Outra das razões para a convivência comigo não ser tarefa fácil, é o facto de eu ser um autêntico furacão - e não, não uso a metáfora para dizer que tenho uma daquelas personalidades fortíssimas dignas de um par de colhões. Isso até seria bom, mas eu sou um furacão no sentido triste da palavra; onde eu passo, deixo um rasto de destruição. Sou a coisinha mais atoleimada que vocês consigam imaginar; estão a ver aquela criatura desajeitada que, nos filmes americanos, invariavelmente, derruba uma pilha de latas de salsichas num supermercado? Essa sou eu. A que se engasga a falar, troca-se toda e acaba por dizer mais do que deve. A que vai contra as pessoas a toda a hora porque é difícil fazer manobras em segurança com um cu de três quilómetros. A que ontem quase deu com a mala na cabeça de uma gaja que estava sentada na esplanada, porque é despistada e se esqueceu de que podia ser boa ideia não andar como se tivesse um foguete entalado no cu, ali, no meio de tanta gente. A que tentou levantar o braço de uma rapariga para ver se era verdade que tinha tranças nos sovacos, e sem querer lhe apertou a mama. Juro. Eu sou a que faz sempre asneira. E o pior é que ainda me rio por cima, porque não basta mostrar às pessoas que tenho um atraso mental profundo, ainda me dou ao luxo de lhes dizer que gosto disso. Enfim.
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