Sinto-me a cair num poço sem fundo. Um poço que eu própria escavei, durante meses e meses, sem me aperceber de que as coisas boas ainda me pesavam mais nas costas e ainda me afundavam mais depressa. E aqui estou eu; para variar, sem chão.
Talvez isto aconteça a todos, de vez em quando. Ou talvez tenha sido só de mim e tenha sido precisa muita presunção da minha parte para achar que havia uma maneira de acabar com este ciclo vicioso. Para que as coisas fossem diferentes, seria necessário eu ser diferente, mas não sou. Nem há grande esperança de mudar. E de nada me adianta tentar dizer a mim mesma que não merecia isto e que a culpa não é minha; se-lo-á sempre, para sempre. É em mim que o mal começa e, inevitavelmente, acaba.
Neste momento, preciso de fazer aquilo que sempre fiz de melhor - fugir de toda a gente. Ausentar-me de todos os lugares. Não ocupar espaço na vida de ninguém. Ser só e unicamente por mim mesma. Talvez isto signifique mais uma pausa no blog, ou talvez acabe por voltar aqui mais tarde quando já não souber o que mais fazer com os meus pensamentos. Agora não. Agora é um até já, antes que sufoque.
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