Mostrar mensagens com a etiqueta televisão. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta televisão. Mostrar todas as mensagens

domingo, 10 de março de 2019

5 dicas para encomendarem o amor perfeito

Mea culpa: estão a ver aqueles programas merdosos que têm passado na sic e na tvi, de encontros e arranjinhos e cenas? Tenho papado o carro do amor quase-quase com a mesma sagacidade com que devoro uma embalagem de filipinos brancos, só para que vejam o que o desemprego faz às pessoas.
Poderá parecer-vos uma perda de tempo mas, pessoalmente, tenho achado bastante educativo. 

A conclusão é óbvia: as pessoas já não gostam de cozinhar em casa, e ir acrescentando ingredientes e temperos até a coisa ficar em condições - agora é mais fácil requisitar um daqueles serviços em que os estafetas vão buscar a comidinha ao restaurante, e está pronta a comer. Não dá trabalho e vem tudo no ponto. No amor, querem o mesmo tratamento.

Fico um bocado em choque: ah, é giro mas é muito baixo; ah, é boa pessoa mas não gosto de olhos claros; é simpático mas demasiado romântico.

Gente: podem mandar fazer roupa e sapatos à medida, mas com pessoas não funciona bem assim. Aquela criatura linda e maravilhosa, cheia de características excecionais, por quem vocês se apaixonaram... também vai vir com defeitos e pontos de discórdia. Ou lidam com isso, ou nem vale a pena. 

Ainda assim, e já que estes programas existem, dei por mim a olhar para o monsieur e a pensar no que é que eu acho que poderia funcionar melhor entre nós e que, por isso mesmo, daria um bom item para incluir quando se está a encomendar um eventual futuro parceiro, e elaborei uma lista para ajudar os possíveis interessados:

Ponto Número Um: O Frango

É engraçado porque ainda não ouvi ninguém a referir isto, embora me pareça um ponto absolutamente crucial: é importante perceber, desde o início, se gostam ou não das mesmas partes do belo frango de churrasco. Acredito que o par ideal é aquele em que um só gosta da metade inferior, isto é, das coxas, e o outro é feliz a comer aquele peito completamente seco e a chuchar as asinhas.
No nosso caso, temos os dois uma predileção por coxas e acabamos por ter de, desconsoladamente, dividir o frango ao alto para que nenhum saia prejudicado. Nunca seremos plenamente felizes.

Ponto Número Dois: A Cama

Acho muito importante saberem de antemão em que tipo de cama é que a vossa presumível futura cara metade está habituada a dormir. Se estivermos a falar de uma pequena cama de solteiro, deverá ser uma pessoa mais modesta e recatada, facilmente domesticada para dormir no seu canto, e só no seu canto, quando em casal. Agora, meus amigos, quando ambos estão habituados a dormir em camas grandes, é a rebaldaria total! É ver-me com 20cm de espaço para me mexer, quando eu sou uma pessoa espaçosa, é vê-lo a dar-me cotoveladas porque entretanto já estamos os dois com a cabeça na mesma almofada.
É muito complicado. Tem de ser conversado logo desde o início, para perceberem se há alguma hipótese de o espaço ser bem gerido. Casos como o meu... saltem fora. Nem tentem!

Ponto Número Três: A Televisão

No primeiro encontro, devem começar por questionar imediatamente quais são os programas a que a pessoa gosta de assistir. Se forem incompatíveis, corram o mais depressa que puderem. Ou rebolem.
Imaginem um casal em que ele é um aficcionado por desporto, devora todos os programas do género, e ela é uma pequena baleia com uma paixão sobrenatural por bolos que preferia estar a ver programas de culinária. Acham que vai correr bem? Pois. Nem vale a pena estarem a chatear-se. Vão comer e esqueçam essa cena do amor.

Ponto Número Quatro: As Pipocas

Tão ou mais essencial do que descobrir as partes do frango favoritas, é perceber como é que o outro gosta das pipocas. Eu sei, eu sei - para casais não-modernos que ainda se dão ao trabalho, a coisa é simples: compra-se o milho, faz-se as pipocas na panela e depois cada um faz como lhe apetecer. Mas como a generalidade de nós prefere aquelas que é só meter o pacotinho no microondas e faz-se a magia, pode ser um drama gigante haver incompatibilidade de sabores.
Se um só gosta das doces e o outro só gosta das salgadas, está a puta armada porque ninguém vai querer ter de comer um balde de pipocas sozinho. Pelo menos, eu não quero ter de comer um balde de pipocas sozinha, mas não tenho grande fé de algum dia o conseguir converter às salgadas. É mesmo complicado.

