Estou a sufocar.
Ninguém sabe que a cada dia que passa, eu me sinto mais e mais despedaçada, como se me tivessem acabado de roubar mais um bocadinho. A cada novo dia, eu sei que é menos um dia, menos uma hora, menos uns minutos. Menos, menos, menos. Já não há tempo para inverter o final da história. Não podia ser a meu favor, desta vez? Tenho mesmo de ser sempre eu a sair mal? Já não temos tempo para morrer de amor e renascermos outros. Um outro eu de quem tu pudesses gostar – um eu normal. Foda-se. Quando mais gosto de ti, mais me detesto. Quem me dera ser normal, quem me dera ser o tipo de pessoa de quem se gosta.
Eu penso demais, sabes? É-me impossível não estar consciente de que não importo para ti. É-me impossível não saber que, se eu morresse neste preciso instante, isso não importaria para ti. Não imaginas o quanto isso dói. Não imaginas o quanto me magoa a tua indiferença, e o quanto me mata lentamente saber que a culpa é minha. Foda-se, eu gosto mesmo de ti!
E se soubesses? O que aconteceria se soubesses?
Acho que nunca vou descobrir.
1 comentário:
Talvez se ela soubesse tornaria as coisas mais simples, e menos complicada. A insegurança dos dois pode ser grande demais. ;)
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