Sinto-me como um prisioneiro que marca na parede os dias que passam - todos os dias, quando acordo, é uma nova vitória constatar que resisti mais uma noite; não te liguei, não te disse nada e só tenho de me voltar a preocupar com isso na noite seguinte.
Durante o dia eu aguento-me bem. Estou ocupada, tenho sempre sítios para onde ir, pessoas com quem falar, coisas para fazer; lembro-me de ti nos intervalos, nesses que eram religiosamente guardados para ti, mas passa. É à noite que o silêncio se abate sobre mim e a saudade aperta mais. Já não sabia o que era viver sem te ter na minha vida todos os dias. Já não sabia o que era adormecer sem a certeza de que me acordarias a meio da noite, só para me dar um beijinho.
E eu, que odeio que me acordem, era tão mais feliz nessa altura.
3 comentários:
Quase fui tentado a fazer copy/paste do comentário anterior...
Estas coisas não passam porque queremos que passem. Tudo tem o seu tempo, até as feridas têm um tempo para sarar. Não há um tempo padrão. Cada ferida tem o seu tempo condicionado por circunstâncias várias, que fogem à nossa vontade. Outras nunca chegam a sarar, mas habituamos-nos a viver com elas, como se fizessem parte de nós desde sempre.
No fim a vida é um amontoado de tudo o que nos vai acontecendo, porque mesmo aquelas que esquecemos, deixaram marca no nosso comportamento, na nossa atitude perante a vida.
Espero que essa fase de deprimência que estás a viver, tenha um fim sem deixar muitas sequelas.
Os corações jovens têm uma grande capacidade de recuperar dos trambolhões que a vida dá...
Como diz o Jorge Jesus, tens que continuar a "acraditar". xD
As noites são sempre terríveis... Dá vontade de tomar mil comprimidos para dormir e não sonhar!...
Olá! Acabo de descobrir o teu blog e já aqui tens uma seguidora!
Há pouco mais de um mês, também para mim as noites eram um pesadelo...mas com o tempo as coisas vão-se tornando mais suportáveis.
Espero que ultrapasses tudo rapidamente ou que, pelos menos te deixem de atormentar tanto.
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