Mostrar mensagens com a etiqueta fail. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta fail. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

se não fosse a melhor avó do mundo, entregava-a para adoção

Não importa quantas vezes eu explique à minha avó como é que funciona o telemóvel dela - ela continua a preferir uma utilização freestyle. Basicamente, a senhora mete-se a carregar nas teclas à toa e vê o que acontece. Priceless.

Ultimamente, estou sempre a receber chamadas dela, ou vá, toques; na minha boa fé, retribuo a chamada não vá a mulher estar ali na pura da aflição. 

Atende e diz:
- o que é que tu queres? estás bem?
- eu estou, tu é que me ligaste...
- ah liguei? oh, é que eu vi o teu nome e carreguei. nem sabia que tinha chegado a chamar.

Breathe in, breathe out.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

ou como alguém diz, vai à volta que por aí não passas.

Tinha desistido de dar importância suficiente ao assunto para vir aqui escrever sobre ele, mas há dias um comentador anónimo perguntou-me se o mocinho de quem eu aqui tenho falado é o mesmo que me trocou por uma miúda com celulite nos joelhos, e a resposta é... não, claro que não!

Por muita falta de amor próprio que eu tenha, já aprendi que mereço bem melhor do que um gajo que acredita que eu lhe dou hipótese de me mentir duas vezes e ele continua cá para contar a história. Ups.

No entanto, ele continua nas vidas dele, talvez numa tentativa frustrada de reaproximação. Depois de me ter desbloqueado no fb, sabe-se lá por alma de quem, decidiu adicionar-me, há coisa de umas duas semanas, e vai metendo gosto nas minhas fotos, como quem não quer a coisa. Não sei se vai tentar ou não falar comigo, apesar de me parecer provável que acabe por o fazer - o que ele ainda não sabe é que vai para o caralho com carta de recomendação. As mommy says, eu sou um tanto ou quanto implacável e, se perder a confiança, se deixar de gostar, é mesmo melhor meterem-se a milhas.

De qualquer forma, fordalóbeógod, eu prefiro um gajo que esteja consciente de que eu sou a única portadora de ovários na relação. Se tudo correr bem.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

na alegria e a tristeza

Por estarmos a falar em todo um mar de possibilidades para o dia dos namorados, lembrei-me de um daqueles episódios que me deixam com a certeza que as minhas amigas são uns bichinhos inocentes que querem andar comigo por todo o lado. Até quando estão a mais.

Pois então que há uns tempos, não sei precisar quando, estava a falar com a bicha sobre eu e um rapazinho, com quem eu andava assim meio vai-não-vai, irmos sair, e onde íamos e blá blá blá, e dona bicha vira-se:

boooaaa! olha e podíamos ir ao karaoke...


Nunca soube como lhe explicar que não era suposto ela participar num encontro a dois.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

esses momentos infelizes

Qualquer pessoa que me conheça sabe que eu me deixei de gajos e comecei recentemente a namorar com deus - não é menos preocupante do que ter um parceiro portador de genitália masculina porque, assim como assim, o tipo já engravidou uma. Contudo, não me chateia e é o que interessa. 

Ora, estava a minha relação com o criador a correr às mil maravilhas quando, num desses momentos de azar, estava toda a gente, mas TODA a gente mesmo à volta do meu pc quando se abre uma janela no chat por obra do demónio.

bom dia fofinha



E foi assim que o mundo descobriu que deus tem facebook.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

pronto, ok

Devem existir poucas pessoas mais sovinas do que eu neste mundo - e, especialmente quando não estou a gastar o meu dinheiro, vou até ao fim do mundo para conseguir trazer o que for mais barato, nem que a diferença seja de um mísero cêntimo.

Como tal, durante uma excursão solitária às compras, lembrei-me de que não tinha ervilhas em casa e isso é um drama gravíssimo porque eu acredito que as ervilhas foram uma criação especial de deus para tornar o mundo num sítio mais apetecível.

Assim que cheguei à secção dos congelados, desisti da ideia das ervilhas - havia macedónia e, valham-me os santinhos protetores das criaturas esquisitas, eu adoro aquilo porque acho que a comida até sabe melhor quando tem muitas cores. Contudo, vi que havia uma embalagem muito mais barata do que todas as outras, e trouxe-a, sem pensar duas vezes.

Era jardineira.
Alguém me disse «a tua comida tem tão bom aspeto. Ninguém reparou que eu estava a comer arroz com batatas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

like a lady

Ninguém me tira da ideia que eu não tenho namorado porque sou o repelente de pénis mais eficaz que a história alguma vez viu - não tenho emenda.

Depois de lhe ter dito um milhão de vezes que estava a morrer de sono e tinha mesmo de ir dormir, e de ele me ter dado a volta outras tantas vezes para eu ir ficando, não desliguei, mas adormeci. Adormeci assim a meio de uma conversa, não sei se a falar ou a ouvir, mas adormeci e acordei com ele do outro lado:

tiiiiiiiicaaaaas... adormeceste ou está a passar um comboio mesmo à frente da tua janela?


Sou uma lady dos dias de hoje; posso perfeitamente ressonar. E coçar os colhões em público também. 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

boa boa

Quando eu digo que lidar comigo é mesmo fodido não estou a brincar - e acredito que muita gente tenha vontade de me arrancar o fígado de cada vez que eu abro a boca porque a minha espontaneidade é incrível.

Ainda hoje, por exemplo, estava com várias pessoas quando a miúda grávida se foi embora e uma rapariguinha lhe disse para ter juízo. A única coisa que me ocorreu dizer foi não te preocupes porque pior do que já estás não ficas!

Foi quando vi o ar de choque das pessoas à minha volta que entendi o porquê de não ter amigos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

recomedações da mãe

Se alguém ligar, atende com voz grossa!

Pois mãe... acho que temos um problema.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ontem

Dona mommy pediu-me que fizesse o jantar - aqui a lontra obesa, armada em boa, lembra-se de ir fazer frango no forno com arroz de ervilhas, porque é daquelas coisas que me deixam a rebolar. O problema é que, para variar, me esqueci de que não bastava fazê-lo trinta segundos antes de os meus progenitores chegarem a casa e acabei por ficar atrasadíssima.

Começou a dança do frango. É exatamente quanto eu tenho mais pressa que pareço esquecer-me de onde estão as coisas que, normalmente, encontro instintivamente. Então, cortei uma cebola enquanto chorava ao telemóvel, peguei no bicho morto e espetei-o no tabuleiro. Revi, mentalmente, tudo o que a minha mãe costuma usar para temperar mas apercebi-me de que não encontrava umas coisas e para outras nem havia tempo. Espetei-lhe um bocado de azeite, um bocado de sal, um bocado de vinho tinto, alho em pó e polpa de tomate. Tinha a vaga noção de que a minha mãe se atiraria para o chão a implorar a deus que me atribuísse dotes culinários que não metessem em risco a vida da famelga se soubesse como é que eu tratei do desgraçado.

Afinal não. O frango estava bom e recomenda-se - até agora, não foram registados falecimentos nem indisposições. Anyway, pelo sim e pelo não, não contei a ninguém que tinha tentado um tempero freestyle. Não vá o diabo tecê-las.

sábado, 23 de agosto de 2014

tá querendo o quê?

No geral, não ligo a nada do que as meninas de bem ligam; importo-me pouco com a roupa e quanto aos acessórios, fico-me por coisas simples e discretas, só naquela de nem parecer uma pachacha mole nem uma árvore de natal, mas depois no cabelo não há quem me segure. Se não vario ainda mais e com cores que chamem mais a atenção para aquele lado freak que está difícil de esconder, é mesmo porque temo que os meus pais ainda consigam arranjar uma maneira de me entregar para a adoção, mesmo sendo eu já maior de idade.

Ora, por volta de 1083, andava eu lá pelos reinos da baguette, apeteceu-me pintar o cabelo de louro - fiquei tão gira que, menos de uma semana depois, estava a mergulhar de cabeça na tinta roxa. Mas não me bastou uma vez - deu-me na cabeça de voltar a tentar transformar-me num canário esta semana.

Por enquanto, está só com um castanho meio dourado mas vai ficar mais claro nas próximas lavagens. Preparem-se para o drama capilar do século.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

hier

O melhor de ter metade da família a falar francês é exatamente a oportunidade de assistir, em primeira fila, às pessoas que não o sabem fazer - e depois dou por mim agarrada à barriga a rir quando uma mulher pergunta à minha prima comment t'appelles you?

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

as always

Passámos por o polícia mais gostoso que eu algum dia tive o prazer  de ver ao vivo - sério, era daqueles a quem uma pessoa se algemava de livre e espontanêa vontade.

