Na sexta, antes da aula de zumba a que o rapazinho supostamente vinha assistir, reparei que me tinha transformado num barril de cerveja com pernas e que tinha passado de lontra gorda a lontra obesa de um momento para o outro. Deprimi porque ele me ia ver assim. Ele não pôde vir. Deprimi porque não o ia ver. Depois fiquei chateada. Depois fiquei ainda mais chateada. Depois acalmei. No dia seguinte fiquei chateada outra vez. E então interpretei mal tudo o que ele me disse. Fiquei muito chateada mais uma vez. Apeteceu-me arrancar-lhe todos os orgãos, um por um, a começar pelos genitais. Depois acalmei e fui atrás dele. Percebi que ele estava chateado e que tinha toda a razão. Deprimi porque sou estúpida. Rendi-me. Rendi-me outra vez. E mais outra. Deprimi. Comecei a chorar sem saber muito bem porquê. Achei que estava a ficar louca.
Só hoje é que descobri que afinal tudo isto era sinal da explosão uterina eminente. A minha pança voltou ao normal e já prometi a mim mesma acalmar as hormonas pelo menos o suficiente para não me passar com mais ninguém. E, só para que fique claro, eu odeio todas as gajas que não sofrem de tpm.
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