Há coisas que nunca dão certo, por mais que se tente, e pessoas com quem acabamos sempre por nos desencontrar, ainda que façamos todos os esforços para acertar o passo e os relógios; não acredito no premeditado. Não acredito mesmo.
De todas as vezes que tentei planear alguma coisa, foram raras aquelas em que não falhei. Já o disse - odeio essa ideia de ter a vida toda traçada a régua e esquadro em papel milimétrico, e por mais que imagine o amanhã, por mais que tente antever o que vem a seguir, sei que erro sempre e que as coisas nunca são como eu imagino. E então, sou muito mais pelo amanhã logo se vê. Se der deu, mas se não der, não há ressentimentos; não era para dar mesmo.
É por isso que não estou muito preocupada com o que se segue desta vez. Sei lá. Tenho feito tudo com tanta calma, que às vezes nem eu me dou conta de que tudo isso vai dar ao mesmo lado, e que o objetivo não se altera. Mas nem tenho feito muito; não é preciso e não vale a pena. De alguma forma inexplicável, eu sei que lá para o meio, tudo há de bater certo e eu acabo por conseguir exatamente aquilo que quero. E talvez isto seja errado, mas não quero nem pensar nisso desde que no fim acabe por dar certo.
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