Como se já não fosse suficientemente mau todo o tipo de associações parecerem acordar no mês de dezembro e decidirem que, hey, há gente a passar fome e frio e crianças que precisam que paguem para poderem ter educação e tudo e tudo, como se durante o resto do ano estivesse tudo perfeitinho, agora há a praga anti-moedinhas.
Há banquinhas montadas de três em três metros; quer uma pessoa ande na rua ou vá para um centro comercial, corre sempre o risco de tropeçar, no mínimo, em oito merdas dessas a vender cubos mágicos e bonecas de trapos a 5€. Se continua a ser assim, um dia destes temos de abrir as portas das nossas casas para virem cá montar uma banquinha também.
Mas o mais absurdo é que as ditas associações, que se dizem tão necessitadas de ajuda, não estão disponíveis a receber moedinhas. Nada disso: quem quer ajudar, tem de comprar uma «prendinha que até podem oferecer no natal», como se a generalidade das coisas não fossem hediondas. Poderiam servir de prendinha sim, àquela tia de quem não gostamos ou àquela amiga da família que tem barba - se lhes oferecêssemos alguma coisa.
Só costumo ajudar quem, notoriamente, precisa. Este tipo de instituições têm muito pouco de humildes e métodos duvidosos - se estivessem assim tão necessitados, aceitariam qualquer coisa. Cinquenta cêntimos, se fosse a única moeda que a pessoa tivesse para dar. Ou menos ainda; quem aceita não escolhe, e ninguém pode dar o que não tem. Obrigar as pessoas a comprar alguma coisa para ajudar, é só a maior parvoíce que lhes podia ter passado pela cabeça.
Enfiem os cubos mágicos no cu.
2 comentários:
Infelizmente não é parvoíce. Eles sabem bem o que fazem e como é Natal, as pessoas deixam-se ir na onda. Eu não compro essas merdas. Chamem-me nomes, mas daqui não levam nada. Até porque a maior parte das vezes, nunca ouvi falar naquelas instituições...
"Enfiem os cubos mágicos no cu"
E tentem resolvê-los em menos de um minuto. Era digno de se ver! :)
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