domingo, 9 de agosto de 2015

sobre o passado

Apercebi-me de que passo a vida a obrigar-me a não pensar nisso, mas ainda há sítios que eu não perdoei, músicas que eu não sou capaz de ouvir e perfumes - o perfume dele - que eu não suporto. Apercebi-me de que nunca me permito a pensar muito no passado porque o passado mexe, mói, lança dúvidas e uma certa dose de desespero, de ânsia, de nostalgia. Já não há sentimento, mas há memória e às vezes é muito pior.
O tempo atenua as mágoas, cura as feridas mas alimenta a saudade; não sei se estaria melhor agora se não tivesse tomado decisões erradas. Provavelmente, não - mas nem por isso sou capaz de esquecer por completo.

Sem comentários: