sexta-feira, 31 de maio de 2013

podia lá eu gostar de alguém normal.

É errado dizer-se que não escolhemos a pessoa de quem gostamos. Acredito que, ainda que de forma inata, escolhemos. Talvez estejam essas teorias loucas meias certas; se calhar, a história das almas gémeas é verdadeira, se calhar também há almas alheias que nos assentam tão bem como se fossem as nossas próprias almas, e acabamos por entender que não as podemos deixar ir mais. Chamamos-lhe amor para simplificar a justificação. Ou se calhar nem é nada disto, mas não importa.

Acredito que o escolhi. Porquê, é difícil de explicar. Há algo nele que me fascina desde o primeiro momento, ainda que isto me pareça demasiado infantil para confessar em voz alta. Mas é isto mesmo; ele fascina-me e a única maneira de explicar porque é que gosto dele, é descrevê-lo com todos os pormenores - porque sim, os pormenores fazem diferença. Simplifiquemos. Gosto dele por ser ele. Gosto dele por ser estranho e não sei isolar uma caraterística, não consigo diminuí-lo a um só pormenor. E é isto - é isto que o torna (ainda mais) inalcançável por alguém como eu. Desse o mundo três cambalhotas que eu continuaria a não ser o suficiente.  

Não há nada a fazer. Daqui a pouco tempo, os nossos caminhos separam-se de vez, e ele nem se vai voltar a lembrar de mim. É melhor começar a habituar-me a isso.

1 comentário:

- Dii - disse...

quem disse que não eras suficiente? existe amores não correspondidos porque nem sempre temos sorte agora acho que não esta certo diminuires-te ou eleva-lo ao inalcançavel. Porque nem sempre o que aparenta é... just saying ^^