais fazem. Então pronto, voltamos ao modo dormir-é-para-conas, e começa a patrícia a sonhar que tem um bufalo no quarto e um cão do tamanho de um cavalo na varanda, enquanto um javali lhe tentava entrar em casa.

Okay, eu sei que sou doida por animais e que dou a entender que, por mim, montava um zoo em casa de boa vontade, mas calma lá. Podemos começar por gatos e coelhos e cenas.

domingo, 22 de dezembro de 2013

ladies,

Mas agora é moda as mulheres andarem todas de barba rija ou sou só eu que tenho muito azar nas pessoas com quem me cruzo?

só isto, obrigada.

I can't fight you anymore, 
it's you i'm fighting for.

mais um dia de blog ao abandono

O que esta altura do ano tem de melhor e de pior é que parece que toda a gente se lembra de que é uma ótima ocasião para comermos até rebolar. Ele são almoços de família, ele são jantares com amigos dos pais. Ele é a lontra obesa a ficar ainda mais obesa.

É triste, mas hoje vou fazer pouco mais do que comer e respirar. Invejem-me.

sábado, 21 de dezembro de 2013

depois da passagem do furacão monstrinhas

Eu nem gosto por aí além de dormir, mas tenho a sensação de que se aterrasse agora, só acordava para o mês que vem. Geez. Recuso a reproduzir-me.

é por isto que ninguém gosta de mim.

quero alguém que goste de mim pelo meu interior,

escreve na descrição a gaja que posta uma foto de cuzito espichado e mamaçal a arejar. Mas é do interior que ela quer que gostem, senhores, pois está claro que estamos a falar do interior. Pelo menos do interior da cabeça todos devem gostar. Nada como uma lufada de ar fresco.

(ou então eu sou só uma gorda ressabiada com mau feitio)

mensagens que não vou enviar

Não gostava que precisasses de mim para viver. Queria que não precisasses mas, ainda assim, quisesses. É essa a diferença.

cartas que não vou enviar

Gosto das cores do entardecer, das horas silenciosas da madrugada e da paz do nascer de um novo dia. Acho que só percebi isso hoje, porque acordei cedo e quase dei por mim grata por isso mesmo. Apesar de tudo.

Sem querer, deixei que me assomasses a mente outra vez. Para te ser franca, e apesar do quão estranho isto te possa parecer, tenho pensado muito em ti nos últimos tempos. E últimos é um eufemismo de que não me orgulho; não me parece bem assumir que não me tens saído da mente nos meses que precederam o hoje. Devia ser um segredo meu.

Adiante. Permiti-me a pensar em ti enquanto olhava para a espessa camada de nevoeiro que tocava o chão à minha volta. De repente, soou-me a uma estranha analogia daquilo que sinto por ti; nunca saberei os perigos que esconde, se não avançar. E posso sempre ficar aqui sentada, a sentir cada átomo do meu corpo a ficar enregelado à medida que o tempo passa e o nevoeiro desaparece, mas sei que estou a perder. Estou a perder tudo o que ele esconde de bom e de mau, por medo de avançar. E às vezes perdemos tanto, mas tanto, só por esse medo absurdo de nos atirarmos. Imagina que dom sebastião está a esta hora à espera que lhe arranjem uns faróis de nevoeiro para o cavalo; na volta, ainda não chegou porque tem medo de enveredar por um caminho desconhecido que não sabe onde vai dar.

Soubesse ele quanto o esperaram aqui. Soubesse ele que valia a pena ter avançado, mesmo sem ver um corno à frente do nariz.

a gerência informa

Escusado será dizer que os posts de hoje são todos agendados porque a esta hora estou eu a ser torturada, o que significa que os comentários só serão aceites mais tarde ou amanhã.

lamento

Não quero meter veneno ou assim, mas coisas como chubby girls are hot too não são mais do que uma manobra para chamarem a atenção. É muito bonito dizer isso, mas quero ver um gajo a olhar para uma miúda gordinha.

(e se, além de gorda, também for feia, sintam-se à vontade para me chamar. quero ver esse milagre a acontecer e sou a melhor pessoa para o testar. ainda pagava para ver alguém a interessar-se por um trambolho tipo eu.)

bad me

Sinto-me sempre a pior pessoa do mundo quando meto as monstrinhas a chorar, mas consegui que isso acontecesse em menos de meia hora em contacto com elas.

Não suporto putos mimados que acham que têm o direito de exigir o que quer que seja. Não suporto criaturinhas aos berros para conseguirem o que querem. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

reflexões de uma mente perturbada

Vivemos na ilusão de que somos mais fortes do que os outros. Os melhores. Os inabaláveis. Não somos; a prova disso, é que nos adiamos e nos anulamos por medo. Todos os dias, enquanto fazemos de conta que somos muito felizes com o que temos. E, mais uma vez, não somos. O problema é que sabemos exatamente o que nos faz falta, mas convencemo-nos de que não é assim tão importante.

Claro que é. Mas somos estúpidos. Antes infelizes do que ridículos! Para quê confessarmos que gostamos do estranho, do absurdo, do errado, quando ninguém nos vai entender? Não, claro que não. É impensável assumirmos que, no fundo, o nosso sonho era guardar um rebanho de ovelhas. O importante é ser uma ovelha no rebanho e deixarmo-nos arrastar. Infelizes, mas normais. Discretos porque ninguém nos estranha.

Estamos infelizes porque tivémos vergonha de ser felizes, mas no fundo, nem queremos saber. Nem sequer precisamos de saber onde vamos; sigamos o rebanho.

rendo-me

I’m on your magical mystery ride
And I’m so dizzy, don’t know what hit me, but I’ll be alright

Confesso que faço parte dessa massa que começou a gostar da all of me do john legend depois do jair a ter cantado no fator x. Apedrejem-me.

oh, vidas

Sei que a minha vida atingiu o auge do divertimento quando dou por mim a ver um vídeo com quase 15 minutos de dois gajos a fazerem um piercing no mamilo. 

