terça-feira, 19 de abril de 2016

como ultrapassar velhas sem piscas

Diz a panda que é muito constrangedor irmos a caminhar atrás de um grupo que prossegue com a sua vidinha em marcha lenta, num passeio que nos impossibilida de as ultrapassar a não ser que o nosso objetivo de vida seja acabarmos esborrachados na calçada. E é verdade, sim senhora dona panda, que isto é coisa para enervar uma pessoa. 

No entanto, a cinderela tem solução porque a cinderela não estava em casa quando deus nosso senhor distribuiu o juízo.

Há já algum tempo, estando a passar pela situção acima descrita e já num estado de nervos tal, entre "com licença... com LICENÇA... COM LICENÇA"'s nunca ouvidos pelo grupo de velhas que escolheram aquele dia para arejar a naftalina e acabaram a fazer uma procissão sem santos, concentrei-me, olhei o céu com ar de quem pede a paz e o amor no mundo, estiquei os braços e, aproveitando a oportunidade de assistir a uma procissão  inesperada (nah, isto não aconteceu, estou só a criar ambiente), disse alto e bom som:

AVÉ MARIA, CHEIA DE GRAÇA (...)

As velhas abriram um espaço entre elas, olhando-me como se eu fosse louca, e deixaram-me passar. Tenho a certeza de que me rogaram pragas e que foram para casa dizer aos bisnetos para nunca fazerem tal coisa em praça pública - o drama, o horror, a tragédia -, mas tanto faz.
O que importa é que eu passei.

5 comentários:

Daniella disse...

Ahahah pagava para ter visto isso! :D

Marisa disse...

foi um milagre divino :D

Anónimo disse...

Nos corredores do supermercado, são fáceis de ultrapassar.
Dá-se-lhes com o carrinho no tendão d'Aquiles que elas desviam-se logo.

Panda disse...

A sério, eu ADORAVA conhecer alguém como tu na vida real, porque isto é simplesmente priceless. :D

Joana Sousa disse...

Génial! <3

Jiji