Tenho uma necessidade paradoxal de fugir de ti e de te manter por perto, exatamente pela mesma razão; eu gosto de ti. E como é que o poderia dizer algum dia? Não podia. Como me disseram hoje, não posso deixar que os meus sentimentos caiam de pára quedas na tua vida, vindos do nada. E, para te ser franca, não quero perturbar o teu mundo.
Acho que o que me dói mais é saber que te arrumei no caixote dos sonhos impossíveis no primeiro dia, mas continuei a ir lá e abri-lo de vez em quando, só para poder ver mais um bocadinho de ti, para ter a certeza de que não estava louca quando me apaixonei por ti. E tu, inocentemente, foste-me dando mais razões para gostar. E mais ainda para selar a caixa.
Queria conseguir explicar-te porque raio estou a chorar, mas não consigo. Não consigo e nem sei se quero. Pensar na realidade nestes moldes, na forma como a estou a sentir, é ainda pior do que isso. Eu sei o que se passa, mas não quero sabe-lo. Quero esquecer-me. Não quero chorar já por esse adeus marcado para depois, mas para um depois que nunca chega porque nenhum de nós se há de querer despedir. Ainda que por motivos diferentes.
Temo esse dia. Não consigo imaginar o sufoco de um até nunca mais, quando nada do que havia por dizer, foi dito. Refiro-me à minha parte, é óbvio. Não duvido que para ti esteja tudo claro, mas não imaginas o quanto a minha água é turba se lhe tocares. O meu problema, é achar que não tenho o direito de omitir a alguém que é nessa pessoa que penso antes de dormir, e que, inevitavelmente, é das primeiras pessoas em quem eu penso quando acordo. Por outro lado, não sou o suficiente para ti a qualquer nível, e isso torna o meu sentimento insignificante. Para que raio quererias tu saber? Para nada.
2 comentários:
Ainda bem que o blog é meu e eu posso escrever na quantidade que me apetecer.
Não respondas às tuas próprias perguntas, porque podes estar errada.
Quem sabe o que vai na cabeça e no coração dos outros? :/
P.S. não te digo mais nada neste P.S.
Raios vos partam. :(
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