É neste momento que me agarro às minhas próprias mamas microscópicas e saio de cena.

donas de casa desesperadas

Na falta de uma máquina de secar e perante as dificuldades atuais de enxugar a roupa graças a este tempinho bom, a lontra da casa achou que podia ser boa ideia espetar com a roupa para dentro da máquina e meter a centrifugação no máximo, só naquela de ver se secava mais depressa.

Resultou! - a roupa saiu sequinha, sequinha. Tão seca, que está tesa. Nicely done, patrícia.
O que vale é que só me dá para rir.

pelo menos é só um dia

Não é que eu não goste de crianças ou assim, mas ouvir a minha mãe dizer-me que amanhã vou ter de levar outra dose de monstrinhas o dia todo - e note-se, para minha grande infelicidade, estes dias estendem-se até às 2 ou 3 da manhã -, partiu-me o coração.

Eu sei que às vezes sou um bocado má, mas não mereço tamanha tortura de beijos e abraços e baba e gritos e... foda-se. Aquelas são as miúdas mais insuportáveis e mimadas de sempre e eu não tenho a mínima paciência para passar o dia com elas outra vez, mas não tenho por onde fugir. Boa, boa.

Vou comprar um bilhete para o cazaquistão.

ataques de bom feitio

Se eu me vier a transformar numa velha cheia de rugas vincadas a parecer as pregas do focinho de um bulldog, saibam que a culpa é maioritariamente das pessoas conas que cruzaram a minha vida que só não me começam a fazer cabelos brancos aos 18 anos, porque eu os pinto.

Sinceridade a mais também pode ser fatal, reconheço-o, mas, ainda assim, estou eternamente grata por a minha personalidade parecer ter sido moldada por um ser diabólico sem filtros e com muito mau feitio. Não que seja necessariamente bom - e, deixem-me que vos confesse, às vezes considero-me bastante esbofeteável só por esta mania de que posso dizer o que me apetece -, mas pelo menos ninguém me pode acusar de fingir isto ou aquilo. Não finjo porque não consigo fingir. Agora, não me peçam para entender gente conas. Gente que vive conformada com tudo, que está sempre feliz nem que lhe estejam a cortar uma perna às postas para servir ao castelo branco na noite de natal. 

Não acho que seja falta de educação admitir-se que não se gosta desta ou daquela pessoa. Falta de carácter é fazer-se de amiguinho quando diz horrores da pessoa nas costas; mas não me podem culpar por não conseguir gostar de toda a gente, e menos ainda por não fingir que gosto. Não me venham com merdas de que vale mais a pena calarem-se do que estragar uma amizade - se falam nas costas, é porque alguma coisa não está bem, e se não está bem, ou se resolve ou se corta o mal pela raiz. 

Talvez eu seja um bocado cabra mesmo - peço desculpa, mas ninguém me paga para andar aqui a fazer-me de queridinha do povo. Quando não gosto, digo que não gosto e ponto final. Mas não venham chorar para aqui que estão fartos desta e daquela pessoa quando lhe continuam a beijar o cu. Não façam isso, gente, não queiram testar a minha paciência.

"férias", dizem eles

Ontem tive de passar uma montanha de roupa a ferro e hoje tenho de limpar a casa. Estaria tudo bem - inacreditavelmente, eu gosto disto - não fosse dar-se o caso de a puta da gripe fazer com que eu fique ofegante de cada vez que dou mais do que dois passos seguidos.

Ou isto sou eu a treinar para a obesidade mórbida que vou atingir logo à noite porque... estou a babar por gauffres com gelado e com nuttela devoradas à lareira. É só.

mensagens que não vou enviar

Apanhaste-me de surpresa e eu não te podia estar mais grata por isso. É a primeira vez que acredito que pode de facto haver alguma coisa boa na minha vida. Como tu.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

é isso mesmo.

Passo a vida a bater com a cabeça nas paredes, mas não desisto. E porquê? Porque antes uma desilusão do que uma ilusão eterna. E, como me disseram no outro dia, se fizeres alguma coisa, provavelmente até te vais desiludir, mas acabas por esquecer... agora, se deixares isto assim, vais ficar sempre a perguntar-te porque raio nunca fizeste nada.

E isso é que eu não admito.

eu, linda

Outra prova de que eu estou toda atrofiada do sistema é que ontem espetei com amaciador no alto da pinha. Assim, como se fosse champô.

Isto vai dar-vos um leve vislumbre do quão princesa eu sou; imaginem o meu cabelo tão ou mais oleoso do que o da mariah carey, e pronto, cá têm a patrícia aka cinderela aka alfredo ernesto. Transpiro sensualidade.

ou demasiado fêmea, ou demasiado macho

Estão a ver aquela teoria absolutamente adorável de que as gajas, quando estão doentes, são muito menos piegas do que os gajos? Bem, esta é só mais uma prova de que eu sou um gajo aprisionado no corpo de um trambolho do sexo feminino.

Sério. Estou aqui toda carente como se uma constipação fosse de facto uma coisa do outro mundo. Às vezes nem eu me entendo.

eternamente lontra

Eu podia ser uma pessoa mais feliz do que as outras por detestar todos os doces típicos do natal e, só por isso, supostamente não voltar para a escola a rebolar. O problema é que, tal como eu não gosto dos doces que por aqui se comem, mais ninguém cá em casa gosta das toneladas de porcarias que eu faço para mim mesma por não gostar de filhós e fatias douradas e cenas.

