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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

o desapego, o tão falado desapego.

Se há coisa que eu não consigo compreender é a forma como o desapego se tornou numa moda, símbolo de superioridade e independência, como se fosse, de facto, uma coisa boa. Não me refiro, obviamente, ao desapego material, mas sim ao desapego das pessoas pelas pessoas.

Há já anos que lhe fui apresentada, sem cerimónias, num dia em que a minha vida foi virada do avesso e o mundo passou a girar ao contrário; nunca temos realmente a noção do quanto os nossos gestos podem marcar alguém, e estou mais ou menos certa de que, quem causou esta mudança em mim, nunca julgou estar a deixar-me marcas tão profundas e difíceis de sarar.

Nos últimos sete anos, poucas, pouquíssimas, foram as pessoas em quem consegui confiar, e menos ainda aquelas que conseguiram uma posição na minha vida que fizesse realmente a diferença a ponto de não me imaginar sem elas. Assim, de repente, só me lembro de duas pessoas - com uma delas já não tenho qualquer tipo de relação, e a outra é o monsieur. 

Isto não é motivo de orgulho para mim, é meio triste e medianamente sufocante - não é por não querer, é mesmo por não conseguir. Se sinto falta de uma amizade forte, além do meu rapaz que, antes de namorado, é o meu melhor amigo? Claro que sim. Mas tenho constatado, com alguma pena, que o afastamento de algumas pessoas que, até há bem pouco tempo, faziam parte do meu dia a dia, não me pesa. Não me custa. Não me causa qualquer mossa nem me faz querer tentar recuperar a ténue amizade perdida. Pura e simplesmente, não quero saber - e não sou pessoa de fingir. Ou bem que gosto, ou não há mesmo nada a fazer.

Contudo, não vejo algo de bom nisto e continuo a não conseguir entender porque raio alguém poderia almejar tornar-se desapegado. Tenham cuidado com o que desejam - este lado do mundo não é tão fixe quanto possam pensar.

domingo, 30 de março de 2014

acho que se vão arrepender

Não quero parecer tendenciosa, mas não confio em ninguém que tenha tatuado only god can judge me. Além de me parecer a frase mais chunga de sempre, assim daquelas frases que se usam para justificar qualquer ato incompreensível a todas as criaturas dotadas de racionalidade, é mais usada do que eu sei lá. Pagava para  ver alguém a usar este argumento num tribunal.

não querendo meter veneno

Ainda gostava que alguém me explicasse qual é o intuito de não pararem de falar do ultra music festival, de publicarem UMF em tudo quanto é rede social, de se trancarem no quarto a assistir pela net. Isso é um bocado ridículo porque, segundo um estudo realizado por mim, ponto um, 80% dos que estão a delirar como umf são tão pobres quanto eu e não teriam dinheiro sequer para apanhar o autocarro de casa até ao aeroporto, quanto mais para ir a miami, e ponto dois, é mais ou menos equivalente a ter a minha avó a tentar assistir à missa pela televisão. 

A não ser que estejam espojados no sofá, de mantinha nos joelhos, a abanar os bracinhos, não consigo ver nenhuma vantagem em assistir àquilo sem poder dançar. Mas isto sou só eu, claro.