quinta-feira, 6 de junho de 2013

patrícia, de cognome «a sociável»

ele, a sussurrar não sei durante quanto tempo: rapariga... rapariga...
eu: diz.
ele: podes emprestar-me o teu livro?
eu,ao fim de uma eternidade, porque não percebia nada do que a criatura dizia: sim.
ele: sabes como é, não sei o teu nome, tenho de te chamar rapariga...

Eu penso também não é hoje que vais descobrir, aceno-lhe e viro-me para a frente, porque tenho imenso jeito para socializar. E o pior é que eu chego mesmo a achar piada ao meu lado cabra-anti-social-que-não-quer-saber-de-ninguém, até me lembrar das desvantagens disso. Boa, patrícia, continua.

2 comentários:

marisa maria disse...

Adorei essa.

Uma vez, já há alguns anos , chamaram-me nina, ao que eu respondi "a nina tem nome" e perguntam qual era e eu tive a ideia inteligente, ou não, de responder "deves ter muito a ver com isso". Só depois é que percebi que não me tinha saído muito bem mas como era gentinha que não interessava nada não faz mal.

patrícia disse...

Aquele também era meio labrego. Eu é que não estou com paciência para contar a história toda, mas não foi a última vez que a criatura se meteu comigo :|