Um dos erros crassos dos que se regem pelas frases feitas, é interiorizarem que quem ama, perdoa, e esquecerem-se de que também o perdoável tem os seus limites. Por vezes, pode ser difícil delimitá-los, mas existem.
Era importante as pessoas perceberem que, por mais que seja crucial respeitar os outros, é essencial metermo-nos em primeiro lugar. E que, por mais que gostemos de alguém, chega a uma altura em que não dá para continuar a fechar os olhos a erros sistemáticos que, no fundo, sempre soubémos que nunca seriam corrigidos. Ninguém muda por ninguém, a não ser que queira mudar - e isso é raro. Raríssimo. E necessita de uma maturidade que me parece ser cada vez mais escassa.
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