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sexta-feira, 11 de abril de 2014

quando eu digo que sou distraída

Como a viagem era curta e não me apetecia andar de malinha atrás, levei a carteira, o telemóvel, as chaves de casa e a chave do carro na mão. Assim que entrei, espetei tudo no colo da patrícia porque não me apetecia assistir ao vira dos meus pertences no tabelier; preparei-me para meter o carro a trabalhar. A chave não estava na ignição, não estava no colo da patrícia, não estava no meu bolso. No meu íntimo, já só imaginava cenários desastrosos e lembrava-me de um livro que li há uns anos onde as coisas que desapareciam misteriosamente nunca mais apareciam, e ai jesus que vai tudo com o caralho porque o carro nem é meu e... fez-se luz.

Abri a porta, tirei a chave do lado de fora e meti-a logo na ignição antes que a metesse noutro sítio qualquer. 
Vou ser gozada para todo o sempre.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

na alegria e na tristeza...

Ao telefone com a patrícia, uma a deprimir de cada lado, envio-lhe uma foto com um grupo de gajas:

(...)
- estás a ver a de cor de rosa? - tratava-se de uma gaja obesa com cara de homem, assim bem parecida com a imagem que eu tenho da padeira de aljubarrota - disseram-me que é grande puta...
- AQUILO TEM SAÍDA?


... até que a morte nos separe.

gente boa

Por motivos que agora não importa revelar, ontem estive a falar mal de alguma coweguinhas do sexto ano com uma das únicas pessoas com quem continuo a falar desde essa altura - e acabámos, inevitavelmente, a falar daquela bola que sempre teve a mania que era mais do que os outros, sempre toda pirosinha, sempre toda cheia de si, mas que agora está uma bola, feia pra caralho, e ainda não reparou. Pois que quase cuspi as minhas próprias vísceras quando a dita mocinha se sai com um a única coisa que me lembro é que ela, no sexto ano, já depilava a zona toda e pintava as unhas. Nunca me passou pela cabeça odiá-la por ter a parreca depilada aos 11 anos mas... why not?

estranhamente, é de gente assim que eu gosto

Assim que soube que uma amiga comum ia estar hoje com o rapazinho, uma das três únicas pessoas que sabem da história toda, pedi-lhe um trilião de vezes que não lhe dissesse nada porque não fazia sentido arrastar outras pessoas para isto - mas por mais que tenha implorado, que lhe tenha mandado mais uma mensagem hoje só para ela não se esquecer de que eu não queria, de todo, que ela falasse, ela falou.

Não consegui ficar chateada com ela porque, no fundo, sempre soube que ela o faria - estava quase tão chocada, revoltada até, quanto eu. Mas, mais uma vez, ele conseguiu desiludir-me. Mais uma vez, conseguiu magoar-me.

domingo, 6 de abril de 2014

diretamente do coração

Pareceu-me que o tema da click click desta semana era virado para o amor e foi o cargo dos trabalhos encontrar uma foto que o representasse.


Como saberá quem me conhece de outras bandas, não sou propriamente crente no amor como todos parecem conceber. Pelo menos, no que toca ao "amor romântico" propriamente dito. Mas acredito no amor que se tem pela família, no amor que se tem pelos amigos. E então, escolhi a patrícia.

Don't get me wrong, não estou a tentar metê-la à frente da real famelga - podia ter metido os meus pais, os meus primos, os meus tios, and so on. Escolhi-a a ela porque percebi que não importava realmente a pessoa que estava na foto, mas sim o que ela representa, e assim podia ter escolhido qualquer um deles, que queria dizer exatamente a mesma coisa: a família. 

A família, digo eu, não é só constituída por aqueles com quem partilhamos genes e apelidos - a família também é aquele bando de retardados com quem rimos até chorar e choramos até voltar a rir. E esta retardada, além de partilhar do meu atraso mental, posso garantir-vos que é a melhor pessoa com quem algum dia tive a sorte de me cruzar, a melhor amiga que algum dia tive.  Definitivamente, já faz parte da mobília - mas é aquele móvel de que não nos desfazemos, por mais velho que esteja, podre e cheio de térmitas. Desconfio que ela sabe disso e juro que lamento por todas as pessoas que não têm a sorte de ter uma amizade como a nossa. A sério que sim.

