Tinha saudades do som da chuva a bater na janela, e da perfeição de cada relâmpago a cortar a escuridão da noite. Precisava do mundo a compactuar com o meu estado de espírito desta forma - e lá fora, a noite silenciosa é interrompida de vez em quando. Chamam-lhes trovões para simplificar, mas a minha avó dizia-me, em pequena, que era deus a ralhar com o mundo. Talvez hoje eu também pudesse ralhar com deus, pedir-lhe um bocadinho mais de sorte de vez em quando.
E pedir-lhe que acabe com isto de vez, que me faça deixar de sentir saudades do que não volta. Ou do que nunca tive.
1 comentário:
E é nestas tempestades, que também, eu assustada como sou gostava de ter alguém que me abraçasse e disse-se que ia ficar tudo bem, para não ter medo.
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