segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

o dia da desgraça

Fui deitar um doente que estava sentado numa cadeira de rodas; posicionei a dita cuja, travei-a, assegurei-me de que os suportes para os pés estavam levantados, e puxei o homem pela parte de trás das calças, comme il faut. 

Quando dei por mim, estava meio abraçada a um jovem com o quíntuplo da minha idade e mais meio metro de altura, que me olhava a sorrir enquanto me dizia olá e se metia a balbuciar - percebi depois que o homenzinho baixou um dos suportes para os pés, sabe deus como, e estava a pisar-me com ele.

E a parte triste da coisa?
Isto foi o mais próximo que eu tive de um momento romântico nos últimos, sei lá, mil anos?

1 comentário:

Marisa disse...

Muito romântico mesmo.