Desde que me lembro de mim que faço a árvore de natal no dia um de dezembro - planeava fazê-la quando chegasse a casa, ver se aquela coisa toda de fitas, bolas e luzinhas pisca-pisca me faziam finalmente sentir alguma coisa de bom e entrar no espírito natalício ou coisa que o valha.
Não resultou - a árvore de natal gigante, velha que só ela, está com tanta vontade disto tudo quanto eu; tentei, durante mais tempo do que me orgulho, que ela ficasse direitinha mas a puta estava ainda mais difícil de equilibrar do que eu quando bebo demais e ando por terreno acidentado, e acabou por se deitar.
Agora estamos as duas aqui; eu no sofá e ela no chão.
Se a minha sanidade mental já não fosse suficientemente duvidosa, até poderiamos trocar ideias sobre a melhor forma de parecer feliz e viçosa numa altura do ano que, se em anos normais já me deprime para caralho, este ano se avizinha, provavelmente, a pior de sempre, com as festas mais deprimentes de que há memória.
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