Nunca gostei de gente demasiado domável, demasiado dada a rebanhos. Não sei. Talvez eu seja uma delas - haja quem o negue, eu já nem digo nada - mas continuo a repugnar isso nos outros.
Essa é uma das coisas que mais me custa ver em alguém. Há, por exemplo, um rapazinho em quem eu apostaria muito. Não tudo, mas muito. Aposto que ele conseguia ser mais e melhor do que aquilo que é, não fosse dar-se com gente medíocre. E, lamento, mas é mesmo essa a palavra. Se eu seria melhor companhia? Muito provavelmente, não. Mas há gente que não interessa nem ao menino jesus, especialmente quando parecemos esponjas a absorver personalidades. A deixar que as características dos outros interfiram nas nossas, e destruam aquilo que um dia fomos.
Se eu posso mudar isso? Não, mas gostava. Claro que não posso chegar ao pé do gajo e pedir-lhe que venha comigo porque eu lhe vou salvar a alma, mas sei lá. Se a criatura me desse ouvidos, dava-lhe uma palestra sobre as más companhias e a influência que elas têm em gente como ele.
Como não posso, que se foda. Ele já tinha idade para ter juízo.
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