Sempre discreta, disse disse à prima: vês, devíamos ter roubado um copo. agora eu entregava-nos às duas.
Olhei para trás. Ele estava a olhar para mim e a sorrir.
Para variar, ouviu tudo.

quase bom

Sô dona lontra e prima real assolapam a peida numa esplanada a abarrotar - vêm dois empregados, a sorrir-me todos queridinhos como se tivessem tido um acidente qualquer e ficado com um atrofio nos músculos da cara, perguntar o que queríamos. Um expulsa o outro, que aquela mesa era dele, e continua a sorrir-me todo doce.

E agora vocês dizem: isso é porque, afinal, não és a gorda e feia que dizes ser, és podre de boa e eles estavam mortinhos para te meter as unhas em cima. Pois não. O problema é que eu e a minha prima éramos as únicas portuguesas lá, e eles têm tanto jeito para línguas quanto eu para fazer o pino. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

contrastando

Comprei batatas fritas com sabor a mel e mostarda. É das coisas mais nojentas que já comi.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

a extinção da beleza

Expressão neutra, diz a funcionária. E a patrícia fica a olhar para a objetiva com um olho mais aberto do que o outro e cara de quem comeu e não gostou. Espero ser um bocadinho mais gira ao vivo - e que ninguém me obrigue a mostrar o cc nos próximos cinco anos, sob pena de eu dizer que o perdi, que o queimei, que mo roubaram, que não uso, que não gosto disso. Não quero matar ninguém.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

nunca disse

Se há história que sempre ficou guardadinha a sete chaves, servindo só para fazer com que eu e a bicha nos ríamos até chorar de cada vez que nos lembramos, é a história do meu primeiro beijo - porque até nesse momento eu tive de tornar a coisa peculiar.

Não sei bem porque é que aconteceu. Acho que estávamos a conversar e ele me tentou beijar a meio, ou coisa que o valha - não importa. Sei que estávamos próximos, muito próximos, demasiado próximos, e o rapazinho já tinha mesmo a beiça colada à minha, quando eu abortei missão. Porquê? Porque, aquando da minha primeira endoscopia, bateu-me o medo de fazer merda.

Virei a cara, saí dali sem dizer nada, mesmo em jeito de espera aí, amigo, vou só ali ler o manual de instruções, e fui ter com a patrícia, a panicar, dizer-lhe que ai jesus nem sei como se faz, e se eu faço merda? e se for muito horrível? oh meu deeeeeus, como é que se beija?

A moça acalmou-me e eu voltei para ele. Claro que acabei por o beijar e ele nunca se chegou a aperceber da pausa para anúncios - mas eu acho que fiquei com uma história para contar aos netos. Ou se calhar não, porque não é propriamente bonito assumir que parei o meu primeiro beijo a meio para ir pedir conselhos à minha melhor amiga, mas tudo bem. Cada um com as suas manias.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

no sábado

Um amigo meu, depois de ter constatado que me estavam a transformar num burro de carga porque eu era a única que tinha mala no nosso grupo e toda a gente tinha alguma coisa para atirar lá para dentro (sério, eu nunca fui pelas marcas mas, verdade seja dita, as eastpak, além de boas, parecem não ter fundo), decidiu ser fofinho e oferecer-se para a levar.

Estava tudo bem até eu lha ter tirado, a rir-me muito mais do que me orgulho, enquanto estávamos na fila para sermos revistados onde, ainda por cima, separavam o gajedo das pilas ambulantes. Tudo para que a criatura não fosse humilhada - mas ia adorar ver como é que ele explicava ao segurança a abundância de maquilhagem e tampões na suposta mala dele.


terça-feira, 15 de julho de 2014

pensava que era só eu

Entrámos num café para ir comer um gelado e eu ia a queixar-me de que afinal me tinha queimado muito mais do que pensei - nisto, já ao balcão, ele decide dizer tens vaselina? se tiveres, mete, para não doer!

A empregada chegou nessa altura.


fomos à la playa

Estendemos as toalhas mas eu continuava com demasiada vergonha para me despir à frente dele - ficámos a falar, vestidos. Resultado? Apanhei um escaldão e fiquei com a marca dos calções.

Agora parece que a parte de baixo do meu bikíni são uns boxers. Nicely done, patrícia.

domingo, 13 de julho de 2014

falhou

Veio todo queridinho dizer-me ao ouvido vês?! estás sempre a dizer que és gorda... então essa ao teu lado é o quê?

Eu olho. Ao meu lado estava uma mulher grávida de, no mínimo, 39 meses. Okay. Quase que foi fofo, quase.