Há muito tempo que não me sentia tão desapaixonada, e essa existência morna não combina com a minha personalidade em ebulição - é ridículo e meio absurdo, mas sinto a falta daquele sabor a início, do sorriso tolo, da ansiedade boa, do coração aos saltos com uma simples mensagem. Sinto falta de coisas boas, de sensações boas, de pessoas boas - ao invés, ando aqui a choramingar pelos cantos porque ainda não consegui recuperar o fôlego depois de tudo o que perdi nos últimos meses.
Em contrapartida, tenho sido feliz nas urgências - escolhi-as por amor ao caos e por crer que teria muito mais a aprender num sítio onde teria de me orientar pelo meu próprio pé, sem rotinas e sem regras, só correrias e muito improviso. Tenho sido mais feliz durante essas oito horas em que sei que sou boa no que faço e que consigo ser alguém de quem as pessoas gostam, sem tempo para pensar em qualquer outra coisa que não aquilo que vou fazer a seguir. E sabe bem, que sabe.
2 comentários:
Pois... mas não podes fazer turnos de 24 horas a seguir a outras 24 e 24 e 24... O corpo precisa de descanso e quando a cabeça não tem juízo... :/
É um clichet mas é verdade. Melhores dias virão!
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