Ponto Número Cinco: A Música

Está em quinto lugar nesta lista, mas é um tema deveras fraturante que devia ser conversado ainda antes de se ter perguntado o nome. Neste caso, não basta haver uma compatibilidade parcial, essa coisa de gostarem os dois das mesmas músicas mas depois cada qual gostar de um género completamente diferente, que o outro não suporta.
Nada poderia ser mais dramático numa relação do que um deles, no carro, passar o caminho armado em dj botão, correr todas as estações pré-gravadas na rádio, resmungar que nunca passa nada de jeito, e recomeçar a clicar nos botõezinhos todos outra vez, do início, na fé de que entretanto todas as músicas anteriores já tenham acabado e que alguma lhe agrade ao ouvido. Enquanto isso, o outro chora baixinho porque só queria ter tido a hipótese de berrar a shallow a plenos pulmões. Já vi relações acabarem por muito menos.

Assim de repente, estes parecem-me pedidos muito razoáveis para se incluir quando, afinal, se está à procura da pessoa com quem iremos passar o resto das nossas vidas. Se tudo correr bem, e se um dia não houver um motim porque já ninguém suporta comer asinhas de frango. Oremos por esses casos complicados.

Se se lembrarem de mais características cruciais para o par ideal, sintam-se à vontade para acrescentar a lista. Ñão sejam modestos a exigir pedir, príncipes e princesas!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

a vitória da nanny

Há quase duas semanas que me é impossível abrir o feed sem levar com mais posts sobre a supernanny, vídeos, tentativas de boicote, eu sei lá. O povinho, constituído por todos aqueles que poderiam ser eleitos Os Pais do Ano se já alguém se tivesse lembrado de oficializar essa competição, está revoltado, preparadíssimo e munido das mais completas e certeiras teorias sobre como educar os filhos dos outros. Parabéns, meus geniozinhos adoráveis! Agora experimentem educar também as vossas próprias crias.

Eu não sei se já ocorreu a alguma destas criaturas iluminadas que esmiuçar o assunto em sete posts por dia cria exatamente o efeito contrário - as pessoas não vão deixar de ver só porque vocês já viram e decidiram fazer daquilo o show dos horrores, pediram para que ninguém visse, quiseram, enfim, tornar a vossa opinião universal, a única possível, a mais certa, a melhor. Pode até correr-vos bem com aquela cambada que adora seguir o rebanho, mas aqueles dotados de mais do que dois neurónios, que pensam sobre as coisas e gostam de opiniões fundamentadas, vão fazer o oposto - alapam o cu no sofá, e veem  o programa para, depois sim, poderem dizer o que pensam. E fazê-lo por eles, terem opiniões próprias, e não usar e abusar da opinião de outra qualquer pessoa que julga perceber disto como ninguém. E quem ganha? A supernanny, claro.

A minha opinião? Vale o que vale.
Vi o segundo programa exatamente pelos motivos supracitados. Se concordo com a exposição? Claro que não! Portanto, é muito simples: no dia em que tiver as minhas crias, não peço a uma senhora com ar de atriz porno para as ir educar lá a casa, muito menos para levar câmeras e mostrar ao mundo. Agora, a forma como os outros educam os filhos está bem longe de ser da minha conta. Somos todos diferentes e cada um faz o que pode.

Por mais errado, ou não, que nos possa parecer, a participação no programa foi uma escolha dos progenitores, foi a forma que eles encontraram de tentar domar os selvagenzinhos com quem vivem. Foi o que eles acharam melhor - e, apesar de agora se falar tanto nos direitos das crianças, sobre como esta não é uma escolha deles, sobre como os pais não têm direitos sobre a imagem dos filhos, lamento informar-vos que crianças são crianças e, quer vocês queiram quer não, até que eles consigam, de facto, tomar decisões, cabe aos pais decidir o que julgam ou não ser o melhor para eles - mesmo que o resto do mundo não concorde. Mesmo que vocês se revoltem e achem que seriam melhores a educar os filhos deles. Provavelmente, não seriam. 

Muito se tem falado sobre as crianças serem filmadas num momento de fragilidade, sobre como irão sofrer de bullying depois, sobre como é tudo tão injusto e nem sequer é bem o que as câmeras mostram. Ou é. E eu acho isto assustador: com quantas margaridas e com quantos martins não nos cruzamos nós na rua? Quantas vezes não assistimos nós todos, e sem escolha possível, a birras tamanhas que sentimos vontade de dar um par de tabefes às criaturas? Muitas vezes. Os meus pais educaram-me o melhor que sabiam e, sendo ou não o melhor modelo de parentalidade, garanto-vos que nunca fiz aquelas figuras, nem lhes dei pontapés ou puxei cabelos. A educação anda pelas ruas da amargura e não me espanta que haja tantos pais desesperados a criticar os filhos dos outros porque têm réplicas em casa. 

