Talvez por isso, habituei-me desde muito novo a traçar uma fronteira invisível entre mim e os outros. Fossem eles quem fossem. Comecei desde muito cedo a adotar uma distância razoável e a mantê-la, sem nunca deixar ao mesmo tempo de estudar cuidadosamente a atitude dos meus interlocutores. Aprendi a não engolir todas as histórias que as pessoas me contavam. Os livros e a música têm sido a minha única paixão e, como devem calcular, levo uma vida solitária.
Haruki Murakami,
sputnik, meu amor
1 comentário:
Tens de tentar, de algum modo, quebrar essa barreira. Não é fácil mas acredito que eras mais feliz se conseguisses. Nem que começasses por abrir só uma pequena brecha, como quando entramos na água da praia. Começamos por sentir algum desconforto ao metermos os pés na água gelada, mas aos poucos o corpo habitua-se à temperatura, sem o choque inicial de uma entrada repentina.
Vais ver que não custa assim tanto.
Ao menos tenta... xD
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