Há um rapazito lá na escola que começou a falar para mim do nada. Pronto, não foi do nada porque eu não sou a pessoa mais sociável do mundo, mas estávamos com amigos comuns e ele apresentou-se.
O problema é que aqui a patrícia é gente desconfiada que andava convencida há um século e meio que o tal gajo não gostava nada dela, e então ficou a achar que aquilo trazia água no bico. Juro. Achei que o facto de ele ter começado a sorrir-me sempre que me vê e até me ter vindo cumprimentar e tudo e tudo, era uma maneira de a criatura gozar comigo secretamente.
Agora percebi que não. Ele é mesmo tolo e, mais do que amigos em comum, temos um ódio de estimação pela mesma pessoa. Não sei, mas só por aquela oportunidade de a dissecar mentalmente de cada vez que falo com ele, já subiu mil pontos na minha consideração.
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