Passa a vida a tentar ser aceite, mas ninguém gosta por aí além dele - esforça-se, esforça-se demasiado, faz coisas ridículas e ainda acha que é muito ele. É um bocado esquisito de se explicar; nota-se que tem um carácter forte, mas deixa-se domar assim que percebe que assim se destaca tanto dos outros que não se consegue relacionar com eles. E os outros são o tipo de gente que não interessa a ninguém - ele não. Ele ambiciona ser igual a eles porque ainda não descobriu o quão melhor é. O quão melhor pode ser. Rebaixa-se a torto e a direito, anula-se, inventa paixões que não sente, tenta arranjar o tipo de miúda que os amigos invejariam, mas a única coisa que ela lhe faz é cansar a direita; talvez até ele compreenda que, no fundo, só se está a obrigar a sentir. E não resulta, felizmente. Ainda espero que ele um dia acorde, ainda espero que ele um dia cresça, ainda espero que ele aprenda a usar a personalidade que tem, porque estou certa de que ele se pode transformar numa dessas pessoas incríveis que todos quereriam ter por perto - basta querer. Acima de tudo, desejo-lhe o melhor.
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