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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

crónica da inocência perdida

Eu também fui dessas pitas que ficaram viciadas na dialetos de ternura e, no pico dos meus dez, onze anos, eu achava que ouvir essa música no máximo, com os fones mas de forma a que todos ouvissem, era fixe.

O problema é que só há uns meses é que percebi que a cantei mal o tempo todo. Era só eu que percebia ela passa o dedo na racha e diz "queres que a lave?"

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

not a big deal

Há uma época estúpida, aí por volta do 6º, 7º ano, em que as miúdas quase competem para ver quem tem o período primeiro, como se fosse uma grande coisa. Isto é essencialmente porque tudo quando é mãe, avó, tia, prima, vizinha, and so on, batem palminhas e ai jesus que a minha menina virou uma mulher. O que as pitas não entendem é que isso de giro tem muito pouco - significa apenas que acabou a época oficial em que se pode pinar à vontade sem correr o risco de entrar no estado oh-meu-deus-engoli-um-puto, que, se correr tudo bem, nem sequer foi aproveitada (mas isto já é subjetivo porque hoje as miúdas descobrem o que é pinar com menos idade do que aquela com que eu larguei a chupeta).

quarta-feira, 30 de julho de 2014

ups

Encontrei a minha capa de e.v. do 8º ano e estive a ver os desenhos. Sempre soube que não tinha jeito nenhum para a coisa, mas nunca pensei já ter visto postais pintados com os pés muito mais bem feitos do que aquilo. Valha-me deus. Se em ciências eu já acho que vou precisar de chegar à idade da reforma para acabar matemática, em artes teria de pedir anos de vida extra para conseguir sair do 10º ano antes de falecer.

E foi assim que a puta da capa acabou no lixo.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

notícias de longe

A minha monstrinha, a mini-patrícia em versão francesa, de quatro anos, cismou que queria aprender a andar de bicicleta sem as rodinhas pequenas. A mãe barafustou, mas acabou por lhe fazer a vontade; tirou as ditas rodas e ensinou-a a andar.

Dez minutos depois, a miúda já tinha aprendido. Como, mas como, é que é suposto eu não morrer de saudades da minha menina?

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

fantasmas antigos

Quando era pequena, estava tão farta de hospitais que fazia de tudo para que ninguém se apercebesse quando estava doente. E, se se apercebessem, fazia tudo e mais alguma coisa para não me obrigarem a ir ao médico. Acho que vivia convencida de que uma dor de garganta eram um motivo mais do que suficiente para atirarem comigo para uma cama de hospital e, por qualquer motivo, morria de medo de ser internada outra vez.

Só agora me dei conta de que, com 18 anos, continuo a fazer exatamente a mesma coisa.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

and a happy new year

Eu juro que já fui uma pessoa menos amarga que adorava viver a noite do nascimento de nosso senhor, ámen, porque havia comida a noite inteira e presentes à meia noite, mas agora começo a fartar-me do natal antes mesmo de chegarmos a dezembro.

Isto porque eu já não posso ver pais natal à frente, e fitinhas e bolinhas e o diabo a quatro. A sério, não. Cá em casa, só fazemos a árvore de natal em dezembro, porque me parece que passar 3 meses com a casa enfeitada por causa de uma noite é meio nonsense. Já para não falar de que se torna ligeiramente ridículo venderem-se aqueles calendários do advento com chocolates, que supostamente se começam a comer no dia 1 até ao 24 de dezembro, a partir de outubro.

Era por  isto que eu em pequena comia uns três ou quatro desses. Assim, uma ou outra vez, lá calhava ainda ter um chocolate desses na noite do 24.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

unholy confessions

Durante uma brainstorm, lembrei-me do momento mais deprimente da minha infância. Não sei explicar ao certo porquê, mas eu tive medo de um cogumelo. Estiveram uma eternidade a tentar que eu lhe tocasse mas, de alguma forma e por qualquer razão, eu estava com medo que ele me mordesse.

Isto é... oh hell.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

agora apetece-me rir, mas na altura quis arrancar-lhe o bigode

A principal desvantagem de ter a minha família espalhada por toda a parte, é que eles não se apercebem de que eu cresço e algumas coisas deixam de fazer sentido. Como daquela vez em que fomos com os irmãos do meu avô a uma festa, e um deles quis oferecer-me um balão. Lembro-me de lhe ter dito que não, e ele ter insistido, anda lá patrícia, não tenhas vergonha! escolhe um, o tio compra-te um balão! E comprou mesmo.

Eu tinha 14 anos.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

oh lord

Descobri que há uns anos houve uma noite de metal, aqui perto de mim - tão perto que eu até poderia ter ido sozinha e abanar a cabeça freneticamente até que a dita se separasse do corpo e rolasse pelo chão, já que de repente não me lembro de ninguém que esteja disposto a passar uma noite inteira a ouvir babuínos em trabalho de parto, como diz a outra, ao meu lado. Não importa. Importa que, ainda por cima, atualmente eu gosto bastante de uma das bandas e tudo. 

