[não é amor, porque eu acredito no amor nem tive tempo para te amar. não quis ter tempo. mas estive a pensar e acho que já não estou chateada contigo por aquilo que me fizeste porque estou muito mais chateada comigo mesma por aquilo que nos fiz. tu és incrível. perdoa-me, mas sempre te achei demasiado para mim; és a pessoa mais incrível que eu algum dia conheci e, quanto mais penso nisso, quanto mais me lembro de tudo o que já fizeste, de tudo o que queres fazer, mais me apercebo do quão enorme tu és, do quanto tu mereces o mundo, do quanto eu gosto de ti. e do quanto é altamente improvável que, podendo ter o mundo, me fosses escolher a mim. logo a mim, que não tenho nada para te oferecer. desculpa, não sei se acredito nisto, mesmo com todas as provas. mesmo com o mundo a conspirar a nosso favor. como posso ter eu remado contra nós? tu és incrível. já disse? ah, mas digo outra vez: tu és incrível e eu tenho pena de não me ter permitido a ver isso a tempo de não te ter deixado escapar. e o pior é que, no fundo, eu sei que não posso ir embora já, que ainda te posso tentar recuperar, mas o meu orgulho não deixa porque nunca fui atrás de ninguém. estou cansada de ir atrás, percebes? mas eu gosto tanto de ti, que te perdoo o mal que me fizeste pelo mal que te fiz. desculpa-me. desculpa-me e deixa-me dar-te o abraço que te neguei naquele dia - não te contei, mas assustei-me. fugi-te porque me assustei com a tempestade que se tinha levantado no meu peito. não era suposto, juro que eu não queria, mas já gostava de ti nesse dia. desculpa não ter sabido dizê-lo. desculpa ter-te deixado ir. e eu prometo tentar não fugir outra vez, prometo tentar ficar - mas se eu não conseguir, puxa-me. puxa-me para ti e não me soltes mais; dou-te mil e uma oportunidades, desde que alguma te faça voltar. prende-me a ti. juro que nada me fará mais feliz.]
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