Nunca entendi o porquê de darem as boas vindas a cada mês com imagens tipo june, be awesome como se fosse aquele parente chato pra caralho que nós ficamos a rezar para que lhe dê um ataque qualquer que não nos faça ter vontade de o estrangular de cada vez que ele abre a boca. Mas dar as boas vindas a junho é coisa para me deixar com uma especial raivinha dos dentes.
Porquê?
Porque, sim, é verdade, estou quase a entrar naquelas férias ilusórias que precedem a época de exames e onde eu já me estou a ver a engordar trezentos quilos durante aquelas semanas de clausura em que eu faço pouco mais do que comer, estudar e entrar em pânico. Além de que eu acho que já estou em pânico com os exames há, sensivelmente, nove meses. Uma gestação completa de enjoos, amuos, maus dias e muitos nervos, portanto. Para melhorar, este mês ainda vai ser marcado por exames médicos que eu preferia não ter de fazer e por festas onde não vou poder ir, porque me vou sentir culpada de cada vez que meter um pézinho que seja na rua e perder trinta segundos de estudo.
Por isso, alforrecas, junho não é um bom mês e por mim saltávamos já para julho, para o pós-exames, para as festas, para a praia, para os dias passados a ler e a coçar o cu.
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