Sou má com datas - não me esqueço delas.
Fico a moer, a roer as unhas até ao sabugo, a roer dedos, mãos e braços, fico com raivinha dos dentes e a tentar ignorar. Tento fazer-me de indiferente mas é fogo de vista; eu lembro-me. E ontem não me esqueci.
Nunca saberemos a importância que uma pessoa terá nas nossas vidas quando as olhamos pela primeira vez - mas, mais tarde, visto de longe, é impossível não nos espantarmos com o conjunto de banalidades que nos levaram até onde estamos agora. E que nos mudaram para sempre.
Há um ano atrás, era sábado - o sábado a seguir à sexta feira 13 - e eu cheguei a casa de manhã, a sentir-me meio esquisita e sem fazer ideia de que as coisas nunca mais seriam o que eram antes. Parece exagero? Mas não é.
Conhecê-lo mudou tudo. Mostrou-me um mundo que eu não conhecia, abriu-me os olhos. Fez-me mais eu. E, sobretudo, nunca lhe poderei agradecer o bastante por me ter levado até onde estou agora. Se acabou bem? Definitivamente, não. Mas, posso jurar, nunca me vou esquecer dele e da importância que ele teve na minha vida.
E, a cada sexta feira 13, será um novo e eterno obrigada - não pelo que fomos, mas por aquilo em que ele me transformou.
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