Já me sinto a ficar diabética só de pensar na minha sagrada mousse de oreo. 

cartas que não vou enviar

Tenho uma facilidade incrível em apaixonar-me e em desapaixonar-me. Pelo meio, sofro como se tivesse chegado a sentir um desses amores incomparáveis e o mundo fosse acabar. Depois passa. Arruma-se o mundo outra vez e estou pronta para recomeçar.

Contigo, foi diferente. Por mais que não entenda sequer o que raio me liga a ti, não consigo esquecer-te. E demorei mais tempo do que me orgulho a aperceber-me disto; nunca me esquecia de ti, mesmo quando ocupava os dias a fingir que já não me importava contigo. Tu farias qualquer outro desaparecer da minha vida em menos de dois minutos - e não merecias tal poder. Nem mereces.

O que se passa é que gosto demasiado de ti. Não ouso chamar-lhe amor - nem poderia fazê-lo, de jeito algum -, mas o que sinto por ti é demasiado peculiar. E posso vir a gostar mais de alguém, posso vir a experimentar conjugar o verbo amar na primeira pessoa, mas estou certa de que nada será igual ao que poderia ser contigo. 

Não consigo isolar em ti uma qualidade que me sirva de justificação plausível para estar apaixonada por ti há tanto tempo. Com sorte, arranjo-te mais facilmente meia dúzia de defeitos e, ainda assim, é de ti que eu gosto. É a ti que eu confundo com um trilião de outros rapazes porque, ainda que inconscientemente, é por ti que eu procuro. E também é contigo que sonho uma e outra vez - porque os meus sete derradeiros segundos antes de adormecer te são quase sempre dedicados. É de ti que eu gosto, e isso aterroriza-me. Ao contrário do que me disseram um dia, não és o meu porto seguro. És talvez o sítio mais perigoso onde algum dia atraquei - mas, ainda assim, é para ti que eu insisto em voltar.

Não consigo imaginar sequer o dia em que terei de te dizer adeus, sem ter direito a pronunciá-lo. Não consigo imaginar o dia em que terei de assumir que acabou e que não posso fazer nada quanto a isso. Não me quero afastar de ti - preciso dessa tua presença certa, ainda que silenciosa, na minha vida. E que se alguma coisa tiver de mudar, que seja esse silêncio cortante - porque eu acredito que hajam amores maiores, amores melhores, mas estou certa de que nunca mais vou encontrar ninguém que me desperte as mesmas sensações que tu, que consiga despertar dois lados opostos de mim mesma e deixá-los num eterno conflito, até que um deles mate o outro e eu perceba se fico ou se fujo.

E por mim, ficava contigo eternamente - um eternamente redesenhado todos os dias, que tanto podia durar duas semanas como para sempre. Bastava-me que tivéssemos direito a ele; a uma promessa de que tudo isto tinha valido a pena. À certeza de que não nos íamos perder.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

convenço-a sempre assim

Eu sei que estou sempre a falar mal do criador e a criticar a forma como distribuiu as virtudes por esse mundo fora, essencialmente por me tratar como a filha bastarda e me ter transformado num belo de um trambolho sem ponta por onde se lhe pegue. Mas hoje, e só hoje, tenho de confessar que ele sempre me atribuiu algo de bom.

Na falta de bons argumentos, ou de um belo par de mamas que me sirva de forma de persuasão, sempre me dotou da capacidade de ficar com um olhar à gato das botas, ainda que este surja quase sempre sem eu querer, nas mais variadas situações.

Pode não me adiantar de muito, mas pelo menos com a mommy da casa resulta. 

fantasmas antigos

Quando era pequena, estava tão farta de hospitais que fazia de tudo para que ninguém se apercebesse quando estava doente. E, se se apercebessem, fazia tudo e mais alguma coisa para não me obrigarem a ir ao médico. Acho que vivia convencida de que uma dor de garganta eram um motivo mais do que suficiente para atirarem comigo para uma cama de hospital e, por qualquer motivo, morria de medo de ser internada outra vez.

Só agora me dei conta de que, com 18 anos, continuo a fazer exatamente a mesma coisa.

tão linda

Não faço a mínima ideia de quantas vezes já me constipei este ano, ou se em algum momento deixei de estar constipada, mas hoje, e só por ser o primeiro dia de férias, estou especialmente doente. Estou a adorar. Desde que acordei até agora fiz pouco mais do que atirar-me para o sofá, enrolar-me em 92982 mantas, tossir e aparar os constantes jatos de ranho. Mas quem é que precisa de estar contente quando pode estar vestida à mendigo, cheia de dores de cabeça e de garganta e com voz de garrafão? E os meus olhos de peixe que me dão aspeto de toxicodependente a ressacar? 

Nada melhor neste mundo. Nunca melhor em lado nenhum.

e com isto me retiro


Amor verdadeiro é isto.

para acabar.

- Não pode desistir sem lutar por ele.
- E se eu perder? - murmurou laura.
(...)
-  Então terá apenas que varrer os cacos do seu coração destroçado e seguir em frente tal como eu fiz.

Teresa Medeiros,
um beijo inesquecível 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

isto

Não era a pessoa que ela inventara, mas sim um homem complicado, moldado por boas e por más influências. Apenas desejava que isso a fizesse desejá-lo menos e não mais.

Teresa Medeiros,
um beijo inesquecível

ups, i did it again

Acabei de me aperceber de que transformei este blog no muro das lamentações nos últimos tempos, o que se deve, por um lado, à minha falta de tempo para pensar em muito mais do que os meus dramas do costume, e por outro à subida drástica do número de dramas do costume assim, de um momento para o outro. E o pior de tudo é que vocês ficam a ver navios porque os meus posts parecem charadas indecifráveis aos demais, o que se nota até pelo número de comentários e pelo número de seguidores que me fugiram.

