Não sou propriamente detentora da cura para a sida, mas começo a dar os meus primeiros passos no mundo das descobertas. Consegui descobrir, por mero acaso - só para evidenciar a minha genialidade -, a maneira mais simples de parecer retardada em público.
Eu fiz a experiência numa aula de psicologia, mas vocês podem escolher um local a gosto. Saliento porém que, quanto mais pessoas estiverem presentes, maior será o impacto.
Para começar, lembrem-se de uma situação em que seja notável a paragem cerebral. Imaginem que, por exemplo, vos ligam para casa e vocês, tão sãos, tão normais, ao invés de dizerem bom dia, boa tarde, ouocaralhoquefodaistotudo, iniciam uma conversa com um santinho!, saído assim do nada.
Assim que se lembrarem, ainda entre gargalhadas, contem a alguém. Mais uma vez, podem contar logo à criaturinha ao vosso lado, mas estou certa de que se o tentarem contar a alguém que esteja do outro lado da sala, aos berros, os efeitos serão muito mais rápidos.
Esqueçam isto por uns momentos com uma conversa acerca de unicórnios e papoilas douradas, ou debatam os impactos do aquecimento global, sei lá, tentem descobrir o número total de moscas que morrem diariamente em todo o mundo. Esqueçam a cena do telefone.
Por fim, relembrem tudo outra vez. Preferencialmente, quando toda a gente estiver calada. Desmanchem-se a rir sem razão nenhuma aparente. Riam-se muito. E, quando virem todas as cabeças voltadas na vossa direção, riam-se ainda mais, incontrolavelmente.
Com sorte, toda a gente fica a pensar que vocês são uns psicopatas potencialmente perigosos, o que, bem vistas as coisas, pode ser bastante útil quando se querem livrar de alguém.
2 comentários:
Ataques de riso são horríveis. Tive uma no outro dia com um amigo numa formação que estou a tirar e onde a maior parte das pessoas são mais velhas do que eu, incluindo pessoas que têm idade para ser meus pais. For vergonhoso.
Mesmo assim são os melhores momentos de todos!
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