Tenho um ódio de estimação por aquele género de criaturas que se queixa de barriga cheia, que passa a vida a competir pelo tal pódio da infelicidade porque parece acreditar que só vive realmente se tiver a oportunidade de dizer num tom lastimoso que sofre, ora porque trabalha muito ora porque se diverte pouco, ora porque a vida é difícil ora porque não tem sorte.
Mas o que me faz trepar paredes é mesmo aquela massa que nunca tem dinheiro para nada e passa a vida a assumir-se pobrezinho e desgraçado mas que arranja sempre uns trocos para passear. Fico louca, que fico.
E reclamo, que reclamo.
Dá vontade de mandar foder, que dá.
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