Já não é novidade que eu sou pouco dada a cenas de gaja com roupas e sapatos e cenas. Compro quando preciso, e de resto passo bem sem lojas de roupa por perto e despe-veste-despe-veste. E mais, prefiro gastar dinheiro em livros do que nessas coisas, portanto para mim, quanto mais poupar, melhor.
Este ano tinha decidido não comprar um bikini. Tinha um azul, giro que só ele, do ano passado, e mais uns quantos de outros anos, embora o azul fosse o meu grande amor. Não ia gastar dinheiro com coisas que já tinha, não é?
Então pronto. Bikini vestido, jumpsuit, chinelos, toalha, protetor e livro, e está a lontra na praia estendida ao sol. Até que, a lontra que até há uma semana atrás tinha 3 cobertores na cama, decide que era o momento ideal para o primeiro mergulho do ano. Meia hora depois - sou um tanto ou quanto friorenta, mas também tenho a argumentar em meu favor que vivo no centro e a água não é propriamente quente - consegui mergulhar.
Aconteceu uma tragédia. Quando voltei à superfície, o estúpido do bikini tinha violado a intimidade do mamaçal residente. Ou, por outras palavras, estava a fazer topless involuntário. Vá, mas com o top lá.
Vim a descobrir que o meu bikini giro estava todo estragado afinal, e que eu devia ter-me apercebido disso.
Acabei por ir comprar outro ao supermercado mais próximo, só naquela de tentar não mostrar ainda mais do que já tinha mostrado - senhoras das limpezas do eleclerc: estão à vontade para me odiar. Fui eu que enchi a casa de banho de areia enquanto mudava de bikini.