quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

essa coisa dos beijinhos e dos abraços

Vamos começar pelo ponto fulcral da coisa: eu nunca gostei de beijinhos, e não há nada a fazer quanto a isso. Essa coisa de andar por aí a espalhar encostos de bochecha ou, mais dramático ainda, haver aquele contacto lábios-bochecha, não é para mim. Especialmente quando eu nem tenho assim tanta confiança com o ser humano que se propõe a invadir o meu espaço pessoal.

Por mim, cumprimentávamo-nos todos com um olá e um sorrisinho afetado ou, no máximo, um aperto de mão à homem do tasco. Deveria haver um protocolo que estabelecesse o número de horas mínimo de convivência para que se passasse à próxima fase.

Isto chegou a acontecer-me numa entrevista de emprego; mal entrei na sala, a mulher apanhou-me desprevenida e espetou-me as beiças na bochecha, sem pedir licença, e eu sem fazer a mais pequena ideia de que já estávamos nesse ponto da relação. Entretanto, não fiquei minimamente convencida com o que me disse em relação ao emprego e, à saída, quando se preparou para repetir a proeza, estiquei a mãozinha e apertei-lhe o bacalhau. Espero, pelo menos, ter-lhe ensinado alguma coisa.

E os abraços?
Se, por um lado, dar beijinhos a (alguns) familiares ou quaisquer outras pessoas com quem mantenha uma relação mais próxima, é na boa, abraçar-me é um direito exclusivo do monsieur. Qualquer outra pessoa que me tente agarrar, por melhor que seja a intenção, é só estranho. Eu não ando assim a encostar as mamas ao peito de qualquer um. Este é, definitivamente, o meu lado mais gato: se eu quiser festinhas e miminhos, tudo bem. Se não estiver para lá virada, é melhor nem chegarem perto, caso contrário... caso contrário, vou ter de fingir que está tudo bem porque não posso eriçar o pelo e espetar-vos as unhas na cara. É pena.

2 comentários:

disse...

Gosto de abraços, mas só entre os membros da minha tribo e quanto a beijos, até à filha dou um beijo a despachar e estamos cumprimentados.
Além de todas as outras coisas que têm a ver com o lado menos higiénico do beijo, na minha faixa "otária" ainda há outro lado que me irrita. São aquelas pessoas que de cada vez que me dão um beijo, não conseguem evitar o contacto óculos com óculos. Por causa dessa m€rda tenho as duas lentes riscadas. eheheh

ernesto disse...

Não há nada mais dramático do que ficar com baba na bochecha!