quarta-feira, 16 de abril de 2014

ai o anonimato, patrícia

No dia em que decidi tornar o blog invisível para vocês, estava mesmo determinada a não voltar. Estava tão determinada a encerrar este capítulo da minha vida, que nem me dei ao trabalho de aqui voltar. Achei que era desta. Mas não dá.

Começar do zero é muito giro, escrever onde não há parasitas a ler é muito giro, mas não é o meu blog. É aqui que eu pertenço, é aqui que eu gosto de me humilhar publicamente, de vos fazer sentir normais. É aqui que eu gosto de ser eu, porque é aqui que as pessoas me conhecem pelo primeiro nome e já sabem que não dou muitas confianças a ninguém, nem sou a seguidora adorável que responde a todos os comentários and so on mas, mesmo assim, voltam cá. E é de quem gosta do que eu escrevo que eu quero por perto. E de quem não gosta, também.

Podia dizer-vos que vou restringir este ou aquele assunto, que vou evitar falar sobre aquilo que não me convém que se saiba, mas sei que não vou conseguir fazê-lo. Se perceberem, azar. E que nada fique por dizer, que nada fique por esclarecer, que nenhuma ida para o caralho fique por recomendar. Estou aqui, onde me podem chamar patrícia, eventualmente cinderela e, de vez em quando, alfredo ernesto, e estou disposta a atirar-me aos lobos outra vez e escrever o que me apetecer, sobre o que me apetecer e, sim, sobre quem me apetecer. 

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