quarta-feira, 29 de maio de 2013

ainda não sei gostar de mim

Se calhar, a maior vantagem de tomar todas as decisões por mim e ignorar o que me dizem, é também a maior desvantagem. Quando isto tudo acabar, quando tudo estiver feito e eu voltar a mergulhar nesse abismo, não vai restar ninguém. Serei só eu, e não terei ninguém a quem culpar. Parece bom? Parece. E, no fundo, sei que é. Mas só vai incendiar ainda mais a revolta que sinto contra mim mesma. 

3 comentários:

Toni dos bifes disse...

been there.

somaijum disse...

Não sei se poderemos considerar isso uma desvantagem.
É certo que "repartir" responsabilidades, de certo modo pode dar alguma sensação de alívio, mas por vezes a fatura que temos de pagar pelas ideias e conselhos alheios, acaba por ser mais cara do que assumirmos por inteiro os erros das nossas decisões.
Não há ninguém a quem culpar, mas não há ninguém a quem dar satisfações. É duro "vivermos" por nossa conta, mas mais dura é a submissão à vontade e às ideias dos outros.
Acho que uma das faces mais importantes da liberdade, é a liberdade de decidirmos o que queremos fazer da nossa vida. Cometer erros ensina-nos a corrigir erros. E não é com os erros dos outros que aprendemos: É com os nossos.
O peso das decisões não é um fardo tão pesado quanto o é o fardo da subserviência.
Deve ser muito triste transportar nos ombros o peso de uma cabeça que serve apenas como refletor das ideias de terceiros...
Porra, escrevi quase tanto como tu. xD

patrícia disse...

Eu vou acabar por fazer o que quero xD
mas de qualquer forma, sim, também é mau deixar-se levar pelos outros. A questão é só mesmo o facto de me ir revoltar contra mim.