Quanto a sofrerem de bullying, deixem-me que os diga que me parece que vivemos numa época em que, entre crianças, só há duas opções: ou sofres de bullying ou és o bully - e, mal formadas como são as criaturas que eu vi, acho que elas vão ficar bem, não se preocupem. 

Agora deixem-se de falsos moralismos e tratem de não criar mais margaridas ou mais martins - o mundo agradece um bocadinho mais de educação. De miúdos e graúdos.

É tudo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

chateei-me.

Na reportagem da sic, sobre a toxicodependência, ouviu-se a dada altura uma mulher a dizer algo do género: como podem ver temos condições muito precárias, é uma vergonha a forma como vivem os consumidores. De alguma forma, isto irritou-me profundamente: não consigo compreender como é que ainda têm a lata de se queixar. Juro que não.

Vivemos num país que só se lembra dos sem abrigo no natal e quando há vagas de frio, que faz cara feia aos refugiados porque, já se sabe, trazem todos um cinto de bombas por baixo da roupa e que julga, à priori, todos quantos cometam a ousadia de ter uma raça ou uma religião diferente - mas se são toxicodependentes tudo bem. Faz-se-lhes festinhas na cabeça e procuram dar-lhes condições para continuarem a fazer aquilo que sabem de melhor: drogar-se.

Desculpem-me o preconceito, mas não consigo compreender. As drogas são uma escolha, quer queiram quer não. Não é algo que não se possa mudar, não é algo de que as pessoas não tenham culpa: é, pura e simplesmente, uma escolha e ninguém é uma vítima de nada.

Se querem ajudar estas pessoas, que tentem a reabilitação - distribuir seringas com sorrisinhos condescendentes é quase um incentivo. Eles não têm de fazer nada porque são só uns coitadinhos: roubam para poder comprar droga, roubam para comer, dormem onde dá, e está tudo bem porque ainda aparece um grupo de pessoas com seringas novas e pancadinhas nas costas. Ninguém tem culpa de ter entrado neste mundo, ninguém sabia onde ia dar. Não faziam ideia de que iam ficar assim.

Acho triste que se apoie mais gente que fez uma escolha errada do que aqueles que não tiveram qualquer alternativa e acabaram na miséria. Acho ainda mais triste que, com toda uma panóplia de doenças que não podemos evitar, se premiem aqueles que abraçam problemas desnecessários. Escolhas.
É tudo sobre isso.

sábado, 7 de janeiro de 2017

vira o disco e toca o mesmo

Quando achas um exagero que tanto se fale do mário soares numa altura em que, no fundo, não há nada de novo a dizer e começas a pensar que vais acabar estrábica de tanto revirares os olhos de cada vez que ligas a tv... eis que ele decide morrer e até sentes algumas saudades do tempo em que ele estava só em coma.

sábado, 26 de novembro de 2016

something about christmas time

Eu hei de ter netos - talvez bisnetos. Hei de ter sido enfermeira, hei de ter tido 29 gatos, hei de ter uma casa com vista para o mar e outra no interior, só para ver neve todos os invernos. Hei de ter escrito um livro, talvez dois, talvez vinte. Hei de ter ficado gira e magra, hei de ter ganho o euromilhões - hei de ter ganho a paciência necessária para aturar pessoas de quem não gosto sem respostas tortas. Hei de, enfim, mudar, ser outra qualquer, realizar todos os meus sonhos e morrer de velhice, lá para os cento e tal - e, mesmo assim, o sozinho em casa não vai faltar um único ano, por alturas do natal precoce.

Arranjem uma companhia para o cachopo e acabem com isto, for da lóbe ó god!

terça-feira, 22 de novembro de 2016

shame on me

Uma vez que estou, oficialmente, a treinar para old cat lady, comecei a ver a novela também - tenho a dizer que estou medianamente encantada com a amor maior: além de terem captado imagens giríssimas e bem diferentes das paisagens que todas as outras mostram, ainda tiveram a audácia de construir uma personagem que não fosse inteiramente má (nem inteiramente boa) como qualquer ser humano normal. 

Darem um lado bom e fofinho a um vilão, que ainda por cima é giro como tudo, só dá mais vontade ainda de arranjar os 28 gatos e enrolar-me na mantinha.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

nunca pensei ser capaz de me apaixonar por um rapaz 4 anos mais novo


Mas olhem, aconteceu. Já tenho o casamento e o nome dos quatro primeiros filhos planeados, só falta ele saber que eu existo.
E cantar para mim todos os dias.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

apontamentos

Como não tenho mais nada de interessante a dizer, venho só registar publicamente a minha confusão mental de cada vez que vejo o anúncio do protetor solar da nívea. O novo protect & bronze.

