terça-feira, 14 de junho de 2016

sobre as minhas desgraças sociais

É como tentar romper a multidão para chegar à frente. Como ser uma gota no oceano e, mesmo assim, criar a ilusão de que se é uma gota imprescindível. Como acreditar, ainda que pareça impossível, que há uma maneira de mostrar ao mundo alguém invisível. É como tentar acrescentar algo de novo a alguém, quando nem para nós mesmos somos suficientes. 

É como quando, por cinco minutos, achas que alguém vai realmente olhar para ti - e depois desistes. Depois, arrumas-te outra vez na caixa das coisas inúteis e deixas-te estar lá, sossegada, em silêncio. É esse o teu lugar, é esse o teu papel. 
Já devias ter aprendido.

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma vez alguém que já não me recordo quem, dizia que só cá andava, porque o mundo tem que ter de tudo.
Por exemplo: um mundo sem moscas, provavelmente seria um lugar coberto de merda e cadáveres.
Tudo tem a sua razão de existir. Se não existissem gajas feias (como tu eheheheheheh), não tínhamos termo de comparação para avaliar as beldades. eheheheh
Mesmo a gota de água no oceano, é importante, porque é o conjunto de todas as gotas que lhe dão a grandeza que tem.
Deixa de te menosprezar. Se não tens nada que te faça sentir útil, faz de mosca e vai à merda. eheheheh
Estou a brincar. eheheh

eu.a.outra disse...

enquanto não saíres dessa maneira de pensar a vida não muda. sempre que tiveres um pensamento desses, pica-te com um alfinete (tens que andar sempre com um), ou belisca-te.
começa a pensar ao contrário.
não é treta quando se diz atraímos a energia que criamos.