terça-feira, 27 de agosto de 2013

mas se me derem um hamster, ele morre em tempo record. se eu me conseguir aproximar, claro.

Não sei se repararam no final do post anterior, na minha retirada fantástica e maravilhosa, que visava deixar um leve suspense no ar. Perguntem-se lá: mas o que é que a criatura quer dizer com «eu já tive pássaros antes...»?

Bom, o que eu quero dizer é que, efetivamente, a minha casa já foi co-habitada por passarada, mas acontecimentos meio sinistros, culminaram na morte dos ditos. 

Para começar, era eu ainda um monstrinho de berço, tinha imensos canários. O problema é que as gaiolas estavam relativamente perto do meu quarto, e os filhos da puta acordavam-me quando se punham a cantar. Prefiro acreditar que as minhas pragas não surtiram efeito, e que eles se suicidaram por motivos que me são alheios, mas a verdade é que, um a um, bateram todos asinhas para o além.

Uns anos mais tarde, um tio do meu pai mostrou-me o paraíso; um periquito de asas cortadinhas, que podia andar por todo o lado. Brutal! Dava para o meter no ombro e brincar aos piratas. E também dava para o deixar andar às soltas à vontade, até que o cabrão me cagasse na cabeça. Mas era na boa.
Um dia, o passarito pousou na borda de uma taça cheia de água. Eu, sempre muito normal, quis testar; queria saber se o pássaro sabia nadar. Empurrei-o para a água e fingi que foi um acidente.
Só há uns meses a minha mãe soube que fui eu quem deu banho ao pobre. Morreu uma semana depois - mas antes que perguntem, não, não fui eu que o torci. Vamos acreditar que foi de morte natural, e que o desgraçado não tinha apanhado nenhuma pneumonia, boa?

A seguir ao desgraçado, veio outro. Na altura, eu tinha um gato pequenino, amarelo - que alguém decidiu que ficava muito melhor a fazer de tapete, e por isso atropelou-o. O que eu também tinha, era uma mente muito estranha. Ocorreu-me que, sei lá, eles pudessem ser amigos. E o que é que os amigos fazem? Vão a casa uns dos outros. Foi por isso que enfiei o gato dentro da gaiola do periquito.
Mas ele sobreviveu!
O pobre do bicho só morreu uns meses mais tarde, quando não me ocorreu que ele poderia, eventualmente, precisar de água.

Em minha defesa, tenho a dizer que eu agora sou uma boa menina e que ninguém pode garantir que seja a principal responsável pela morte da passarada. Toda a gente sabe que a vida de pássaro é extremamente frustrante, especialmente quando a dona nos corta as asas e a única coisa que podemos fazer é morder-lhe as orelhas e cagar-lhe em cima. Se eu fosse os meus pássaros, também me teria suicidado.

2 comentários:

somaijum disse...

Bem, se gostas de pássaros em cima da cabeça, há um animal que não te aconselho a ter: um elefante. Além de ser muito pesado, se te caga na cabeça é o mesmo que seres enterrada viva. Só que enterrada em merda. Ahahahahahahah

Ghonce Palmer disse...

MY GOD, QUE CRIATURA ASSASSINA xD Não desesperes, eu quando tinha bichos da seda, de vez em vez abria com uma faquinha o casulo da larva a ver se conseguia ver a metamorfose a meio, a pobre a partir daí não evoluía mais xD