Depois de três anos de joão, três anos a tentar perceber o joão, a tentar descodificar sinais e desvendar mistérios, parti do princípio que não havia maneira de olhar para outro nos mesmos termos sem primeiro conseguir meter um ponto final nisto. Até que me aproximei de um amigo, a passar imenso tempo com ele e tudo e tudo.
Não posso dizer que em algum momento o joão tenha passado para segundo plano - mas o amigo ganhou terreno e eu não dei conta. Só me apercebi do quão importante ele era, quando se afastou de mim - foi o tal que se aproximou da miúda mais rodada da escola. Por sexo, dizem. E eu acredito.
Desde que comecei a vê-lo com ela, que comecei a morrer de ciúmes porque o via tratá-la tal qual me tratava a mim. Tive de, finalmente, assumir que era verdade, que ele me tratava de maneira diferente, que era muito mais querido comigo do que com o resto do nosso grupo, mesmo que antes eu me tivesse recusado a ver. E, com o tempo, veio a confusão porque eu o quero de volta... mas não sei exatamente como. Habituei-me a achar que afinal ele nem gostava assim tanto de mim quanto isso, porque só assim teria trocado a nossa amizade por cinco mil dst's.
Hoje, uma amiga dele falou comigo. Disse que toda a gente pensou que as coisas entre nós iam dar certo porque se notava a léguas que ele gostava imenso de mim, que eu era tudo o que ele via à frente - mas eu dei-lhe para trás, e ele desistiu. Nunca me tinha apercebido disso - e que tivesse, não teria acreditado. Honestamente, não sei como isto me deixa, não sei o que quero fazer com isto. Talvez ainda não seja tarde. Mas será que eu quero?
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