Faltava-me perceber que as pessoas nem sempre vão agir da maneira que eu esperava e que, de vez em quando, isso me vai magoar de tal forma que vou meter tudo em causa e dar por mim a pensar se não estarão elas a fazer de propósito. Talvez estejam - há gente para tudo e eu já não espero muito de ninguém -, talvez estejam só a proteger-nos. Ou a elas mesmas, e não as podemos culpar por isso.
Ainda não tinha percebido que o importante é ouvir, antes de decidir o que é ou não é imperdoável. O importante é compreender, de uma vez por todas, que não somos todos iguais e é mais ou menos normal que uma decisão, por mais que nos magoe, pode ter parecido a mais acertada para essa pessoa. E, mais uma vez, não a podemos culpar por isso.
Perdoar é bom e sabe bem. Decidir desculpar quando tinha prometido a mim mesma que, se algum dia lhe voltásse a falar, o mandaria para o caralho, foi a melhor coisa deste mundo. Não há nada de errado em voltar atrás, em perdoar, em deixar de lado esse orgulho idiota dos que só veem para a frente. Há muitos outros caminhos ao lado, muitas coisas que não conhecemos. Muitos sítios onde vale a pena ir. Não sei. Se as coisas mudaram? Imenso. Mas para melhor, porque agora está tudo bem definido na minha cabeça e restou-me uma amizade que não quero, de maneira alguma, perder. Tinha saudades dele, sim, por muito que a raiva me fizesse dizer que nem queria voltar a falar. É mesmo bom tê-lo de volta.
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