Vínhamos eu e a patrícia, muy miguxas, sentadas no autocarro quando um puto começa a dizer que baixa os calções para mijar no mar. Entretanto, ele sai e toda a gente parece esquecer-se da existência da criatura. Toda a gente, menos eu. Viro-me para a patrícia, com a maior das naturalidades:
eu: tu baixas as cuecas para mijar?
ela: eu não! e tu?
eu: também não...
Como é óbvio, isto coincidiu com um daqueles momentos em que se instala o silêncio e só se ouvem as vozes destas duas almas penadas. Quando olhámos à volta, percebemos que tínhamos instalado o pânico e os putos do banco ao lado estavam a olhar para nós mais ou menos assim:
É particularmente interessante imaginar aquela gente a achar que nós mijamos de cuecas.
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