Apetece-me pedir-lhe desculpa por estar sempre tão triste - sinto-me culpada por o ter feito ficar durante tanto tempo. Sinto-me uma fraude; envolvi-o numa aura de mistério e de sarcasmo durante tempo suficiente para parecer que valia a pena. Mas, entretanto, desde que o deixei entrar na minha vida, desde que despi todas as barreiras e me entreguei, não sou mais do que a melodia triste de uma vida desperdiçada; tenho saudades de estar bem, de ser o mistério, de não mostrar que, na maior parte dos dias, eu sou mesmo infeliz.
E há dias em que ele muda isso, mas há outros em que nem ele chega para me amenizar as dores.
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