Mea culpa. É desta que viro uma blogger decente.

é só

Há um golfinho bebé que se suicida por cada pessoa que canta bô tem mel. Stfu.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

pequenos génios

Mas esta gente achava que eu não ia saber quando é que começavam as férias, e então vai de espetar com 298728010930 estados sobre isso. Não sou eu quem tem mau feitio, as pessoas é que são parvas.

but im freaking out

Estou tão habituada a que tudo me corra mal, que fico com medo quando percebo que pode correr bem. 

ainda mais dramas

Ainda que não entenda porquê, tenho pavor de ratos desde sempre. Agora, e ainda que desconheça igualmente o motivo, deu-me para tentar contrariar isso, porque afinal os hamsters são bolinhas de pêlo adoráveis e é absolutamente ridículo eu morrer de medo deles.

Pois sim. Estive mais tempo do que me orgulho a tentar tocar num, e vim-me embora sem sequer lhe chegar a mão ao pêlo. Os olhos deles metem-me medo pra caralho, e aquelas patitas fazem-me impressão. Valha-me deus.

dramas

Ao que parece, eu ando rodeada de bichos desde os meus tempos de monstrinha de berço, especialmente gatos. O meu problema é que o meu gato não passa quase tempo nenhum em casa e eu tenho saudades de ter um bichinho a quem torturar com mimos nos dias maus.

Aliás, nem é aí que reside o problema. O drama está em convencer os meus pais a deixarem-me criar o meu próprio zoo. Isto porque, vejamos: quero um cão, porque tenho saudades de ter cães. Quero mais gatos, porque cenas. Quero uma caturra porque sempre gostei delas e nunca tive nenhuma. Quero um coelho porque são adoráveis. E um crocodilo, um elefante e uma girafa. Idek. Vou tentar uma abordagem suave.

olha aqui tão bom.

I can’t fight you anymore
It’s you i’m fighting for
The sea throws rocks together
But time leaves us polished stones

We can’t fall any further
If we can’t feel ordinary love
And we cannot reach any higher
If we can’t deal with ordinary love

domingo, 15 de dezembro de 2013

maravilhas desta vida

Consegui ficar doente outra vez. Parabéns a mim e à minha voz rouca e (nada) sexy.

e o blogger é o meu grande amor

Apaga-me todos os comentários que me foram feitos durante 5 dias consecutivos e diz que fui eu. Hoje publica-me 3 posts iguais na minha ausência. Muito obrigada pelo carinho, mas eu ia preferir que os deuses supremos do blogger me deixassem gerir o blog sozinha. É só.

my parents raised a weird child

Só agora é que me dei conta deste triste facto, mas desde que tenho quatro marcadores magnéticos - um verde, um azul, um rosa e um laranja - que os tento combinar sempre com a capa do livro. É inconsciente, mas é estúpido que dói.

Às vezes nem eu compreendo as minhas pancadas. Geez.

"és uma seca, patrícia!", obrigada.

Desde que me apercebi de que a mommy cá de casa ficava à beira de um esgotamento de cada vez que eu comprava mais um livro que decidi que vou oferecer livros em todos os natais, aniversários, dias da mãe, do pai, do gato e do coelho. Idfc. Ao menos tenho uma desculpa e ainda tenho uma oportunidade para os ler.

Isto porque tenho andado demasiado parada desde que começaram as aulas. Que me lembre, só li uns 4 livros. Agora, voltei a devorá-los - e abençoado seja o dia em que ofereci um beijo inesquecível à outra puta.

demasiado à patrícia

Apesar do que lês nos teus livros tolos, não podes andar por aí a matar pessoas só porque não gostam de gatos. Ou de ti.

Teresa Medeiros,
um beijo inesquecível 

lá está.

- Não reparaste no modo como ela olhava para ele - disse george, zangado. - Era como se lhe agradasse o tipo de morte que essas mãos pudessem trazer.

Teresa Medeiros, 
um beijo inesquecível 

sábado, 14 de dezembro de 2013

livin' la vida loca

Apesar de sempre me ter enervado andar devagar, achei sempre que, quando chegasse a minha vez de conduzir, me ia borrar toda e que ia ser o velho do trator para todo o sempre. Well, acontece que não sou. E distraio-me mais vezes do que as que seriam aconselhadas para alguém que tem uma carta provisória nos próximos 3 anos.

Hoje passei pela polícia a 130 numa estrada onde o máximo era 90. Breathe in, breathe out, correu bem.
Desta vez.

este post é vosso

Don't even ask, mas parece-me bem fazer isto de vez em quando. Esta caixa de comentários é vossa, anónimos, gente sem blog, ressabiados, idc. Façam o que quiserem, digam o que quiserem, usem e abusem. Falem-me de vocês, contem algo que nunca contaram, ou digam-me tudo o que sempre me quiseram dizer e nunca calhou. Façam-me perguntas ou critiquem-me se vos apetecer. E isto vale para qualquer pessoa, em qualquer momento que encontre este post.

Falem agora ou calem-se para sempre.

relaxa que tudo se encaixa, dizia-me a joana

Estou tão habituada a que tudo me corra mal, que me custa acreditar que, desta vez, possa ser diferente. Mas, sei lá... talvez seja. Que seja. Acho que já merecia que alguma coisa me corresse bem.

é do hábito

Apercebi-me de que me é infinitamente mais fácil aceitar uma crítica do que um elogio. E também só agora descobri o quão triste é eu continuar a achar que só me elogiam por pena.
Gostava tanto de conseguir gostar de mim, por um bocadinho que fosse! Geez. O que raio ando eu a fazer da vida?

manias

Costumo olhar para as pessoas com cara de cu. Às vezes, nem é por mal, é só mais uma das minhas maneiras parvas de me proteger. Outras vezes, uso e abuso da minha capacidade de ficar com o olhar mais à psicopata que se possa imaginar, só para demonstrar às pessoas que não gosto delas.