O novo protetor solar que eu uso há uns cinco anos, estão a ver? Novo.

domingo, 3 de janeiro de 2016

cinderela, a benanosa.

O que eu acho mais triste nos concursos de talentos é que há sempre gente boa, realmente boa, que fica para trás para dar lugar a criaturas que não cantam um caralho mas contam as histórias da vidinha deles e depois puff: toda a gente chora e eles chegam à final.

Não por serem bons cantores, mas sim por serem bons contadores de histórias.
Great job.

domingo, 26 de julho de 2015

não estou a perceber

A gala do ídolos é sobre guilty pleasures mas eles não cantam uma única música vergonhosa - se fosse eu, ia acabar a cantar valesca popozuda ou a berrar que me levaram na má vida.

Gostava de ser assim, calminha.
Ou não.

domingo, 19 de abril de 2015

enerva-me um bocado

Mea culpa - não resisto ao ídolos e muito menos a umas boas gargalhadas à conta dos cromos. Mas há um lado triste por trás disto tudo. Há um lado imperdoável.

Enquanto nós nos rimos de alguém ou de algum comentário maldoso dos jurados, há alguém que vê um sonho morrer. Há alguém que se vê ridicularizado pelo sonho que tem.
Se todos cantamos bem? Definitivamente, não. Mas há maneiras mais simpáticas e humanas de o dizer, especialmente quando se está consciente de que aquilo vai ser ouvido por milhares, milhões, de pessoas. 

Toda a gente tem direito a tentar, desde que queira. Mesmo que saiba que não é assim tão bom - é um sonho, e matá-lo é matar um bocadinho de alguém.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

eu páro, juro

E então a menina foi para a ilha mais birge do que o azeite, mas entretanto prova e gosta. Começa a haver pinanço a toda a hora porque, palavras da própria, já que era tudo novo ela tinha de paticar mais - e então eu comecei logo a ver a cena toda; a gaja engravidava, princetown ia com o caralho, e ela ia acabar com oito monstrinhos de berço a arrotar a leite azedo enquanto ela fazia rissóis em casa para vender. Mas a vida sorri sempre a estas filhas da puta bonitas e então os espermatozóides tinham ido todos de férias para outra ilha.

chateei-me

Então o casalinho está mais de três meses preso numa ilha, tudo muito in love e pinanço everywhere, mas quando voltam a gaja é grande otária e mal fala com o rapazinho. O tipo amua um bocado e tal mas acaba por aparecer no baile, obviamente debaixo de uma chuvada enorme, e então o amor volta todo e ficam juntos para sempre, tão lindos que eles são, porque o amor tem destas coisas. Tá bem. 

Eu já me estava a preparar para ir procurar o gajo e oferecer-lhe metade da minha cama para ele chorar enroladinho, e afinal a puta ainda o quis, quando lhe apeteceu. Só eu não tive a mesma sorte.

e eu que me barbeio todos os dias

Agora que eu virei assumidamente gaja, queria que alguém me explicasse como que raio é que a gaja da lagoa azul está durante meses presa numa ilha e não começa a parecer-se com o chewbacca. Estas coisas chateiam-me!

domingo, 2 de novembro de 2014

só isto

Sobre o fator x tenho duas declarações a fazer:

em primeiro lugar, não entendo quem é que mete um puto de 12 anos a ocupar o lugar de alguém que já não vá mudar de voz daqui a um ou dois anos, além de que o puto, por muito fofo que seja, desafina por todos os lados;

em segundo lugar, tenho uma lesbian crush por aquela isabela, jesus credo, salvem-me a moça que eu quero pedi-la em casamento em direto.

domingo, 12 de outubro de 2014

é estranho

Eu sempre achei que tenho ar de pita e até me espanta que nunca me tenham mandado parar para se certificarem de que eu tenho realmente idade para conduzir - mas ver o fator x é frustrante. Como é que aquilo está cheio de pitas de 14, 15 anos que têm ar de ser MUITO mais velhas do que eu?

Sério, moças, vocês começam a envelhecer no útero, é?

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

mores

Se eu já antes detestava o d8, agora fico com vontade de pegar numa faca e ir matar koalas bebés de cada vez que passa a merda da publicidade onde o moço aparece. Quem é que lhe disse que aquilo é rap? A avó que é completamente surda?

terça-feira, 29 de julho de 2014

about me

Percebi que tinha alma de gorda quando me apercebi de que os desafios que eu mais gosto no fear factor são aqueles que envolvem comida. Geralmente, insetos vivos e tripas podres.

domingo, 6 de julho de 2014

a ver o the voice

Vamos então agora ouvir a mentora e os seus testículos!

Depois acabei por perceber que tinha ouvido mal e o que a bárbara disse foi discípulos.