Se há coisa que me dá vontade de rir são os mártires - os pobres coitados que, se preciso for, se vitimizam porque o vizinho que vive ao fundo da rua, e a quem cumprimentam com um aceno não mais do que duas vezes por mês, tem uma cárie. Gente que acha que está cheia de problemas quando, bem lá no fundo, o único problema é quererem pintar as unhas e não poderem porque as roem até ao sabugo e fica feio. Gente que, quando não tem nada de que se queixar, vai buscar uma história de 1829 ao baú. História essa que nem lhe dizia respeito.
Dá-me vontade de rir pelo ridículo, que dá. Mas também me dá vontade de correr meia dúzia à chapada, para ver se acordam e percebem que há um mundo além da mente limitada com que nasceram e que, de facto, há gente que não nasceu com a vidinha facilitada.
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