E isto é essencialmente ridículo porque eu só pareço má de boca fechada porque a minha voz nem ao meu gato impõe respeito.

cartas que não vou enviar

Vivemos na ilusão de que o tempo é a resposta para tudo. De que o tempo cura tudo. Bem - não cura. Pode amenizar dores e atenuar paixões, mas não acaba com nada que tenha sido deixado pendente. O nosso mal é contentar-mo-nos com um ponto e vírgula e fingirmos para nós próprios, dia após dia, que pode ter o valor de ponto final, e nem nos apercebemos de que continuamos a remoer no mesmo assunto. De que insistimos em bater na mesma tecla.

Se, daqui a muitos anos, retomares essa mesma história, ela vai estar no ponto onde a deixaste, independentemente do tempo que tenha passado. Talvez te doa menos, mas também te pode doer o dobro. Nunca podes afirmar no presente o que te vai ou não trazer arrependimentos no futuro. Às vezes, as decisões mais loucas levam-nos para o abismo. Outras vezes, trazem-nos uma felicidade que nos seria, possivelmente, para sempre desconhecida se não tivéssemos arriscado. O que custa é sempre a escolha - porque temos medo de ser felizes, porque preferimos ficar onde sabemos que teremos sempre um lugar confortável.

Custa-me ver-te agir como se fosses do dono do tempo. Como se não te pesasse a passagem dos dias e a certeza de que, chegado ao fim, todas as tuas hipóteses se acabaram. Não compreendo do que é que estás à espera - meu amor, o tempo esgota-se ou a pessoa cansa-se de esperar. Se queres falar, fala já. Corre, antes que a coragem te passe, e diz tudo antes de saberes o que queres dizer. Às vezes, vale mesmo mais não pensar e deixar que sejam os sentimentos a falar por si. 

Se queres mesmo, despacha-te. Faz o que tens a fazer antes que ela se canse do impasse em que deixaste a vida dela. E talvez nem resulte - talvez ela não te perdoe - mas precisas de o ouvir da boca dela. Precisas de a ouvir contar-te sobre o quão idiota foste com ela, para ver se aprendes. Para ver se percebes, de uma vez por todas. Mas, se não quiseres, fica aí e não faças nada. Deixa-a ir embora. Talvez nem lhe sintas a falta - ou talvez percebas que nunca nada no mundo vai ser o mesmo sem ela.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

eu e a sorte

Encontrei um rapazinho que não via há imenso tempo. Ele é só um ano mais velho e conhecemo-nos praticamente desde o nosso tempo de monstrinhos de berço a arrotar a leite azedo. Ora, eu podia perfeitamente encontrá-lo em qualquer dia da semana, a qualquer hora, mas não. Foi a seguir à aula de aeróbica que, ainda por cima, hoje foi um atentado às lontras como eu e sinto que amanhã vou precisar de uma mãozinha para me arrancarem o cu da cama.

Ficámos a falar durante um bom bocado. Okay. Quando cheguei a casa é que vi o meu estado; a transpirar que nem um cavalo égua, que eu sou uma lady fina, toda vermelha e algo parecida com um panda, já que, sempre atrasada, já não tive tempo de tirar o eyeliner. Okay, patrícia, depois queixa-te que não tens amigos.

repelente de pénis, parte mil

Eu sou só tão... estúpida. E feia. E gorda. Okay, é só.

dramas de uma vida

Há dias em que sinto a falta de acreditar num deus. Não é que não acredite por completo - mas não me acalma, não me conforta. E às vezes, em dias em que toda a ajuda me parece pouca, eu dou por mim a desejar não ter este feitio e não ter deixado de acreditar, e conseguir continuar a ser a menina católica que em tempos fui que ainda conseguia acreditar que alguma de coisa boa virá para me compensar de todo o mal. Agora, não consigo.

Percebi que quero, mais do que nunca, que alguma coisa me aconteça de bom. Percebi que preciso disso. Mas também me apercebi que, à custa de me ter entregue ao agnosticismo, não me lembro de como rezam os católicos e não sei como rezam os outros. E então, dou por mim a tentar falar com um deus em que nem sei se acredito - a tentar que ele me ouça. E que resulte desta vez.

you're so mean, patrícia

Não quero parecer má pessoa, mas ninguém me tira da ideia que a única música que o coro de santo amaro de oeiras canta é o a todos um bom natal, e que é por isso que o deixam fechar todas as edições do natal dos hospitais. Todos. Os. Anos.

É o momento de glória deles.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

weirdos

Há uma gaja que, pelos olhares de víbora que me começou a mandar, passou a odiar-me por eu me dar bem com o namorado dela. E isto é incrível, porque entre todas as gajas bonitas com quem ele se dá, ela decidiu odiar-me a mim, que sou só a última criatura de que qualquer ser com um par de olhos tem ciúmes. Mas tudo bem, eu também nunca gostei dela.

sério

Devo ser a única criatura com o dom de se esquecer de almoçar e não tem fome para jantar. Pelo meio, comi uma maçã e uma nata, e mesmo assim ainda achei que ia começar a vomitar tipo miúda do exorcista porque acho que já enjoei as natas. 

Qualquer coisa e eu começo a dizer que esta barriguinha de cerveja afinal é só por estar subnutrida. Nada de ser uma lontra obesa porque devoro este mundo e o outro.

reflexões de uma mente perturbada

Não acredito nisso das almas gémeas como sendo duas pessoas que andam perdidas pelo mundo uma à procura da outra e, só com muita sorte, se encontram. Não acho que estejam predestinadas. Mas até acredito que, sei lá, às vezes, quando conhecemos alguém, se dá aquele tal click inicial e uma pessoa comum passa a ser a pessoa perfeita sem darmos por isso.