E eu não fui. Porquê?
Porque isso foi na fase em que eu dizia a toda a gente que os meus cantores preferidos eram a katy perry e o ne-yo, e ainda fazia questão de meter os fones nos ouvidos e o volume no máximo, para garantir que todos à minha volta iam conseguir ouvir a música, e abanava a cabeça ao som da dialetos de ternura, porque achava que era fixe por ouvir da weasel. For god's sake. Se eu me encontrasse comigo mesma nessa altura, dava-me dois chapadões para aprender a não me armar em pequena gangster (mas uma gangster das más, com as sapatilhas da floribella e tudo).

já nasci com queda para o ridículo

Lembro-me de aos 8 anos ter chegado toda orgulhosa ao ensaio da festa de natal da escola porque tinha escrito um "poema" sobre o menino jesus, e notem como a minha pouca tendência para levar as coisas demasiado a sério já vem de criança:

ó meu menino jesus,
ó meu menino tão belo, 
antes eras preto
e agora és amarelo.

(e sim, na minha cabeça isto fazia sentido e era bonito. era uma miúda muito sensível)
Ora, claro que a professorazinha achou muita piada à situação... e deixou-me dizê-lo na festa de natal, à frente de toda a gente. Patrícia, a fera do palco. Uhmuhm. Lovely.

sábado, 8 de junho de 2013

só há pouco tempo é que ela descobriu porque é que eu acabava com a nutella num instante

Quando era pequena, assim que a minha avó saia de casa, eu mergulhava todos os dedos, um a um, no frasco da nutella e lambia (sem piadas, eu era inocente!). Depois lavava as mãos e repetia o processo.
Só não o fazia com os pés porque deus não quis.

terça-feira, 14 de maio de 2013

sweet 14

Aquele momento em que a patrícia abre o meu fb e descobre que eu tenho um grupo de amigos chamado pêga da minha vida <3 e outro chamado lool. Creio que só conseguirei recuperar do trauma com acompanhamento psiquiátrico durante os próximos 30 anos. Não, a sério... que raio tinha eu na cabeça?

sábado, 4 de maio de 2013

também nunca contei

Ainda na onda das coisas fantásticas que me aconteceram, lembrei-me de que poderia fazer-vos sentir menos merdosos. Quando andava no 7º ou no 8º ano, tive o prazer de ser presenteada com uma mancha de sangue nas calças, bem grandinha e bem à mostra. E nesse dia fui ao quadro.

Isto quase que dava para enviar para o vidademerda.

terça-feira, 30 de abril de 2013

lembrei-me

Aos 13 anos, eu tinha uma paixão assolapada por um rapazinho com quem me dava mal que eu sei lá - pensando bem, eu sempre tive uma queda para o masoquismo - e, ao contrário de agora que só a ideia de o rapazinho descobrir me dá vontade de emigrar para nárnia, eu era muito... como dizer? Afetuosa. Não, talvez não seja essa a palavra certa, mas eu fazia questão de lhe dizer, com todas as letras, que gostava dele.   Ou melhor, que o amava.

Mas isto não se fica por aqui. Num período de loucura, chateei-o tanto, que agora me pergunto o que raio tinha eu na cabeça. Garanto-vos, eu fui o pior pesadelo do rapaz. E ontem, lembrei-me do segredo mais vergonhoso alguma vez revelado no quem é que deu erva à cinderela. Uma vez, enviei-lhe a seguinte mensagem: se eu fosse um rio, queria ser o rio TUA! (ou, provavelmente, xe eu foxe 1 rio, keria xer o rio TUA, porque eu também tive essa fase).

Na altura, lembrei-me de lhe dizer aquilo e pareceu-me bonito, dizer-lhe que queria ser dele. E pronto, é por isto que eu nunca vou ter um namorado. Sou demasiado boa, senhores, demasiado para qualquer um.

agendado

sábado, 20 de abril de 2013

na gaveta

Encontrei por acaso um relatório do segundo período, de quando andava no 3º ano. Descobri que aos 8 anos já andava agarrada aos livros, provavelmente, na altura em que devorei tudo quanto fosse uma aventura. No fim, shô dona professora deixou a seguinte nota:

A patrícia continua a ser uma boa aluna, com grandes capacidades de aprendizagem. Precisa de executar as suas tarefas com maior rapidez e não se distrair tanto.

E eu, que sou uma pessoa que se enerva com os nervos, não gostei. Só tenho a dizer que fazia as coisas ao meu ritmo e que era muito feliz com isso. E que não estava distraída, estava à procura de inspiração e paciência para continuar a fazer continhas de somar, quando eu era claramente um génio capaz de construir uma bomba atómica ainda antes dos 9 anos. Acho triste ser-se assim um génio incompreendido.