No topo da lista dos sítios onde eu, claramente, nunca vou arranjar um namorado que não seja ceguinho das duas - ou das três - vistas é no ginásio.
Sério, senhores, eu devo ter feito muito mal a alguém noutra vida porque parece que não andam lá gordos e que mais ninguém começa a jorrar suor por tudo quanto é poro; e então, eu hoje esqueci-me de comer. Não me perguntem como aconteceu, mas esqueci-me de lanchar e fui para o ginásio. Os vinte minutos de anda-corre-rebola da passadeira foram pacíficos, mas, quando parei, ia desmaiando.
Foi assim que eu acabei de pernas para o ar, assim em jeito de prece invertida, na sala ao lado. E foi assim que o gajo mais gostoso, tipo aqueles ai-jesus-que-eu-ia-lá-e-não-voltava aka juro-que-se-olhas-para-mim-a-minha-roupa-popica-tipo-poing-poing-poing, me encontrou. Riu-se e perguntou-me se se estava bem; podia ter-me queixado mas estava francamente melhor naquela altura. Ri-me também.
Então, teimosa, atestei o bucho com água com açúcar e vai de cumprir o plano até ao fim porque eu sou moça de raça e não sou de me ficar à primeira indisposição; havia de acabar aquilo nem que fosse a rastejar. E acabei. Acabei mas, a dada altura, era só eu e três mocinhos - o gostoso e outros dois que também se comem bem sem pão - naquela sala. E o único exercício que me faltava era aquele em que eu tinha de virar o cu para o céu, também em forma de prece do nalguedo residente, e levantar os pesos com as pernas.
Isto foi tão ou mais desconfortável que ter três ginecologistas a olhar para sítios que geralmente não veem a luz do dia. É só.
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