Acredito que as almas se liguem de tal forma que seja difícil, ou mesmo impossível, para nós, enquanto corpos, entendermos o porquê. Talvez nunca cheguemos a compreendê-lo. Talvez nunca cheguemos a fazer nada com isso, mas podíamos. E neste caso, podíamos ser mais, podíamos fazer mais, só não fizémos porque não quisémos. Ou porque não soubémos por onde começar.

e as letras que doem e da autoestima que mata

Chorei
Mas não sei se alguém me ouviu
E não sei se quem me viu
Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde
Vou ser forte e vou-me erguer
E ter coragem de querer
Não ceder, nem desistir, eu prometo.

(...)

Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci
Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado onde estava
Onde não pensava, não existia e não chorava

e o pior é que não gosto de me contrariar

Só agora é que me apercebi do quão orgulhosa sou. Sério. Nunca nesta vida eu dou o braço a torcer por ninguém; posso estar a morrer de saudades, mas não digo nada porque o silêncio da outra pessoa só pode significar que não sente a minha falta. Ou posso até já não ter motivos para estar chateada, mas continuo à espera que seja a outra pessoa a adivinhar que eu quero falar. E porque é que faço isto? Sinceramente, não faço ideia. 

Acho que é para reforçar a ideia de que sou mesmo má, ninguém me pisa e não corro atrás de ninguém porque me estou a cagar para toda a gente. O problema, é que não estou. Que merda de feitio que eu tenho.

o apocalipse começa aqui

Não sou de intrigas, mas desconfio que estou a ser possuída pelas forças do mal. É a única desculpa plausível para ter, neste momento, uma música do eminem e três do macklemore no mp3. Sério. Não sei o que se passa comigo.

A seguir entro para o rancho dos pauliteiros. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

sinto que sei mais do que o suposto

Isto não devia ter acontecido, mas descobri que a minha avó e a avó dele, fisicamente, parecem gémeas separadas à nascença. Preferia que nunca me tivessem dito nada, god.

sobre o teste de matemática em vésperas de física.

Uma coisa é eu ser burra, infinitamente burra, e perceber tanto de matemática quanto de russo, e o teste correr-me mal. Outra, completamente diferente, é eu saber que até consigo fazer as coisas, que percebo a matéria e que até me safo muito bem a fazer exercícios em casa, e chegar ao teste e só fazer merda.
Não me perguntem o que aconteceu. Safoda. Amanhã há de ser pior.

sem mais nada a dizer




Idek, achei querido. Obrigada.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

dona lontra apresenta

Ainda há uns dias eu disse a alguém que os meus chocolates preferidos não se vendiam em portugal, e que eu acabava sempre a rebolar de pança cheia quando alguém das minhas gentes fazia o obséquio de retirar os pés de frança, ou quando eu podia ir para lá uns tempos e me enchia daquilo. 

Constatei que este ano já há cá os ditos chocolates. Agora, eu não sei o que é mais frustrante; se eu estar dependente da sorte para lhes ferrar o dente, ou se os ter aqui, mesmo à mão de semear... quase nem para a caixa ter dinheiro. 

Sério. Aqui vendem-se quase ao triplo do preço de lá. 
Fui cagada no país errado.

mensagens que não vou enviar

Ficas tão mais fofinho ao natural do que quando te tentas armar em bom. Pode ser de mim - mas não gosto da tua máscara de gajo altivo. Não o és. E é com ar de perdido e de puto irrequieto que eu gosto mais de ti.

Ao menos, não me pareces arrogante. Pareces-me só adorável.

provavelmente, o momento mais triste aqui partilhado

Acho que se nota que eu não sou a pessoa mais sociável do mundo, mas às vezes nem é por mal. Não é que eu não queira relacionar-me com as pessoas... mas é difícil saber como. Ou isso ou as minhas paragens cerebrais são mais evidentes quando estou acompanhada.

Por exemplo - e este não é um exemplo aleatório, é uma maneira de escapar à má língua de determinado rapazinho que ameaçou contar a minha triste história -, estão a ver quando apertam a mão a alguém e se ficam a perguntar do que não andou aquela mão a fazer antes de entrar em contacto com a vossa? Ok, talvez não, mas eu sou um bocado paranóica com essas coisas de lavar as mãos, e fico sempre a imaginar que aquela mão esteve agarrada à pila e não teve direito a ver água. My bad.

Então, e mais ou menos ao jeito de indireta, de vez em quando, quando agarro a mão a alguém, digo que não as lavo. Sou estúpida, sei, mas fazer o quê?
O problema é que, um desses meus ataques de estupidez, aconteceu quando o meu stôr de educação física do ano passado me veio apertar a mão.

O que eu queria dizer: olha que eu não costumo lavar as mãos.
O que eu disse: acabei de cagar!


contrabalanceando

O meu almoço de ontem foi um pacote com 3 ou 4 bolachas de água e sal. E não, não foi por ter tido qualquer tipo de desejo repentino de me pôr uma lontra fina - não me apetecia almoçar.
O meu almoço de hoje vai ser metade de uma big - ou uma big inteira, depende do apetite - que é só a melhor sandes de frango de sempre. Cheia de molho. E com batatas fritas.

Bem, se me assumir como lontra de uma vez... posso deixar crescer o bigode?

quem diria

At the same time I wanna hug you
I wanna wrap my hands around your neck
You're an asshole, but I love you
And you make me so mad I ask myself
Why I'm still here, or where could I go?

