segunda-feira, 7 de novembro de 2016

ceci n'est pas um blog lamechas, caralho!

[no fundo, eu sei a resposta - sei-o desde o primeiro dia, mesmo quando fico confusa, mesmo quando fico triste e a perguntar-me é que é possível que, de um dia para o outro, eu tenha perdido toda a importância que tinha para ti. magoa-me que, ao fim de dois anos, tenha sido tão descartável ao ponto de um dia teres decidido nunca mais me atender chamadas ou responder a mensagens onde só implorava por notícias tuas: obrigaste-me a seguir em frente, obrigaste-me a obrigar-me a esquecer-me do quanto gosto de ti. egoísta. eu não sou tão covarde quanto tu: teria lutado até ao fim, nunca duvides disso. e, quando me fizeste desistir de ti, não penses que fui sem dor: fiz os possíveis para salvar a amizade. acreditei piamente que, seguindo em frente, conseguiria manter-nos como amigos, que voltaríamos a estar os dois ao mesmo nível - mas nunca deixei de gostar de ti, nunca deixaste de ser importante, nunca deixei de te querer na minha vida, mesmo enquanto existiu outra pessoa. e fiz questão de o dizer, fiz questão que soubesses que eras demasiado especial para que eu aguentasse não ter notícias tuas.

e, no dia em que me cansei de esperar por uma resposta, também chorei: eu nunca me fui embora realmente porque um bocadinho de mim já é meio teu, desde sempre. porque foste demasiado para não seres nada - ainda que hoje eu ache que não te perdoo, ainda que não consiga seguir em frente com esta dúvida, ainda que me doa imaginar que não vou ter mais notícias tuas - no fundo, eu sei a resposta, mas quero que o digas.

depois de tudo, eu mereço ouvir-te dizer que não aguentaste perder-me.]

2 comentários:

L das Horas disse...

Eu também queria ouvir isso. Porque eu sei que ele sabe, mas nunca será dito.

Agridoce disse...

Ele nunca o vai dizer e tu tens mesmo de seguir em frente!