quinta-feira, 28 de setembro de 2017

[palavra de honra que, volta e meia, olho para ele e ainda não acredito que tenho um homem tão bonito ao meu lado]

O mundo gira todo à volta do mesmo, mas ninguém sabe bem o que é; somos todos leigos, somos todos estúpidos, mas todos falamos de amor com a mesma veemencia, crentes de que somos detentores da definição mais acertada, da verdade absoluta. E somos, no fundo. Cada um da sua - e tu transformaste-te na minha.

Disse-me sempre descrente no amor, mas essa talvez não seja a verdade mais honesta: no que eu não acreditava mesmo era nas pessoas. E ainda não acredito, tenho de admitir. O cocktail de bondade, respeito e simplicidade está a cair em desuso, e parecia-me cada vez mais impossível conseguir encontrar uma pessoa que fosse A Pessoa. Que me fizesse crer que ainda vale a pena entregarmo-nos. E depois apareceste.

Nunca concordamos sobre isto, mas eu juro que me apaixonei por ti sem pressa nenhuma. Eu nem me queria apaixonar! Tinha delineado a minha vida a régua e esquadro quase como uma sentença. Ou uma redenção. Já não queria saber, só queria livrar-me do desassossego constante de nunca conseguir confiar. Mas tu... tu salvaste-me dos planos maquiavélicos que tinha para mim mesma. Fizeste-me ver que ainda existia mais vida além dos limites que me impus e que poderia ser muito mais feliz do que achei sempre que merecia. Obrigada. Já te tinha agradecido hoje?

Devagarinho, mostraste-me uma inocência que eu jurava a pés juntos já não existir. A calma. A despretensão. A inteligência combinada com a humildade de quem está sempre pronto a aprender mais. A bondade de nunca troçares, seja de quem for, de nunca seres indelicado, de tentares sempre ver o mundo segundo os olhos de quem te observa. E uma sensibilidade a cada história que ainda não deixou de me surpreender. Tornaste-te, em primeiro lugar, no meu melhor amigo. Depois, no meu namorado - é ou não é a combinação perfeita?

Ensinaste-me o amor sem medos. Fizeste-me perceber que não há mal nenhum em expressar o que sinto e que há uma dose de carinho especial em cada tem cuidado. Em cada abraço, em cada beijo na testa, em cada eu vou-te proteger sempre. É assim mesmo que me sinto: protegida. Segura. Pela primeira vez na minha vida, não tenho medo porque sei que posso confiar em ti. E isso... amor, meu amor, vale ouro. 

Hoje é dia 28 outra vez. 
Talvez não seja a data mais certeira para assentar o nosso início, nem um beijo num parque de estacionamento a forma mais romântica de se consumar o princípio de uma relação, mas depois de todas as curvas da nossa história, mas nunca nos demos ao trabalho de fingir que precisámos de um dia para decidir que queríamos ficar juntos, e na verdade foi nesse momento que eu percebi que era a sério. E que ia correr tudo bem. 

A ti, só posso desejar o melhor. E que continuemos a somar dias 28 pela vida fora, juntos.

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