A música é tão má que só reparei na letra quando me disseram que o fizesse. Well... kinda love it.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

na saúde e na doença, até que a morte nos separe

Desde pequena que desconfio que me encontraram no lixo. Esta desconfiança aumentou desde que conheci a patrícia - a puta do blog ao lado. Uma vez que ela é de proveniência desconhecida e foi roubada de uma petshop, parece-me bastante provável a hipótese de sermos gémeas separadas à nascença. Pronto, ok. Ela é uns meses mais velha do que eu mas, anyway, é a única forma de justificar o facto de sermos iguais em praticamente tudo.

Ou isso ou é por termos o mesmo nível de atraso mental. Parece-me igualmente provável. Isto porque é a segunda vez que temos telemóveis iguais - e não, nunca fizémos de propósito para sermos miguitas foréber. Acontece que, como gostamos das mesmas coisas, acabamos por escolher o mesmo. E o próximo... muito provavelmente, também vai ser igual. Somos tristes, sei.

Mas o mais triste disto tudo é que, os nossos telemóveis iguais, estragaram-se praticamente ao mesmo tempo. Da mesma maneira, com a mesma avaria. Agora, somos ambas portadoras de um dinossauro. Ou, por assim dizer, um autêntico tanque de guerra.

Hoje tentámos tirar uma foto com o telemóvel.
(okay, o meu tem câmera, mas é tão boa que é como se não tivesse)

mais do mesmo.

Fujo sempre das pessoas porque, mais tarde ou mais cedo, acabo sempre por ser substituída. É mais ou menos como se eu nunca valesse a pena para ninguém, pelo menos para mais do que queimar horas mortas. No fundo, é só para isso que sirvo. Ou talvez nem para isso. Sei lá. Às vezes gostava que as pessoas também se preocupassem comigo de vez em quando, que quisessem saber realmente de mim, mas isso nunca acontece. Dê por onde der, estou sempre sozinha. E há dias em que não me importo, e que até gosto dessa barreira entre mim e o mundo.

Hoje não é um deles. 

em tempos de mudança

Não tenho feito quase nada, e continuo sem tempo. Não tenho lido, não tenho visto filmes, não tenho escrito. Já não me lembro de ler blogs e - o choque! - tenho tido sono a horas decentes. Talvez não. Sei lá. Ou é porque está tudo a acontecer, ou porque não acontece nada. Nem eu sei o que se passa comigo, mas estou diferente. Ou tenho feito as coisas diferentes. Se vos contasse - a vocês que andam por cá, pelo menos, desde julho - provavelmente nem conseguiriam acreditar no quanto as coisas mudaram. No que eu fiz. 

A vida, nem sempre é boa, mas também não é sempre má. Acho que estou tão habituada a que tudo me corra mal, que até tenho medo de assumir que talvez, e só se calhar, desta vez até está a correr bem. Dizia o mec que o amor é fodido. Se calhar não é só o amor. A vida toda é um bocado fodida, mas às vezes somos nós quem a fode mais. A ver vamos no que vai dar.

lidar comigo é difícil, lidem com isso

Se me perguntam o que quero no natal, digo que não quero nada. Até posso querer, mas não gosto de pedir e não fico triste se não me derem. O que eu detesto mesmo é que me dêem dinheiro.

Até acredito que a intenção seja boa, mas parece-me sempre tão... impessoal. Dinheiro é o que se dá quando não se sabe o que dar, e não gosto disso. Gosto que me tentem conhecer, que tentem arranjar o presente perfeito a pensar em mim, e não espetar com duas ou três notas num envelope com o meu nome. Não quero coisas caras, porque isso não me diz absolutamente nada. Quero algo para onde eu olhe que me faça lembrar a pessoa de que mo deu. 

Fico feliz com pouco, mas é preciso que eu perceba que as pessoas me tentaram fazer feliz. Se se limitaram a dar-me dinheiro para não terem trabalho a pensar no que me haviam de oferecer, podem muito bem enfia-lo no cu.

é só

Uma das melhores invenções de sempre foram as caixas automáticas. Além de poupar muito tempo nas filas que, felizmente e por enquanto, praticamente não existe, ainda escusamos de ver a cara de enjoo da ou do caixa que nos atende.

A não ser que a patrícia seja a otária que tenta pagar com cartão e insiste em metê-lo mal, até lá ir alguém. Mas é sempre uma boa tentativa para me tornar completamente independente de pessoas. Porque eu não gosto de pessoas.

in my blood

I miss your touch
And i miss your smile
That thing you do that drives me wild

Ou porque agora que descobri os black stone cherry já não quero outra coisa.

can barely wait

Pintei o cabelo com uma daquelas tintas de espuma vermelha, da bellady. Correu tudo bem até ao momento em que a minha casa de banho se tornou algo parecida com o cenário de uma chacina, e quando me apercebi que a tinta é mesmo fácil de aplicar.

Especialmente na testa e nas orelhas.
Tenho manchas vermelhas na testa que não saem, e amanhã vou ter de sair de casa. E ver pessoas. 

domingo, 8 de dezembro de 2013

a-d-o-r-o

Não quero parecer um poço de veneno ou assim, mas acho incrível a capacidade das pessoas de se transformarem as fãs número um de todas as pessoas que morrem. Ainda há uma semana andavam todas a chorar pelo paul walker, e esta semana já temos o madiba a reinar nas redes sociais. Alforrecas ranhosas, ele foi de facto uma grande pessoa, mas já o era em vida, ok? 

E depois o que eu gosto mais é daquela tendência para juntar frases às fotos. Frases que nem são dele. Tipo aquela do eu sou o capitão da minha alma. Entre outras, esta foi a que mais me chamou a atenção porque a minha mente treinada para a maldade não parava de a associar àquela música da rita redshoes, cuja letra consiste em dizer 923892 vezes i'm the captain of my soul, e então fui investigar.