Quase cometi a loucura de meter uma foto onde se viam as nossas belas fronhas, mas acontece que tanto eu como ela somos alérgicas às objetivas e o resultado das nossas fotos raramente vai além do pavoroso. Daí a decisão de escolher uma onde estávamos naturalmente deformadas sem ter de passar pela vergonha de assumir que também ficamos mais ou menos assim quando tentamos tirar fotos decentes.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

um amigo meu

Percebeu que eu não estava bem mas não queria falar - deu-me a mão e ficou a fazer-me festinhas com o polegar. 

Naquele momento, soube-me pela vida, mas trouxe-me ainda mais saudades do tempo em que eu tinha essa relação com o tal amigo de quem acabei por começar a gostar - mas eu arruinei tudo. Passou tão pouco tempo e parece que foi há mil anos. É bem feita para mim, a ver se aprendo.

quinta-feira, 27 de março de 2014

esta é só uma de muitas

Eu sou só a coisa mais atrasada deste mundo, juro. Durante uma brainstorm em que fiz pouco mais do que perguntar-me como posso ter sido eu tão cega, acabei por me lembrar de um dia em que o rapazinho foi de calças de fato treino para a escola e uma sweat. Verdade seja dita, apesar de estar em negação e com a mania de que ele estava comodamente instalado na friendzone, ele estava mesmo giro. E eu quis dizer-lhe isso, porque era verdade, mas fiquei com vergonha a meio.

O que eu quis dizer: essa roupa fica-te bem.
O que eu disse: então, não te apeteceu vestir?

...
...
...


Agora pergunto-me porque é que as coisas entre nós não resultaram. Sure.

quarta-feira, 26 de março de 2014

ri-me mais do que me orgulho

(a falar sobre um passeio de barco)

- queriam levar a g e a d, mas espero bem que não.
- também eu! é que depois tem de ser tudo como elas querem, não compreendem...
- e são atiradiças como tudo! os gajos mandam-lhes bocas e elas acham que é a sério, fazem-se a eles*
- bem, pode ser que se atirem ao rio.


* uma é obesa, a outra tem bigode. ambas fazem de conta que têm um atraso mental, mas são tão ou mais normais do que eu.

algo bom, para variar

Falta mais de um mês para irmos desfilar a nossa awesomeness para o porto, e não temos falado noutra coisa senão no que vamos comer. Houve até quem já se tivesse dignado a pesquisar os melhores restaurantes na zona onde vamos estar, assim só naquela de irmos babando com antecedência e antecipando os orgasmos gástricos desse dia.

Se me tivessem dito há uns meses que eu ia acabar por conhecer estas pessoas e identificar-me tanto com elas, ter-vos-ia mandado às couves mas, graças a deus, a budda, a alá e a tudo quanto se queiram apegar, ainda há gente que me consegue surpreender pela positiva. Ámen!

modéstia à parte

Serve-me de guilty pleasure constatar que a maior parte dos amigos dele gosta de mim, mas ninguém gosta da nova amiguinha dele. É bem feita. É mesmo bem feita. 

quarta-feira, 12 de março de 2014

amanhã

Vou engolir meia tonelada de orgulho e, pela primeira vez, ser a que dá o braço a torcer. Prometo.

ele estava um degrau acima

Provavelmente porque da última vez que me viu, ontem, eu estava a ter um ataque de choro e fugi dele, hoje passou-me o braço por cima dos ombros e ficou a olhar para mim enquanto subíamos as escadas. E eu queria ter-lhe pedido desculpa por ser tão insensível, queria ter engolido o orgulho e assumido que sinto a falta dele. Queria ter-lhe dito que, foda-se, pode não parecer, mas eu gosto muito dele. O que é que eu disse?

Cresceste!

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