Afinal, não é da sapatos-vermelhos, mas é de um poeta inglês chamado william ernest henley. É o último verso do poema invictus (It matters not how strait the gate,/ how charged with punishments the scroll,/ I am the master of my fate/ I am the captain of my soul.), e a única coisa que o mandela tem a ver com isto, é que o recitou aos outros reclusos enquanto esteve preso. Mas tudo bem. Se quiserem podem atribuir-me a autoria do cântico negro, porque eu também o sei quase todo de cor e recito-o porque sou muito divertida e realmente interessante. 

Sei lá. Sou tão inocente que às vezes ainda acredito num mundo onde as pessoas vão perceber que não basta escrever no google frases do mandela e espetar com uma no fb para se parecer culto. Às vezes, conseguem exatamente o contrário, ou então sou só eu que sou má.

patrícia against the world

Está tudo com o pito aos saltos porque o anselmo ralph esteve ontem cá em coimbra. A cena é que... a única música que eu conheço é aquela que passa 9283309320 na rádio em que ele diz agora não me toca um trilião de vezes e, mesmo assim, só descobri que era dele por mero acaso.

cartas que não vou enviar

Na maior parte do tempo, eu sinto-me muito grata por todo este meu alheamento do mundo no geral, essa tendência para não querer saber de nada, nem de ninguém. Não gosto de me entregar, por assim dizer, não gosto de dar aos outros a oportunidade de me deixarem perdida quando, inevitavelmente, desaparecerem da minha vida. E o problema começa aqui - eu não sei se é verdade que as pessoas nunca se cruzam por acaso mas, de alguma forma, sinto que fiquei presa a ti. Ainda que não compreenda como. Ainda que não compreenda porquê. 

Percebi que te transformaste no meu robin - a tal pessoa de quem eu gosto muito mas com quem não posso estar. O que quer que eu faça, com quem quer que eu esteja, nunca nada será igual ao que seria contigo. E isto atormenta-me mais do que deveria, porque não gosto de me sentir presa a ninguém. Não gosto desta certeza de que deixaste marcas na minha vida que nem mil anos podem apagar porque, por mais que eu um dia te esqueça, estou certa de que não me vou esquecer de ti assim tão facilmente.

Mentiria se dissesse que não gostava que resultasse, mas não saberia lidar contigo porque nunca fizeste mais do que baralhar-me; não sei o que pensar sobre ti muito mais do que um par de horas. E, ainda assim, é mesmo desta confusão que eu gosto, desse ser ou não ser, ter ou não ter. Nem sei porquê, nem como. Nunca sei porquê nem como.

Queria saber-te melhor. Queria compreender-te a ti e aos efeitos que tens sobre mim, para poder pará-los já; não gosto disto. Não gosto da forma compassiva como reajo em relação a ti - a forma como, um por um, tenho arranjado justificações para todos os teus erros, mesmo os mais injustificáveis, mesmo aqueles que, em condições normais, eu nunca perdoaria. Nem tão pouco gosto de te sentir como um regresso a casa, porque não quero e não posso precisar de ti. Ao mesmo tempo, sei que és o carrossel onde eu tenho medo de andar mas, ao mesmo tempo, de onde não quero sair porque o medo também sabe bem de vez em quando.

Não sei até onde vamos ou se algum dia chegaremos a ir a lado algum, mas sou incapaz de me imaginar a deixar-nos quietos. Não suportaria a ideia de te deixar ir e ficar o resto da minha vida a perguntar-me porque não te pedi que ficasses; em contrapartida, também não suporto a ideia de te pedir que fiques e te expliques. Deixo-te estar. Deixo-nos estar. Sabes onde me encontrar e eu não me importo de percorrer metade do caminho até ti, desde que te veja dar o primeiro passo na minha direção. Aliás, acho que não me importava de percorrer esse caminho todo, e é disso mesmo que tenho medo. Não quero gostar de ti. Não quero e não posso gostar de ti. Mas gosto. E não é pouco.

sábado, 7 de dezembro de 2013

mas, ó patrícia, porque é que detestas tanto as pessoas?

Fala-me mal dele.
Fala-lhe mal de mim.

Mas, se lhe perguntarem, eu e ele somos pessoas horríveis. Ela não; ela é fixe, ela é brutal. Ela é a melhor amiga à face da terra.
Fodam-se todos, mas é!

a patrícia é um ser triste que nunca aprendeu a estar calada

Acho que por esta altura já se tornou um bocado evidente que eu sou um bocado cabra e muito pouco simpática, mas o que me puxa mais para o inferno é mesmo o meu azar e a minha propensão para o desastre. Não sei estar calada, é o que é.

Tipo quando uma criaturinha me estava a chatear a cabeça e, por qualquer motivo, já estava a lançar chamas, não me conseguiu ouvi. Aqui o génio - santa inocência - achou que podia ser boa ideia usar a frase estúpida claro que não me ouves, levar no cu faz surdez!
Ele é mesmo surdo. Literalmente surdo.

Ou, talvez, aquela vez em que entrei no bar a falar em viúvos, i don't even know why.
Soube depois que o stôr ao meu lado tinha ficado viúvo há pouco tempo.

Ou ainda quando entrei numa aula a comentar que me ia suicidar a meio do teste com a caneta espetada na carótida.
A ex mulher e o filho do stôr suicidaram-se há relativamente pouco tempo.

laugh a way more than i should have


tiago, 7 anos

Mas como é que vocês fazem contas com letras?! Que coisa esquisita!

Às vezes, pergunto-me o mesmo. Ou pior, pergunto-me para que é que vou precisar disto um dia, mas tudo bem.